Clube do Pai Rico

Livros ||| Aprenda a Vender e Operar Vendido

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A cada livro que leio “deste cara” gosto mais de sua forma de operar. (o último foi  Aprenda a Operar no Mercado de Ações)

Bem diferente da minha forma, mas é como sempre digo: “O que dá certo para um, pode não dar para o outro. Use aquilo que funciona para você.”

Mas tenho que confessar que … alguns pontos do meu método foram alterados após ler “Aprenda a Vender e Operar Vendido”. Onde ? Gerenciamento de Risco e STOP ! Sim, o STOP o meu vilão na bolsa. 🙂

(você não imagina o quão duro é, para mim, acionar um STOP … e acredito que o mesmo ocorra com você)

Os principais pontos, ao menos para mim, desta leitura foram:

Controle de Risco

Resumidamente, a orientação de Elder é: Uma operação não pode comprometer mais de 2% de seu capital destinado à bolsa, e no mês, a sua perda máxima não poderá ultrapassar 6% dele. De que forma calcular como não comprometer mais do que 2% ? Analisando, e definindo, o seu STOP de cada operação, e com isso, podendo definir quantas ações poderão ser operadas em cada trade.

STOP

Algumas técnicas de como definir STOP foram apresentadas, e uma em especial – pelos comentários do autor – me chamou mais atenção: Definir como STOP a mínima, numa operação de compra, ou a máxima, numa de venda, da barra anterior a da barra que marcou a mínima/máxima, do movimento que você está operando. Desta forma você pode até não conseguir fugir dos possíveis violinos, mas estará garantindo que conseguirá interromper o trade antes do “estouro da boiada”.

Já alterei a minha forma de definir, e após concluir a leitura acredito que ativei o modo “STOP ON” para minhas operações. (digamos que até então ele estivesse no stand by …)

Registro Operacional

A forma apresentada por Elder é bem completa, pode ser que para você não seja “tão útil”, mas se bem analisada vale a pena. Uso uma muito parecida, porém sem as notas … 🙂

Já fiz algumas observações na minha planilha de acompanhamento, para melhorar. Aprender com os outros é fundamental. 😀

Somente com a observação de suas anotações é que você poderá saber se está melhorando a cada operação, ou não.

Formas de Operar

E claro … como não poderia deixar de ser, o autor apresenta algumas técnicas operacionais, voltadas especialmente para a venda (mas nada impede que sejam usadas na compra …), afinal, qual é o título do livro mesmo ? 😉

O livro

Um dos pontos fortes do livro é a clareza com que os conceitos são apresentados. Tudo muito bem detalhado e, em especial, tudo muito bem apresentado graficamente. Conhece o ditado: “Uma imagem vale mais do que mil palavras” ? Em “Aprenda a Vender e Operar Vendido” isso é seguido à risca.

Leitura super agradável, fugindo do tradicional blá blá teórico de muitos livros destinados ao assunto, Elder consegue prender o leitor a cada exemplo dado, a cada novo método apresentado.

Até hoje não lembro de ter visto nenhum outro livro inteiramente destinado ao tema Operar Vendido, infelizmente isso é visto por muitos como “errado” … Errado mesmo é ser engolido pela onda quando um mercado vira. Errado é deixar que uma oportunidade de lucro passe diante de seus olhos e você fique imóvel, sem saber o que fazer, ou pior, imóvel pois “vender é feio”.

Mais um ponto para o psiquiatra. 🙂

Aprenda a Operar Vendido e Vencer na Bolsa em Queda

Nota do Site:
5 Moedas

Aprenda a Operar Vendido e Vencer na Bolsa em Queda
Alexander Elder

Editora: Campus
Ano: 2009
Edição: 1
Número de páginas: 256
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

Livros ||| Avaliando Empresas, Investindo em Ações

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Como muitos de vocês sabem, minha estratégia operacional baseia-se na Análise Gráfica e como a maioria dos grafistas sou praticamente um zero à esquerda quando o assunto é Análise Fundamentalista. (no meu caso um verdadeiro zero à esquerda … não sei nada, não uso nada …)

Para tentar consertar isso, comecei a ir atrás de livros voltados ao tema. Poderia começar pela bíblia do assunto, o livro “O Investidor Inteligente“, de Benjamin Graham, mas achei interessante encontrar um outro que abordasse ela no nível mais básico, aquilo que precisamos saber para começar, entende ? Já havia lido o livro “Análise de Investimentos“, porém ele não apresenta a Análise Fundamentalista, o básico dela, da mesma forma que consegui encontrar em “Avaliando Empresas, Investindo em Ações”.

