Clube do Pai Rico

As cartas de Warren Buffett

Acredito que o “tema” Warren Buffett seja um dos que mais dão títulos à literatura sobre investimentos. Eu mesmo já li (num levantamento rápido aqui no site) 7 livros sobre “ele”.

Sua grande maioria de caráter biográfico. O primeiro de todos (de todos todos todos mesmo), foi “Buffett: a Formação de um Capitalista Americano“. Mais tarde veio o excelente “A Bola de Neve“. Outros falam um pouco mais sobre o seu lado investidor, sobre o que faz, o que procura, o que pensa.

Mas também houveram alguns onde ele apenas aparecia no título … 🙄

Bom, As cartas de Warren Buffett poderia criar uma nova categoria, pois é um livro escrito “100%” por ele. 🙂

São suas cartas, destinadas aos acionistas da Berkshire Hathaway, publicadas em um livro. Mas não, não são as cartas na íntegra. É mais interessante que isso. 😉

São trechos das cartas, separados e agrupados por tema ! Sim, garimparam suas cartas e nos trouxeram apenas as joias que lá se encontram. E ao separar por assunto, torna a leitura (e assimilação daquilo que é lido) mais fácil e agradável.

Zé, mas se a pessoa pegasse todas as cartas, diretamente na web, poderia lê-las na íntegra e teria acesso ao conteúdo do mesmo jeito … Não ?

Sim, teria. Mas esse trabalho de separar o material, ajuda a tirar muita coisa que costuma se repetir com frequência nos textos. Além de tirar também muito do lado informativo que diz respeito ao exato momento daquela carta. E claro … ok, pode nos privar de um outro ponto que poderia vir a ser importante para uma ou outra pessoa.

Mas no todo, existir essa “triagem” mais ajuda do que atrapalha. E essa proporção é muito mais favorável ao lado da ajuda. 😉

Mais do que dizer como ele pensa, é ver como ele pensa

O livro são os trechos das cartas e ponto final. Não é ninguém dizendo o que ele pensa, o que ele faz, como ele age. É ele mesmo dizendo tudo isso. Não tem ninguém comentando o que ele falou. Não tem ninguém interpretando (ou melhor, tentando …) ele. 🙂

Acredito que para todos os que realmente gostam do bom velhinho, e querem conhecer um pouco mais sobre sua forma de pensar e investir, seja uma leitura mais do que recomendada.

Não … Não será uma leitura que fluirá facilmente. Não é uma historinha … Não tem nenhuma narrativa.

É informação 100% do tempo. E isso exige uma leitura mais calma e atenta. 😉

Leia e depois me conte o que você achou. 😀
 


Nota do Site:
5 Moedas
As cartas de Warren Buffett
Warren Buffett | Lawrence A. Cunningham

Editora: Sextante
Ano: 2022
Edição: 1
Número de páginas: 400
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

Como anda o sell in may and go away em 2022 ? (junho)

É … parece que a turma que estava decretando o “sell in may” de 2022 como fracassado, pode ter queimado a largada.

Como vimos no post referente ao mês de maio/2022, houve uma alta de +3,22% naquele mês. E isso foi o suficiente para que muitos viessem cantar vitória antes do tempo.

Sempre gosto de lembrar que esta estratégia, a do sell in may and go away, sugere que se deixe o mercado no mês de maio para um retorno em outubro. Mas é comum ver muitos já dizendo que “deu errado” após o mês de maio. 🙄

Bom … o que tivemos em junho ? Um mês de queda. E queda das fortes.

-11,50% foi o desempenho do Ibovespa em junho.

É … A nossa observação teve como ponto de partida a marca de 107.876 pontos. Fechamos junho em …

98.542 pontos.

Então, por enquanto, parece que o jogo virou.

Bom, neste momento, o que temos ?

Pelo gráfico diário acima, vemos o Ibovespa testando a região de fundo. Estamos no suporte do índice. A briga na região dos 98.400 vem se mostrando das grandes.

Mas é uma briga entre os 98.400 e os 100k … sem definição aparente.

No semanal vemos que o índice perdeu a média de 200 semanas e a última região de suporte. Que era justamente a região dos 100 mil pontos.

No mensal, parece que vamos desenhando um ~belo pivot de queda.

Será ?

Manteremos a observação. 😉

Nova mudança na agenda do vencimento de Opções na B3 !

É … Lembra que em maio de 2021 tivemos uma grande mudança no calendário, agenda e regras do vencimento de Opções na B3 ? (falei sobre isso neste vídeo, e te aconselho assisti-lo)

Pois então. Ontem a B3 divulgou um comunicado, sobre novas alterações relacionadas ao exercício de Opções. Mais especificamente à agenda de eventos que fazem parte do dia do vencimento.

A partir do dia 15 de julho (vencimento de Opções das séries G e S), as coisas passam a acontecer desta forma:

Até às 14h é possível de que ocorra o exercício MANUAL das Opções que vencem;

Até às 15h é possível negociarmos com as Opções que vencem;

– O exercício ocorre após o fechamento do pregão, às 18h, com base no preço do leilão de fechamento;

Das 18h às 18h30min ocorrerá o after market para possíveis ajustes de posição decorrentes do exercício de Opções.

