Clube do Pai Rico

“Comprei uma PUT e veja no que deu …”

Pergunta:

Olá, não sabia nada sobre puts e comprei uma put da americanas AMERW990 por 6 centavos agora está 1 centavo, meu dinheiro diminuiu bastante, há uma probabilidade da put aumentar novamente? vale apena vender quando ela vencer?

Resposta:

Opa ! Tudo certo Diego ? 🙂

Antes de mais nada: é justamente por isso que eu insisto tanto para que vocês estudem, se informem antes de começar a usar Opções em seus investimentos. 🙁

(na verdade, a minha insistência no campo dos estudos engloba o todo ! hehehe)

Sobre a tua dúvida, posso dizer que há uma possibilidade de aumentar novamente. Agora, qual a probabilidade disso ocorrer ? Não faço ideia de como mensurar …

A tua compra aconteceu em um strike que está muito fora do dinheiro. (OTM)

Para que volte a se valorizar, seria necessário um movimento de queda muito forte do papel. (lembre-se que a PUT, para se valorizar, precisa da queda da ação “mãe”)

Ok … é uma PUT com vencimento em novembro/22, ainda resta 1 mês de vida para ela. Por isso disse que é possível de voltar a aumentar. Mas quão provável seja ? Difícil dizer …

AMER3 está cotada a R$17,44. O strike da tua PUT é R$9,90 ! Quase 50% de distância do preço atual 🙁

Distante … muiiito distante.

Dando continuidade à tua dúvida, “vale a pena vender quando ela vencer ?

Quando ela vencer, ela deixará de existir. Você só pode fazer alguma coisa com ela até o vencimento, e não depois dele. E se não houver uma queda mais forte, o mais provável é vermos a sua Opção mantendo a condição de pó …

Infelizmente, será preciso algum fato extraordinário que possa trazer a tua Opção de volta à “vida”. Como disse, precisará de uma queda muito forte para que ela volte a apresentar alguma valorização. 🙁

Espero que tenhas colocado pouco dinheiro nesta operação. A compra de Opções é extremamente arriscada, por isso nem cogito trabalhar com esse tipo de operação. Prefiro buscar um rendimento menor, mas consistente, do que a promessa e a esperança de um ganho “explosivo”.

Além disso, reforço o convite para buscar conhecimento e informação antes de voltar a trabalhar com o instrumento. Te convido a conhecer o meu curso de Opções, o Double PUT Double CALL. Será um prazer te receber em sala de aula e poder te acompanhar nesta jornada. 🙂

Espero ter te ajudado de alguma forma.

Leitura sugerida e complementar:

– Como funciona o exercício de opções ?

– O que acontece no dia do exercício das Opções ?

– Quem exerce uma opção, exerce por qual motivo ?

Abraços ! 🙂

Recomprar as ações exercidas no vencimento de opções é considerado daytrade ?

Pergunta:

Saudações,

Parabéns pelo trabalho prestado a comunidade financeira!
Gostaria de sanar uma dúvida quanto a uma operação com opções, pois, neste mercado sou incipiente:

Por exemplo, tenho uma posição de 2k em BBAS3 e realizei a venda coberta de 1k em BBASL62. No dia do exercício, efetuo a compra de 2k de BBAS3 a um preço superior ao strike no qual fui exercido. Neste caso, ocorre uma operação de day trade e, assim, como ficaria a posição no ativo? Nesta situação, ao final teria uma posição de 3k e um novo preço médio, além de um prejuízo a ser registrado na categoria day trade, correto?

Feliz ano novo!

Atenciosamente, Welton

Resposta:

Bom dia Welton,

Muito obrigado !! Quanto mais pessoas impactarmos, mais pessoas se livrarão das algemas que a pressão financeira cria. 😉

Uma dúvida muito comum e que tem uma resposta que vai completamente contra a lógica da coisa, hehehe. 😀

Vamos lá: você tem 2.000 BBAS3 e vende 1.000 BBASL62 (cobertas por suas ações). No dia do exercício, que foi no dia 19/12/2016, você foi exercido nesta venda. Como você disse, a cotação da BBAS3 estava acima do strike dela. Desta forma ficou com 1.000 BBAS3 em carteira.

O recebimento do valor originado deste exercício será creditado em sua conta na quinta-feira seguinte ao vencimento. E esse é o sinal para que a resposta surja … 🙂

Reparou que o exercício da opção ocorre como se fosse uma venda normal ? Pois então … é assim que a coisa flui para a Bolsa. É uma operação “compromissada”, com data marcada para o seu encerramento.

Agora é que vem o detalhe que encerra a “discussão”. No dia do exercício você efetua a compra de outras 2.000 BBAS3, com um preço acima do apresentado pelas ações que já possui em carteira. Com isso ficará com 3.000 BBAS3, e terá como preço médio (x+2y)/3 … Grego ? Não, bem simples na verdade, hehehe. O preço médio será o valor médio das suas 2.000 BBAS3 “originais”, que agora são apenas 1.000, mais duas vezes o preço médio das 2.000 BBAS3 novas. Tudo isso dividido por 3, afinal agora são 3.000 ações que integram a sua carteira.

