Clube do Pai Rico

B3 erra na metodologia e infla números de investimento estrangeiro na Bolsa !

É …

Fomos surpreendidos na sexta-feira com uma notícia não muito agradável. A B3, que em 2022 apresentava um fluxo sem precedentes de injeção de capital estrangeiro na Bolsa, renovando diariamente seu recorde anual, chegando a se aproximar da incrível marca de R$100 bilhões em apenas 3 meses, informou que devido a um erro em sua metodologia de cálculo para o levantamento da participação dos diferentes perfis de investidores, vinha apresentando o volume destas participações de forma errada. Eles estavam inflados.

E não, não era “pouca coisa”. Os dados referentes ao ano de 2022 estavam 42% acima do valor real.

Sim … Quase 1/3 do valor apresentado, era “inflado”. 🙁

E o pior: isso não aconteceu apenas em 2022. O erro vem sendo praticado desde 2020. Então os dados referentes aos anos de 2020, 2021 e 2022 vinham apresentando o mesmo erro.

Para você ter uma ideia, os dados de 2022, com a metodologia errada, apresentavam uma injeção de R$91,1 bilhões até o dia 30 de março. Com a correção, os dados até o dia 30 de março foram revisados para R$64,1 bilhões …

Nos três primeiros meses do ano os dados antigos e os corrigidos são:

janeiro/2022: de R$32,5 bilhões para R$23,4 bilhões

fevereiro/2022: de R$30,1 bilhões para R$20,6 bilhões

março/2022: de R$28,5 bilhões para R$20,1 bilhões (até o dia 30)

É, não foi um errinho. Foi coisa grande.

Mas o que gerou esse erro ?

Algo que até agora eu não consigo entender como chegou a entrar nas contas …

Na metodologia antiga, a errada, a B3 incluía os dados referentes ao aluguel (empréstimo) de ações. Sim, o empréstimo em si, e não um possível short destas ações alugadas. 🙄

De acordo com a própria B3:

A B3, bolsa do Brasil, alterou a metodologia de publicação de informações do segmento de renda variável, com impacto nas estatísticas de fluxo de entrada e saída de investidores. Os dados passam a refletir as operações feitas por esses investidores nos mercados à vista, opções e termo, excluindo os dados de empréstimo de ativos.

A revisão é necessária porque as operações de empréstimo de ações não envolvem aportes financeiros, portanto, serão retiradas da estatística.

E sim, como a notícia foi divulgada na última sexta-feira, dia 1º de abril, muitos chegaram a cogitar que fosse apenas uma pegadinha. Muitos quiseram que fosse apenas uma pegadinha …

3 anos ! 🙁

Então Zé, esquece a Tsunami gringa ?

Não … longe disso !

Mesmo com esse erro, os dados referentes ao ano de 2022 estão acima de tudo o que já vimos até então. Nada chega nem perto da força e apetite apresentados pelos gringos. Mesmo com esse ~pequeno erro, já são R$65 bilhões em 2022 até o dia 31 de março.

Em 2021, onde também tínhamos o mesmo erro na metodologia, tivemos R$70 bilhões no ano inteiro.

Os gringos estão aí. Eles realmente vieram. E com muita força. Só não era no tamanho que achávamos que era …

A B3 ainda está revisando os dados antigos e em breve os divulgará. Assim que tivermos eles em mãos, aviso vocês. 😉

De novo: os gringos ainda são o principal grupo de interesse nas ações brasileiras em 2022 ! (e que interesse !!)

Petrobras anuncia novo dividendo de R$2,86 !

Ontem, pouco antes de divulgar o resultado do 4º trimestre de 2021, a Petrobras anunciou um dividendo complementar, equivalente a R$2,8610762 por ação. (tanto para a PN quanto para a ON)

Sim, a empresa se tornou uma máquina de geração de lucros ! 😀

Os acionistas agradecem. O Tesouro Nacional (o maior de todos os acionistas) também. 😉

Considerando as antecipações realizadas em 2021, a remuneração total do exercício de 2021 é equivalente a incríveis R$7,773202 por ação !

