Clube do Pai Rico

Eu preciso ter uma ação em carteira para poder comprar sua PUT ?

Pergunta:

Para eu comprar uma opção de venda (PUT) eu obrigatoriamente devo ter essa ação na minha carteira? Caso contrário, não consigo entender como ganharia vendendo uma ação que não tenho. 🙂

Resposta:

Opa ! Tudo certo Alcino ? 🙂

Não, você não precisa. 😉

Existem 2 formas de ganhar com essa operação de compra de PUT:

#1 – Com a revenda da PUT valorizada

Sim, você compra a PUT, esperando que ela se valorize, para em seguida revender. Lembrando que ela irá se valorizar conforme o ativo ligado a ela, caia.

É uma operação análoga à da compra de CALL. A diferença é que a CALL se valoriza conforme o ativo a ela ligado, sobe. Essa é uma operação que a maioria já está acostumada, especialmente por ela se comportar de forma bem parecida com a de uma compra de ações. 😉

Então, você poderá simplesmente comprar a PUT, acreditando na queda do ativo “mãe”, na expectativa de revender por um preço mais elevado.

#2 – Exercendo a PUT

Outra maneira é através do exercício da PUT que você tem em mãos. Que é a sua dúvida. 😉

Ao exercer uma PUT, fazemos isso por existir “justificativa” para tal. E qual seria essa justificativa ? O ativo “mãe” estar sendo negociado, no dia do vencimento, por um preço inferior ao do strike da PUT que você está comprado. 😀

Ao exercer a PUT, nós iremos vender a ação ligada a ela. Correto ? Mas como fazer isso se não temos ela em carteira ?

Simples: você vai vender a ação através do exercício … e entregará à pessoa que foi exercida uma ação que comprará, em seguida, diretamente no mercado !! 😉

Lembra que você exerceu a PUT por causa da cotação da ação estar sendo negociada abaixo do strike da sua PUT ? Pois então …

Para exemplificar: você comprou uma PUT de strike R$22. Chega o dia do vencimento dela, a ação “mãe” está sendo negociada por R$19,50. Com isso existe a justificativa para que você exerça esta Opção. Correto ? (como falei antes, a cotação da ação precisa estar sendo negociada por um preço inferior ao do strike, no dia do vencimento)

Ao exercer essa PUT, a pessoa que foi exercida, te comprará a ação pelo strike dela, pelos R$22. Você receberá R$22 para cada Opção que exerceu. Como não tem a ação para entregar a ela, irá no mercado comprar a mesma por R$19,50, que é o preço que está sendo negociada naquele momento.

Se você recebeu R$22 pela venda das ações, e as comprou por R$19,50 no mercado, ganhou R$2,50 !! 😀

Então, você não precisa ter a ação na carteira para comprar a PUT, pois poderá revender ela com valorização, ou exercer (se houver condições para tal), e comprar diretamente no mercado – depois do evento do exercício – por um preço abaixo do recebido no exercício, para ter o que entregar. 😉

Espero ter te ajudado !! 😀

Abraços !

“Tem como a pessoa perder mais dinheiro do que possui, com Opções ?”

Pergunta:

Uma dúvida… tem como a pessoa ficar com saldo negativo em opções!? De um exemplo por gentileza! Já ouvi falar que pessoas perderam tudo e ainda ficaram devendo muito dinheiro pra corretora em opções? Acontece?

Resposta:

Opa ! Tudo certo Rafael ? 🙂

Tem sim … é o risco que sempre falamos, sobre operar de forma alavancada em Opções. E sim, isso é possível de acontecer tanto nas operações de compra, quanto nas de venda … (sendo mais comum nas operações de venda descoberta e alavancada)

Mas Zé, como que é possível de perder mais dinheiro do que usou na compra da Opção ! Isso é impossível …

Sim, seria se a pessoa usasse apenas o dinheiro disponível na conta, para efetuar a compra. Já viu como operam os que fazem daytrade ? Sim … BEM alavancados.

