Clube do Pai Rico

Proposta de investimento !

Pergunta: você conseguiria encarar, de forma séria, uma proposta de investimento onde a pessoa te propusesse realizar apostas frequentes na Mega-Sena ?

Compre um bilhete por semana, uma hora você é premiado e fica rico ! Isso compensará todos os jogos que você não ganhou.”

Pois então … Acredita que tem gente que fala isso em relação à Bolsa, mais especificamente sobre Opções, e atrai algumas pessoas com esse papo ? 🙁

Mas Zé, é muito mais fácil lucrar na compra de Opções, do que ganhar na Mega-Sena !

Verdade … é mesmo.

A chance de ser sorteado é de 1 em 50.063.860 ! E sim, isso é uma chance bem pequena. (mas nem por isso tem gente que insista em participar de todos os sorteios)

Já para lucrar na compra de Opções … Bom, não faço ideia de qual seja a probabilidade. Mas você concorda que bem maiores do que ser sorteado. Né ? 😉

E é aí que mora a pegadinha …

Hoje, para fazer um bilhete na Mega-Sena, custa R$4,50. Com ele, você tem a chance de transformar R$4,50 em R$xxx milhões.

1 chance em 50.063.860 de transformar R$4,50 em R$xxx milhões …

E para transformar R$4,50 em R$xxx milhões através da compra de Opções. Qual é a probabilidade de acontecer isso ? 🙂

BINGO ! Multiplicar por 10x é “fácil” (segundo a turma que vende o sonho …), mas isso levaria os teus R$4,50 para R$45. Um ganho de 10x, mas que não mudaria sua vida.

É só colocar mais grana então, Zé !

Colocar mais grana e arriscar mais grana. Né ? 🙄

Ou então, engatar uma longa série de operações bem-sucedidas … O que priora as chances da coisa acontecer. 😉

Falei sobre algo parecido neste post: É possível transformar R$1.500 em R$227.000 somente com opções ?

Entendeu onde quero chegar ?

Se você não concorda que fazer jogos frequentes na Mega-Sena é um bom investimento, por que acredita que seja ao fazer a mesma coisa comprando Opções ?

Não, isso não é investimento ! É pura e simples aposta !!

Você está apostando que “os números escolhidos funcionarão” (o strike da Opção comprada, no caso), “e você ganhará uma bolada”. De novo: só se arriscar um valor mais alto …

Sim, de forma controlada, com objetivos mais realistas, sem sonhar alto, é uma alternativa de alavancar um pedaço da carteira. (e com risco elevados !) Agora … a promessa de ficar milionário desta forma ? 🙄 …

Não se iluda … Investimento é Investimento. Aposta … é aposta. 🙂

Como anda o sell in may and go away em 2022 ? (agosto)

Belo respiro do Ibovespa no mês de agosto. 🙂

Depois de rolar a briga pelos 102k/104k, vimos o índice subir forte até os 114 mil pontos.

Mas nos últimos dias vimos ele devolvendo um pouco … Foram +6,16% de alta !

E graças à devolução, estamos em outro ponto chave: a briga pelos 110k. Neste momento, atuando como importante suporte !

Ontem, dia 31 de agosto, fechamos pouco abaixo da marca, sugerindo que podemos ter visto o fim do movimento de alta que marcou o nosso mercado nos últimos 2 meses.

Momento de ficar mais do que ligado !

No diário, podemos ver a briga pelos 110 mil pontos, suporte importante. Se confirmada a perda, arma pivot de queda, com possível objetivo nos 107k. Nesta tentativa, encontrará pela frente a média de 200 dias. Atuará como suporte ? No final de maio atuou como resistência …

Em contrapartida, o IFR se encontra mais aliviado no momento.

Já no semanal …

Não acontece a mesma coisa. IFR perto das máximas.

Além disso, a briga era em torno dos 111k, na semana passada. Região que foi perdida, com tentativa de recuperação, e sendo confirmada na atual.

No mensal:

Sem muitas pistas, mas reforçando a visão de que estamos numa tendência de queda no momento, e que a alta das últimas semanas foi apenas um respiro diante da forte queda. Topos e fundos descendentes na tela.

Fiquemos de olho ! Até mesmo porque lá fora as coisas não estão “tão boas assim”, e temos as eleições ali na esquina.

“E o sell in may, Zé ?”

Neste momento, marcando como período de alta na observação.