Ao todo, foram distribuídos módicos R$101,4 bilhões em lucros no ano passado.

Neste momento, muitos estão se perguntando: “O que devo fazer para ter direito a esse valor ?

O que já passou, já passou. Este não está disponível. Apenas (~apenas, hehehe) a distribuição dos R$2,86 por ações estão ao nosso alcance de uma forma mais abrangente.

Para os que desejam receber esse novo dividendo, basta ter a ação no dia de “corte”. Não, não é preciso comprar HOJE. 🙂

Neste caso, a data de corte, a data em que o acionista ainda tem direito a receber o dividendo, é o dia 13 de abril. Passando as ações a ser negociadas ex-direitos a partir de 14 de abril.

Então, para ter direito aos R$2,86 do dividendo, a pessoa interessada precisará dormir com a ação do dia 13 para o dia 14 de abril. Sim, se quiser, poderá deixar para comprar apenas no dia 13. (mas eu, sinceramente, não vejo muito sentido em entrar única e exclusivamente para pegar o dividendo …)

A partir do dia 14 de abril, as ações sofrerão o desconto do valor distribuído, que será o valor de fechamento do dia 13 de abril menos R$2,86. 😉

E sim, este valor também será subtraído dos strikes das Opções que já tiverem sido autorizadas pela B3. E sim, isso ocorrerá no dia do vencimento das Opções das séries D e P !! 😯

(15 de abril é feriado, e seria o dia padrão do vencimento … por isso, ele ocorrerá no dia 14 de abril este ano, uma quinta-feira !)

Imaginou a possível confusão que isso poderia gerar, caso você não estivesse preparado e avisado ? 😉

Para lhe ajudar a refrescar a memória sobre o tema, indico este vídeo:

 

 

É … E ver que quase quebraram a empresa ! 🙁

Quando lanço uma Opção, quando recebo o dinheiro ?

Pergunta:

Dúvida, quando vendo um call quando este dinheiro que recebo pela venda entra na minha conta da corretora?

Resposta:

Opa ! Tudo certo Dangelo ? 🙂

Quando falamos do mercado de Opções, existe uma pequena diferença entre Ações e Opções: o prazo da liquidação financeira.

Até o começo de 2019, tínhamos como padrão para a liquidação financeira, o prazo de 3 dias. O famoso D+3. Se você comprasse uma Ação na segunda-feira, o débito na sua conta (da corretora) ocorreria na quinta. Se você vendesse uma ação na segunda, a grana entraria na sua conta na quinta-feira.

Hoje, o prazo para a liquidação financeira é de 2 dias, passando a ser D+2. Se você negocia a ação na segunda-feira, a liquidação financeira ocorrerá na quarta-feira.

Lembrando: isso é com a compra e venda de Ações.

Já no mercado de Opções a coisa é um pouco diferente … Ao invés do prazo de D+2, o prazo para a liquidação financeira de uma operação com Opções é de D+1. 😀

Ou seja: você compra uma Opção na segunda-feira, o débito ocorre na terça. Você vende/lança uma Opção na segunda, o crédito ocorrerá na terça. Apenas um dia de “demora”.

Então, “quando vendo uma CALL, quando ocorre o crédito” ? No pregão seguinte ao da venda. 🙂

Espero ter te ajudado. 😉

O tema te interessa ? Você tem vontade de investir com Opções ? Te convido a conhecer o Double PUT Double CALL, o meu curso de Opções ! Será um prazer lhe ajudar neste processo de aprendizado !! 😀

Abraços !