O resultado final seria um prejuízo na categoria daytrade ? Não ! (um categórico não …)

Continue lendo …

Como anda o sell in may and go away em 2022 ? (setembro)

E foi mais um mês em que ficamos presos no caixote. 🙂

108k / 114k foram as barreiras, e por lá ficamos …

(com uma breve escapada na semana passada)

Mas ainda estamos nessa briga. 🙄

Tanto que subimos apenas 500 pontos no mês. +- 0,5% de alta.

Na tela, temos o gráfico diário, e a forte reação vista no último pregão do mês.

Motivo ? Puxeta e fim de mês ? Puxeta de trimestre ? Puxeta para as eleições ? (quando ~todos esperavam um pregão de queda)

Não sei … Só sei que subiu. E subiu bem.

No semanal temos algo interessante. Veja que a forte recuperação ocorreu praticamente em cima da média de 200 semanas.

No semanal a região dos 112 mil pontos ganha destaque. Talvez até mais do que a dos 114k, que é a nossa grande barreira.

Portanto, fiquemos de olho num possível teste dos 112k.

Já no mensal, a informação mais importante ainda é a demonstração de força da região dos 114k, e o topo ali formado. (foi a máxima de agosto e setembro)

A tendência de queda ainda está formada.

E sobre o sell in may and go away, pouco mais de 2 mil pontos vão indo contra a estratégia de calendário mais famosa de todos os tempos. O nosso ponto de partida era o 107.876 pontos. Lembra ?

Veremos o que rola neste último mês. (sim, outubro é o final)

Será que muda ?

Zé, o que você acha da operação “Collar” em Opções ?

Nos últimos tempos tivemos o surgimento de uma nova estratégia de proteção da carteira milagrosa da vez © (algo que vemos acontecer com uma certa frequência …). A bola da vez é a estratégia Collar.

No que consiste o Collar ?

A operação é simples, e bem parecida com sua predecessora, a compra de PUT. A principal diferença é que no Collar, esta compra seria “financiada”, reduzindo o custo da operação.

E é justamente este o maior argumento de defesa da estratégia usado pelos seus defensores.

Mas … será que é realmente isso tudo ?

Antes de mais nada, se você quiser saber um pouco mais sobre a estratégia de compra de Opções PUT, para a defesa da carteira, indico a leitura destes dois artigos:

– Comprar PUT para se proteger da queda. Até onde levá-la ?

– Comprei algumas opções PUT para vencimento agora em janeiro e estou perdendo dinheiro. O que faço ?

Como você pode ver, na compra pura e simples de PUT, o investidor precisará desembolsar um determinado capital para montar a proteção. Se for usada com certa frequência, o custo das montagens pode encarecer demais o seu uso. Se usar com menor frequência, apenas em “momento específicos de mercado”, custará menos, mas correrá o risco de não estar protegido na hora em que viesse a ser necessário …

Como muitos gostam de comparar, a compra de Opções PUT se assemelha muito a um seguro de carro. Você paga, para não usar.

Tendo as PUT em mãos, você torce para que o mercado mantenha seu movimento de alta, que as ações permaneçam se valorizando, pois isso fará com que o custo de aquisição das PUT seja compensado pelo aumento na cotação das ações.

Se cair muito, você “se protege” da queda, pela valorização das PUTs, aliviando a perda obtida na ação.

Se não cair muito, mas cair, suas ações sentem, as Opções não se valorizam, trazendo perda para a carteira. (pelo custo da compra da Opção e a desvalorização da ação)

Se ficar na mesma, você perde o valor usado na compra das Opções.

Se subir, suas ações sobem e você perde o dinheiro usado na compra das PUTs. E é justamente este o cenário que você quer que aconteça.

Como disse antes, o maior problema da compra pura e simples de PUT para a proteção de uma carteira de ações, reside no custo da compra das Opções. Se errar a mão, gasta muito, e corre o risco de não conseguir proteger tão bem assim.

Voltando ao Collar, lembra que falei que ele “surgiu” como uma alternativa à compra de PUT ? Atacando justamente o maior problema, que é o custo da montagem da operação seguro ?

Como disse, a principal diferença do Collar é que nele nós financiamos a compra da PUT. Fazemos isso através da venda de Opção CALL.

E é aí que mora o “problema” da nova estratégia de proteção da carteira milagrosa da vez © …

Para financiarmos a compra da PUT, tirando da equação o custo de aquisição do seguro, abrimos mão de parte dos possíveis ganhos a serem obtidos com a continuidade da alta, da valorização da ação. (que é o que a pessoa que adota essa estratégia quer, lembra ?)

Olhando de novo aquela listinha de cenários que vimos para a compra pura e simples de PUT, só que agora usando o Collar:

Se cair muito, você “se protege” da queda, pela valorização das PUTs, aliviando a perda obtida na ação.