O nosso ponto de partida havia sido o 107.876 pontos. E estamos +1,5% acima disso …

Pouca coisa, mas ainda marcando um ponto negativo para a estratégia de calendário.

Fiquemos de olho ! 😉

O limite de R$20 mil é por CPF ou por corretora ?

Pergunta:

O limite de 20 mil é por cada conta que uma pessoa possa ter em uma corretora, ou por CPF?
Ex: Tenho conta em 2 corretoras, tenho limite de 20 mil em cada uma delas ou é 20 mil pelo CPF cadastrado na B3?
Devo fazer ajustes mensais separados por cada corretora?

Resposta:

Opa ! Tudo certo, Luide ? 🙂

É por CPF. Tudo* relacionado ao seu imposto de renda é ligado ao teu CPF.

Então, o limite de R$20 mil em ações ? É do CPF. Poderás usar quantas corretoras quiser, no final das contas a informação precisará ser reunida e apresentada na declaração anual à Receita.

O levantamento de resultados do mês ? É do CPF. Não importa o número de corretoras usadas, você precisará criar um único preço médio das ações em carteira, e a partir dele calcular o lucro/prejuízo do período.

Você até pode ter um controle separado por corretora … Mas cá entre nós ? Melhor já fazer tudo junto desde o início para não confundir as coisas. Ok … Pode ser que você use mais corretoras para separar “objetivos”, justificando o controle “separado” da grana e dos resultados. Mas um controle global será necessário de qualquer maneira. 😉

Agora, sobre o * lá de cima, existe uma exceção (sempre tem, né ? hehehe) à regra: daytrade.

Não chega a ser uma exceção literalmente falando … mas aqui sim usar corretoras diferentes influenciaria na situação final.

Se você compra e vende uma mesma ação, num mesmo dia, estará fazendo um daytrade. Correto ?

Agora … se você vender em uma corretora (digamos que você tenha nela uma posição em determinada ação), e recomprar no mesmo dia em outra corretora, não estará fazendo um daytrade. Será uma operação normal.

Motivo ? O daytrade é caracterizado por uma troca financeira dentro da corretora. Não há mudança do seu posicionamento final naquela ação no final do dia. Já ao realizar uma parte em uma corretora, e outro em outra, haverá mudança da sua situação nas duas. Não será uma operação meramente financeira.

É mais uma curiosidade mesmo. 🙂

Espero ter te ajudado. 😀

Abraços !

Se você fosse obrigado a investir R$50k por 5 anos, qual porta escolheria ?

Hoje o Charles Mendlowicz, o Economista Sincero (já segue ele ?) fez uma pergunta/pesquisa interessante em seu instagram:

Se você fosse obrigado a investir R$50 mil por 5 anos, qual porta escolheria ?

Sim, eu sei que são três ótimas empresas. Uma delas é um antigo caso de amor meu (lembra que meu início em Opções foi com Telemar, a TNLP4, que deu “origem” à Oi ?), as outras duas são o que são … Nenhuma das três me atrai. E nem é por causa do meu foco ser em Petrobras. É por não atrair mesmo.

Mas, como a pergunta fala sobre sermos obrigados a escolher uma das três … é sobre isso que vou falar. 🙂

Antes de qualquer coisa me diga (e coloque nos comentários, combinado ?): qual das 3 você escolhe ?

Agora …

Qual delas o Zé escolheria ?

Você já me conhece … Já sabe como penso. Você já sabe qual é a minha prioridade na hora de investir em Bolsa.

Portanto, já sabe que uma das três será cortada sumariamente na arrancada. Correto ? 😉

Sim. Uma já foi retirada sem nem questionar, sem analisar, sem pensar, sem perder tempo: a Oi.

Sabia ! Tu tem birra com ela ! Um absurdo tu fazer isso com essa empresa !

Ué … Das três, ela é a única que não nos permite fazer o lançamento de Opções. Por que seria tão absurdo assim eu tirar ela antes de pensar nas outras duas ? 🙄

Claro ! Se a minha prioridade é (e isso já tem uns 15 anos) o lançamento coberto de Opções, por qual motivo eu manteria uma posição, obrigatoriamente – é importante lembrar disso, em uma empresa que não possui presença no mercado de Opções ?

Portanto, Oi é carta fora do baralho. 🙂

Restaram duas: Cogna e IRBR

Uma esteve sob os holofotes há alguns anos. A outra está neste momento.