Basicamente, o que aconteceu foi que anteciparam tudo em 1h.

Segundo a B3, “Informamos que, atendendo à demanda dos participantes do Listado B3, a partir de 15/07/2022, a grade horária do exercício automático de opções sobre ações, units e cotas de ETF será alterada.” E, neste caso, acredito que a principal demanda era a mudança do horário do after

Pensa comigo: sexta-feira, das 19h às 19h30min … 😉

Bom … Mudança pura e simples na agenda. Mas que exige que você fique ligado em possíveis mudanças na “dinâmica da coisa” do dia do vencimento. 🙂

Limite de R$20 mil em vendas com operações comuns e exercício de opções

Pergunta:

Boa tarde Zé..

Com relação ao limite de 20.000 em venda de ações no mesmo mês, tenho uma duvida que não consegui encontrar. Seguinte:
1. Digamos que vendi 15.000 em ações no mês de junho/2022 via exercício de opções lucrando 1.000,00 reais no total resultando obrigatoriamente numa DARF de 150,00 a recolher..

2. No mesmo mês, vendi mais 10.000 em ações no mercado a vista comum, lucrando também 1.000,00 reais..

Deve-se recolher DARF apenas sobre 1.000,00 de lucro da primeira operação;
Ou deve-se recolher DARF sobre 2.000,00 de lucro de ambas operações uma vez que a soma das vendas ultrapassam o limite de 20 mil….

Grato se puder responder

Att
Zeca

Resposta:

Opa ! Tudo certo Zeca ? 🙂

Neste caso, você precisará recolher apenas sobre o lucro obtido via exercício de Opções. 😉

O que acontece é que a regra dos R$20k funciona apenas para a venda de ações. O resto dos ativos está fora dela.

Então, você terá obtido um lucro de R$1 mil com Opções (porque a venda das ações ocorreu via exercício de Opções), e deverá pagar R$150 de IR desta operação. Claro, considerando que não tenha nenhum crédito anterior a ser abatido e que esta tenha sido sua única operação lucrativa no mês.

Além disso, deverá declarar o lucro obtido com a venda das ações, os outros R$1 mil, em “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.

Um livro que me agrada bastante, e me ajuda muito, sobre este tema é o “Imposto de Renda no Mercado de Ações“.

 

Nota do Site:
5 Moedas

Imposto de Renda no Mercado de Ações
Murillo Lo Visco

Editora: Novatec
Ano: 2020
Edição: 3
Número de páginas: 312
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

 

Espero ter ajudado. 😉

Abraços !

O preço médio da ação é influenciado pelo lançamento coberto ?

Pergunta:

Boa tarde!

Por exemplo, tendo a opção virado pó e lançando nova opção, no mês seguinte o cálculo do lucro/prejuízo, terá como valor de compra da ação o original pago ou se considera os prêmios para fazer preço médio?

Resposta:

Opa ! Tudo certo Marcos Antônio ? 🙂

Pergunta interessante !! 😉

Não, o preço médio da ação não vai sofrer nenhuma alteração com os lançamentos que forem virando pó. Cada operação é individual.

Por exemplo, se você lançou uma Opção, seja ela CALL ou PUT, tanto faz, e ela virou pó, você irá calcular o lucro obtido na operação, registrar para ser usado no pagamento do imposto mensal e na sua declaração anual de Imposto de Renda, e pronto. Operação encerrada, lucro obtido, informações recolhidas e registradas.

Partindo para um próximo lançamento, que pode virar pó ou não, estamos diante de uma nova operação, onde tudo começa do “zero” de novo. Se virou pó, você irá calcular o lucro obtido na operação, registrar para ser usado no pagamento do imposto mensal e na sua declaração anual de Imposto de Renda, e pronto. Operação encerrada, lucro obtido, informações recolhidas e registradas. Se não virou, mas você encerrou ela no meio do caminho, com lucro ou prejuízo, adotará o mesmo procedimento. Registrará o resultado, pagará IR se teve lucro, ou guardará o prejuízo para abatimento em lucros futuros.

Até o momento em que começar uma nova operação e aí sim ocorrer um exercício. 🙂

Somente com o exercício em si, é que o valor recebido pelo lançamento “influenciará no preço médio” da ação. 😉

As duas situações, exercido em um lançamento de CALL e de PUT, já foram tema de post aqui no Clube:

– Fui exercido em uma opção CALL que vendi, como fica o cálculo do imposto ?
– Fui exercido em uma opção PUT que vendi, como fica o cálculo do imposto ?

O preço médio de compra de uma ação, só será alterado quando houver uma nova compra de ações, com aumento da posição.

Quer fazer uma analogia com um evento “parecido” ? Pense na distribuição de um dividendo/JCP. Eles ocorrem de tempos e tempos, sem influência alguma do investidor. Correto ? E mesmo quando eles ocorrem, o nosso preço médio, aquele que aparece na declaração anual do Imposto de Renda, não muda. 😉

Espero ter te ajudado. 😀

Abraços !