Se não cair muito, mas cair, suas ações sentem, as Opções não se valorizam, trazendo perda para a carteira. (pela desvalorização da ação)

Se ficar na mesma, fica quase elas por elas.

Se subir, suas ações sobem e você pode vir a ser exercido na CALL que havia lançado para financiar a compra da PUT. Sendo justamente este o cenário que você queria ver acontecendo.

Ou seja: você limita as perdas, mas ao mesmo tempo, limita os ganhos da carteira.

Será que isso é realmente válido para alguém que deseja proteger e ver crescer uma carteira de longo prazo ?

Mas Zé, quem faz venda coberta de CALL pura e simples também não passa por problema parecido ?

E aí eu te digo: reflita sobre o comportamento de longo prazo das duas estratégias e identifique as diferenças. 😉

E então, você considera o Collar como sendo a estratégia de proteção de carteira mais eficiente de todas ?

Nubank abandona seus sócios e deixará a B3

E teve gente que achou que não era pura e total jogada de marketing … 🙄

Ontem o mercado foi ~surpreendido com a notícia da “saída” do Nubank da B3. (sei lá … não sei se surpresa é o termo mais adequado, até mesmo porque não havia escolhido a B3 como “base”)

Saída entre aspas, Zé ?

Sim. Pois ela não está realmente na B3 … Ela está em NY. O que temos sendo negociado na B3 são suas BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que nada mais são do que “recibos” das ações negociadas na Bolsa americana.

Na verdade, nem exatamente isso é … As BDRs do Nubank (NUBR33) equivalem a apenas 1/6 do valor das ações negociadas em Nova York.

Voltando à saída …

Ontem eles avisaram que estarão migrando suas BDRs do nível 3 (acessível a todos os investidores que atuam na B3), para BDRs de nível 1. E aqui começa a “brincadeira”.

Graças a essa mudança, quem recebeu aquela uma ação NUBR33 na ocasião da IPO estará sujeito a algumas alternativas para se manter como sócio do banco:

– Manter-se detentor da BDR, só que agora de nível 1

Lembra que a BDR nível 3 está disponível e acessível a todo tipo de investido da B3 ? Pois então … as de nível 1 estão acessíveis apenas a um seleto grupo de investidores.

Os BDRs patrocinados nível I só podem ser adquiridos no Brasil por instituições financeiras, fundos de investimento, administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação aos seus próprios recursos, entidades fechadas de previdência complementar, empregados da empresa patrocinadora ou de outra empresa integrante do mesmo grupo econômico e pessoas físicas ou jurídicas com investimentos financeiros superiores a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

(fonte: Portal do Investidor – CVM)

Resumindo, quem recebeu 1 NUBR33, e hoje é sócio do banco, (provavelmente) não poderá usar esta alternativa …

– Transformar sua NUBR33, uma BDR de nível 3, em NU, ações negociadas na Bolsa de NY

Neste caso, é praticamente a única alternativa “viável” ao acionista atual.

Masssss (usando a artimanha da velha mídia, hehehe) não é tão simples assim. 🙁

Para fazer esta transformação, você precisará ter uma conta ativa em uma corretora americana. Não, não é nada de outro mundo. Mas também não é algo tão trivial. Se você tiver interesse em aprender como fazer isso, sugiro a leitura do livro: Investindo na Bolsa Americana 😉

Além disso, lembra que a NUBR33 equivale a 1/6 de uma ação ? Pois então, para ter 1 NU, precisará ter 6 NUBR33 … 🙄

Então, precisará ter conta em corretora americana e (provavelmente) aumentar sua atual posição em carteira.

Já os que não desejarem usar nenhuma das duas alternativas acima, “restará uma terceira”, que é deixar de ser sócio do banco.

– Vender as NUBR33 em carteira

Só que até nisso existe um porém … A venda só poderá ser feita após o dia 9 de dezembro de 2022.

Quem recebeu 1 NUBR33, o tal do pedacinho do Nu, só estará liberado a negociar sua fatia da empresa após 1 ano da IPO (oferta inicial de ações). Por isso a data de 9/12/2022.

Então, como disse antes, na minha opinião, não passou meramente de jogada de marketing do banco. (vão colocar a culpa na anira ?)

Por que acho que foi jogada de marketing ?

Simples: lembra de quando fizeram a entrega das NUBR33 aos clientes ? Havia uma série de condições para que isso pudesse ocorrer. Não foi “de graça”, literalmente falando. 🙂

Para ter direito ao recebimento da BDR, o cliente precisaria:

– estar com a conta liberada para transações

– não estar inadimplente com o banco

– ter recebido/feito uma operação em qualquer produto/serviço do banco nos 30 dias anteriores

Além disso precisaria também abrir/ativar uma conta na Nu Invest, a corretora do banco.

Então, pensa comigo … por aproximadamente, e apenas, R$10 eles conseguiram trazer um novo cliente para sua corretora !

É … Gênios !

E então, concorda comigo ?

Aproveita e me conta: você tem “um pedacinho” deles ? Possui NUBR33 em carteira ? O que fará ?