Um ótimo livro !

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Livros ||| Manual de Análise Técnica

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Você opera no “jeitão” ou segue as orientações do Clube e tem métodos e estratégias operacionais quando o assunto é investir em ações ? Qualquer que seja a sua forma de operar, o livro “Manual de Análise Técnica“, de Marcos Abe, é uma excelente opção de aprendizado. E no meu caso uma ótima opção de refinamento. 🙂

Enganam-se os que pensam que já sabem tudo sobre análise técnica. Sendo mais específico, enganam-se aqueles que acham que conhecem uma ferramenta operacional por completo. Você pode ter certeza, sempre existe um detalhe, ou uma nova interpretação para aquilo que você vem usando.

O “Manual de Análise Técnica” é sem dúvida alguma um dos mais completos sobre o assunto. Falando, entre outras coisas, sobre:

– Ferramentas Operacionais;
– Estratégias Operacionais;
– Conceitos básicos sobre a bolsa;
– Candlesticks

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O brasileiro discrimina as PUTs !!

Operar opções é algo mágico. As oportunidades que este mercado nos proporciona são simplesmente fantásticas, e quem conhece as “regras” dele acaba não trocando-o por nada. 🙂

Dependendo da estratégia que você utilize, poderá colher frutos de movimentos altistas, de queda ou até mesmo daqueles momentos mais enfadonhos onde o mercado não anda. Sabendo o que se deve fazer o investidor que usa o mercado de opções para rentabilizar o seu capital consegue lucrar com os 3 movimentos. Entendeu o porquê do fantástico ? 😉

Mas querendo ou não, é um mercado ainda pouco explorado no Brasil … São poucas as pessoas que dedicam seu tempo e dinheiro para aprender sobre o tema. Poucos, mas vencedores ! 😀

Graças a isso, algumas distorções se fazem presentes. Não são todas as empresas que oferecem liquidez para operações maiores ($$$), e até mesmo dentro das que oferecem, existe uma distorção discriminatória …

Tadinhas das PUTs !!

Sim … O mercado brasileiro discrimina as PUTs. Justo elas, que oferecem tantas oportunidades e benefícios para seus clientes usuários, sofrem com o fato de praticamente ignorarmos sua existência.

Por exemplo … Você sabia que elas te permitem comprar ações por um preço mais baixo do que o praticado pelo mercado ?

Mas voltando à discriminação propriamente dita, você imagina de que forma isso se faz presente ? Lembra do straddle, aquela operação que te permite ganhar em momentos chave, onde você pode esperar tanto uma alta quanto uma queda, e lucrar com qualquer um dos dois movimentos ?

Pois então, está lembrado que ele tem um “porém”, e que é justamente o fato de que se for para baixo (quando as PUTs serão usadas) o movimento precisará ser um pouco mais forte do que o de alta para obtermos um mesmo retorno ? Traduzindo: precisamos que caia mais para obter o mesmo ganho que poderia ser obtido no caso de uma alta de menor tamanho.

É … as PUTs são “desvalorizadas” pelo mercado … 🙁

Qual o motivo de estares falando sobre isso Zé ?

Simples: final de exercício das I/U (CALL/PUT) e com isso é chegada a hora de fazer a rolagem de uma posição vendida em PUTs.

Ao olhar os números praticados na opção em que estou vendido, me veio a lembrança de tempos melhores, onde as rolagens eram mais gordinhas, hehehe. Mas acima de tudo, reparei como a PUT ATM de PETR4 da próxima série está “barata”. De imediato fui comparar com a CALL ATM de PETR4 da próxima série e … BINGO ! A CALL está realmente mais “cara” do que a PUT

Por sorte a cotação da PETR4 está praticamente no strike das duas: R$15,03, mas a diferença dos preços está lá … (entre parênteses inclui o volume negociado delas no pregão de 17/09/2017)

PETR4: R$15,03
PETRJ15: R$0,63 (6,92MM)
PETRV15: R$0,53 (657k)

10 centavos de diferença … e se você está atento, viu que eu não poderia fazer essa comparação direta. 😉

A J15 tem 60¢ de gordura, enquanto a V1556¢“. Espero que o motivo desse parênteses tenha sido compreendido por você. 😀

Apenas 4 centavos de diferença ? Sim, tudo isso ! Como as condições são “idênticas”, era esperado que encontrássemos a mesma gordura em ambas. Concorda ?

