Sim, há desvantagem !! Afinal de contas, você só vê as pessoas enaltecendo o lado bons das coisas … Né ?
Que tal falarmos sobre um “problema” do lançamento coberto de CALL ? 😉
Antes de qualquer coisa, o “problema” não é bem um problema … mas você já vai entender isso. 🙂
Não, não é o risco de perda de capital. Afinal de contas, ao lançarmos uma CALL coberta, possuímos a ação na carteira e ela estaria sob a influência da oscilação das cotações. Neste sentido, o lançamento coberto de CALL até ajuda, pois você recebe um prêmio que te ajuda absorver parte da desvalorização do ativo. 😉
O “problema” do lançamento coberto de CALL é o fator “limitação do ganho com o ativo”. Sim, ao lançar um CALL, e recebendo um prêmio por isso, você estará abrindo mão de uma possível valorização do ativo mãe. Você limita o quanto desta possível valorização poderá aproveitar, ao escolher o strike em que fará o lançamento.
Por exemplo: PETR4 hoje está na região dos R$23,50. Se eu escolher uma CALL de PETR4, com strike na região dos R$26, e com vencimento no dia 19 de abril, receberei um prêmio de 30¢ por isso. Isso dá um retorno de +1,28% sobre a cotação do ativo no momento do lançamento. 😉
Então, com o lançamento feito, o que eu já sei de antemão ? Que se a PETR4 estiver acima dos R$26 no dia 19 de abril (dia do vencimento dessa Opção), eu precisarei entregar/vender o meu ativo à pessoa que me exerceu. (que é quem estava comprada na mesma Opção)
E aqui é que entra o fator “limitador” do lançamento coberto de CALL …
“acima de R$26” … Isso é MUITO amplo. Concorda ? Pode ser R$26,50 … Mas também pode ser … R$32.
E sim, não importa se a PETR4 estiver valendo R$26,50 ou R$32 no dia do vencimento, eu receberei os R$26 que aceitei na hora em que “firmei o contrato” ao lançar a CALL. Sim … o “problema” é eu vender por um preço conhecido, e estabelecido por mim, num dia conhecido antecipadamente. 🙂
Mas um preço “limitado” … Como eu disse, não importa se o ativo vai estar R$26,50 ou R$32, eu venderei por R$26 e ponto final.
“Viu, Zé ! Não vale a pena lançar CALL !! Estarias abrindo mão de um potencial de ganho extra, de 23% !!!”
Isso mesmo. E o ponto principal é justamente aquele ali na frase: potencial. É uma possibilidade, uma chance de que se aquilo acontecer, eu “deixo de ganhar”.
E você acredita que MUITA gente deixa de usar essa estratégia, de até mesmo cogitar o seu uso, por conta dessa “possibilidade de deixar de ganhar” ? 🙄
Sim, abrem mão de uma possível fonte recorrente de renda, por conta da possibilidade de não ter acesso a um potencial ganho em caso de explosão do ativo. E um dos pontos mais importantes: enxergam a operação, como uma coisa isolada. Encaram como se fosse algo do tipo “fiquei de fora e nunca mais vou poder voltar”. O que não é verdade … 😉
Além disso, esquecem que “Venda coberta é muito mais do que vender e ser exercido“. Você não precisa fazer o lançamento pensando em ser exercido em todos os lançamentos. Eu, por exemplo, faço justamente o contrário … Tento atrapalhar/evitar, de diversas maneiras, que eu venha a ser exercido. 🙂
Então, o “problema” é esse: limitação do possível ganho. Em contrapartida, você vai recolhendo os prêmios de cada lançamento (e mudando o strike em cada um deles, por que não ?) enquanto o exercício não vem. E quanto ele vier, poderá acontecer em um preço médio muito acima do imaginado inicialmente. 😀
ps: quantas foram as vezes que você já viu um ativo subir 25% em único mês ? Pois é … 😉