O vencimento de Opções após as mudanças nas regras do exercício

Como você já sabe, a B3 alterou várias regras referentes ao vencimento de Opções. A principal mudança foi em relação ao dia do vencimento propriamente dito: mudou da 3ª segunda-feira do mês, para a 3ª sexta-feira. (isso você já está até careca de saber, hehehe)

Mas, além desta mudança, outras ocorreram …

– Mudança no horário do vencimento; (agora é após o fechamento do pregão)

– Permissão para que as Opções que estão vencendo sejam negociadas no próprio dia do vencimento; (podemos comprar/revender até às 16h)

– Exercício automático das Opções ITM, mesmo que por apenas 1¢ … (o exercício manual pode ocorrer até às 15h)

– O after do dia do vencimento agora ocorre das 19h às 19h30min; (para ajustes de posição, decorrente do exercício)

Atualização ! No dia 30/06/2022 a B3 atualizou a agenda do dia do vencimento. Confira neste post.

Então, para sanar possíveis dúvidas que ainda pudessem permanecer, fiz uma LIVE com os alunos do Double PUT Double CALL, lá no Youtube. 😀

Conversamos sobre as mudanças, sobre como devemos nos comportar diante delas, o que elas nos beneficiaram, de que forma nos “atrapalharam”, etc etc etc.

Te convido a assistir ao vídeo do encontro. É importante que todas as dúvidas referentes à mudança sejam sanadas. 😉

 

Aproveito para te convidar para se inscrever no meu canal no Youtube: www.youtube.com/ClubedoPaiRico

SIM ! Voltei a produzir conteúdo em vídeo para o canal !! 😀

Quem exerce uma opção, exerce por qual motivo ?

Pergunta:

Boa tarde, zé, tira uma dúvida pra mim: se eu compro petrus a 18,00 e vendo opção ”petrus a 20,00” por 0,40, serei exercido no vencimento somente se a ação chegar a R$ 20,40,certo? Pois a pessoa que pagou 0,40 pela opção e não haverá ganho se ele compra-la por R$ 20,00,certo?

Desde já agradeço!

Resposta:

Bom dia Sandro,

Não. 🙂

Não é bem assim que a coisa funciona … Vamos ver se consigo esmiuçar um pouco melhor a ideia. 😉

1º – O “contrato” criado a partir do momento em que você vende uma opção não funciona exatamente da forma que imaginemos que funcione. Ao vender uma opção para alguém, não é com aquela pessoa que você cria o vínculo e a obrigação de entregar o papel no valor acertado (no caso da CALL). A sua obrigação é com o sistema.

Pense da seguinte forma: você vendeu para alguém por 40¢. A opção se valoriza e ela resolve vender para outra pessoa por 60¢. E vai sendo assim, a cada negócio realizado “com aquele” papel. O detalhe é que não existe um rastreio do que acontece com aquele papel em específico.

É criado um sistema de controle onde tudo é contabilizado, onde o total de vendas é registrado, bem como a quantidade de vendedores e de compradores. É um daqueles dados que costumo olhar no meu dia a dia, lembra ?

A partir do momento que você faz uma venda, você é registrado como sendo alguém que terá uma obrigação caso alguém exerça a opção vendida.

Quem ? Não sabemos. Quem decide “quem casa com quem” é o próprio sistema, de forma aleatória. Sempre que ocorre uma solicitação de exercício de uma opção, o sistema vai lá, olha quem está cadastrado como vendedor daquela opção, escolhe um dos cadastrados, e envia a ordem de exercício.

Existe uma ordem de prioridade: quem vendeu de forma coberta primeiro, para somente depois ir para cima de quem vendeu sem ter o ativo “mãe” na carteira. Uma forma de impedir uma escalada nas cotações do ativo de uma maneira artificial.

Sabedores disso, descartamos a ideia do “a pessoa que comprou a minha opção a 40¢ só vai exercer se estiver R$20,40”. Correto ?

2º – E se foi quem comprou por 5¢ ?

Então … Pode ser que no dia do exercício, estando nos R$20, uma pessoa que comprou por 5 centavos exerça seu direito de comprar o papel por R$20. Mesmo perdendo 5¢.

Ele acredita que o papel se valorizará ao menos essa diferença “no curto prazo”, para poder desmontar a operação.

Continue lendo …