“Ah Zé, o que pode estar acontecendo é que a expectativa de alta na cotação desta ação é maior do que a de queda …”

Sim, pode ser isso. Mas todas as vezes que comparamos CALL e PUT encontramos essa diferença. (ou uma muito parecida com essa)

Não pode ser apenas uma coincidência … E a diferença no volume negociado já mostra isso. Existe uma diferença entre as duas.

Acredito que só veremos CALL e PUT combatendo em pé de igualdade no momento em que o mercado der o mesmo valor para as duas. E torço para que este dia chegue o quanto antes … 🙁

Para comparação, outras ações e suas respectivas ATM:

VALE3: R$34,77
VALEJ312: R$1,52 (395k)
VALEV312: R$1,14 (180k)
(strike = R$34,62)

BBDC4: R$35,41
BBDCJ19: R$1,20 (3,60k)
BBDCV19: R$1,00 (1,10k)
(strike = R$35,48)

ITUB4: R$42,93
ITUBJ27: R$1,31 (15,1k)
ITUBV27: R$1,00 (38,7k)
(strike = R$42,99)

ps: viu porquê eu mantenho minhas operações com opções centradas em PETR4 ?

ps²: e pensar que até poucos meses atrás uma ATM em início de vencimento nos gerava 5% de retorno … ai ai. 🙁

Fui exercido em uma opção PUT que vendi, como fica o cálculo do imposto ?

Pergunta:

Olá Zé. Tudo bem?

Será que você pode me ajudar com uma dúvida a respeito do imposto de renda em opções?

Minha dúvida é a seguinte, se eu fizer a venda de uma Put e no vencimento ela \”virar pó\” pagarei 15% de imposto (operação não day trade) sobre o valor recebido menos os custos da operação, estou certo?

Caso eu seja exercido na data de vencimento pelo valor do strike da opção como fica o calculo do imposto?

Você poderia me ajudar com esta questão?

Abraços,
Kelson

Resposta:

Bom dia Kelson,

Exatamente ! 🙂

Se você vender uma opção, seja ela CALL ou PUT, e ela acabar virando pó (não der exercício nela), você deverá pagar 15% de IR sobre o lucro da operação: valor recebido pela venda – custos operacionais. (corretagem, emolumentos …)

Agora … se ao invés da PUT virar pó, e você acabar sendo exercido nela, a coisa muda “um pouco“.

Existem duas possibilidades:

#1 Você ser exercido e manter as ações em carteira

As ações adquiridas via exercício das PUTs deverão ser incluídas na sua carteira e formar preço médio junto a elas. A única diferença é que o preço de aquisição destas ações (específicas) será: preço de exercício da opção + custos operacionaisvalor do prêmio da opção (o valor obtido com a venda das opções no início da operação)

Lembra que sempre digo que a venda de PUTs é uma compra de ações com desconto ? 😉

#2 Você ser exercido, comprar as ações via exercício e revendê-las no mesmo dia

Neste caso, o cálculo do ganho líquido será: valor obtido com a venda das ações + valor do prêmio da opçãopreço de exercício da opção.

E sim, a mesma conta é válida para o caso de você fazer a venda no mesmo dia com prejuízo. 🙂

Ah !! Não se esqueça: vender as ações exercidas no vencimento de opções PUT não é considerado daytrade. Neste post falo sobre o caso do exercício de CALL, mas a lógica é a mesma, só invertida.

E só lembrando: quer se aprofundar no estudo sobre o tema Opções ? Conheça o Double PUT Double CALL, meu curso sobre Opções onde apresento a estratégia que uso em meus próprios investimentos em Bolsa. 😉

Espero ter te ajudado. 😀

Abraços !