Pô Zé, IRBR está com prêmios absurdamente elevados !“, mas também … Está no olho do furacão ! Não poderia ser diferente.

Com isso, você acha que eu escolheria ela ? Afinal, se a escolha envolveu o lançamento de Opções, nada mais justo do que escolher a que apresenta os prêmios mais altos. Não é mesmo ?

Não, não é. 😯

Antes de ver se o prêmio é realmente interessante, antes de ser atraído por ele, existe um “filtro” que utilizo: é uma ação que você gostaria de ter em carteira ? Não, não é … (nenhuma das três é)

Mas, assim … Não quer ter em carteira, mas você é obrigado a escolher uma delas. Lembra ? E entre as duas, eu nem cogitaria ter IRBR. 🙄

Sim, o corte seria justamente esse. Não olharia o prêmio. Olhara pelo lado “quero distância”. Sabe ?

A história recente é onde me apoio. Mesmo com o “interesse do Buffett” por ela … (na verdade, acho que esse é o ponto alto que me “ajudou” na decisão)

Portanto, das três, por exclusão, sobrou Cogna. 🙂

Mas veja bem … só porque eu sou OBRIGADO a escolher uma delas. 😉

E neste ponto há algo muito importante em relação à forma que invisto: trabalhe apenas com aquelas ações que você deseja/cogita ter em carteira. NUNCA foque no lado do prêmio, por mais atrativo que ele esteja. Se você priorizar o prêmio, ignorando a empresa por trás daquelas Opções, estará cometendo um erro que pode lhe custar caro demais … A sua consciência. 🙁

Portanto, por pior que seja a Cogna (e não, eu nunca analisei ela), foi quem sobrou das três. Uma descartada por não ter Opções. A outra descarta por ser quem é, por ter um histórico que me assusta …

E reforçando o convite anterior, coloque nos comentários qual das três empresas você escolheu naquele momento em que te fiz a pergunta, sem se contaminar pela minha escolha/justificativa. Combinado ? 😀

Como fica a minha situação após exercer uma CALL ?

Pergunta:

Preciso tirar uma dúvida sobre exercício de call, comprei uma opção de compra de uma ação que eu já tinha na carteira, ou seja, tinha 100 ações da empresa, fui lá e comprei uma opção de compra, fui exercido, e assim recebi mais 100 ações, fiquei com 200 e meu médio foi alterado, até aí tudo bem, no futuro ao vender essas 200 ações, tenho que calcular o ganho em ações e o ganho em opções, pela quantidade.. como fica?

Resposta:

Opa ! Tudo certo Anderson ? 🙂

Na verdade, o único cálculo que será necessário, será o do preço médio destas 200 ações. 😉

Motivo ? Ao comprar as 100, via exercício das CALL, o custo/ganho das Opções já entra nas contas.

Ao comprar as ações via CALL, o teu preço de aquisição destas 100 novas ações será: strike + custo de compra das CALL + custos operacionais (corretagem da compra da CALL + corretagem do exercício)

Digamos que você exerceu no strike R$10, e comprou as CALL por R$0,50, considerando um custo operacional fictício de R$5 tanto para a compra da CALL, quanto para o exercício. Com isso, terás gasto R$1.000 pelas 100 ações + R$50 pelas 100 CALL + R$10 de custo operacional. O gasto total será de R$1.060,00. Levando o teu preço médio de compra para estas 100 novas ações para R$10,60

Agora você terá as 100 originais + as 100 novas ações via exercício de Opções. Digamos que as tuas primeiras 100 tinham um preço médio de compra de R$9, as tuas 200 ações terão um preço médio de R$9,80. (R$900 + R$1.060 = R$1.960/200 = R$9,80)

Ao vender as 200 ações, este será o teu “preço de partida”.

Se vender por R$11, terás obtido um lucro de R$1,20 por ação vendida. 🙂

Se ao invés de vender as 200, vender apenas 100, usarás como preço base os mesmos R$9,80. Afinal de contas, ele é o teu preço médio. 😉

Neste post, falei sobre questão parecida, mas do ponto de vista de quem foi exercido na CALL. (de quem havia vendido a Opção)

E isso me leva a uma correção em relação à tua pergunta. Você não foi exercido. Você exerceu. 🙂

Quem está comprado sempre exerce um direito. Quem está vendido é que é exercido em uma obrigação. 😉

Espero ter te ajudado. 😀

Abraços !