Então, para quem opera normalmente na compra de Opções, o limite máximo de perda é o valor usado na compra delas. Se tem R$1 mil, e usou os R$1 mil nesta compra, o máxima que poderá perder, caso tudo dê errado, são os próprios R$1 mil. Agora, quem tem os R$1 mil, e opera alavancado, como se fossem R$10 mil, por exemplo, e essa Opção vira pó por conta de algum evento inesperado (e sim … pode acontecer, mesmo sendo raro), a pessoa termina o dia devendo R$9 mil. Correto ?

Caso raro … até mesmo porque a maioria das pessoas que atua no daytrade tem o costume de usar STOP e – em teoria – ele impediria isso de ocorrer. 😉

O mesmo problema pode ocorrer com quem opera na venda alavancada, e descoberta, de Opções. A ação pode fazer um movimento mais forte e isso levar a cotação da Opção acima do preço onde as perdas seriam comportadas pelo bolso daquela pessoa.

Agora … isso não ocorre apenas com as Opções !! Isso pode acontecer tanto com quem faz daytrade com ações, futuros e Opções. Operar alavancado traz um risco extra às suas operações.

Ainda existe uma outra possibilidade de vermos alguém perdendo mais dinheiro do que realmente tem. E neste caso, com Opções. Mais especificamente na venda de Opções.

Existem 3 formas de se lançar uma Opção (não sabe o que é um lançamento de Opções ? Leia este post):

Coberta: que é quando a pessoa faz um lançamento de CALL e possui a ação em carteira, na mesma quantidade das Opções que foram vendidas;

Travada: que é quando a pessoa faz um lançamento de CALL ou PUT, dentro de alguma “estrutura”. Ela vende uma Opção mas compra outra (ou outras) em um determinado strike, ou vencimento, diferente da Opção vendida;

Descoberta: que é quando a pessoa faz um lançamento sem ter as ações em carteira para honrar o exercício das Opções, caso isso ocorra.

Na venda coberta, não há risco de perda para o investidor. Já que ele apenas entregará as ações caso venha a ser exercido. Na venda travada, a perda máxima é limitada justamente pela estrutura montada. (podes conhecer um pouco melhor a operação neste post: “Opera com travas ? Abra o olho …“) Portanto, não existe a possibilidade de perder mais do que se determina perder …

Já na venda descoberta …

Para entender melhor o risco da venda descoberta, dê uma olhada no post: “Quais os riscos de trabalhar com a venda descoberta de Opções CALL ?

Mas, como pudemos ver, o principal motivo para a possibilidade de se perder mais do que se possui na corretora, não é o fato de se trabalhar com Opções … O grande problema é a alavancagem exagerada. Seja com ações, Opções, Futuros … Basta usar as coisas do jeito certo, com as ferramentas de proteção adequadas, que você consegue evitar que isso aconteça. 😉

Espero ter te ajudado. 🙂

Abraços !

Qual é o melhor dia para rolar a posição com opções ?

Pergunta:

Zé,

Qual é o melhor dia para rolar a posição com opções?

Resposta:

Bom dia Isabela,

Opa, uma pergunta sobre a estratégia de renda fixa com opções ! 🙂

Vocês não imaginam quantas vezes fui atacado por defender esta ferramenta (tanto como forma de rentabilizar uma carteira, quanto forma de se proteger – ao menos adiar – de um prejuízo). Que eu estava mentindo, que não é assim que as coisas funcionam, etc etc etc. Sempre respondi de uma forma: O que mostra que isso funciona é a minha conta bancária. 😉

A rolagem é possível de ser utilizada tanto para CALLs, quanto para PUTs. Infelizmente nas PUTs, graças à sua falta de liquidez, não podemos carregar a operação por tanto tempo quanto nas CALLs. Basta cair um pouco mais para que o investidor seja obrigado a tomar alguma atitude. (seja zerando a operação ou adotando certos mecanismos de proteção – leia mais aqui e aqui)

Mas voltando à sua questão em específico: quando é o melhor momento de rolar uma posição de venda em opções ? A resposta teórica, ideal, seria: um pregão antes – próximo ao final dele – do exercício, com a ação “mãe” no valor exato do strike. É nesta situação em que você conseguirá obter o valor máximo da rolagem. Mas isso é contar um pouco demais com a sorte, hehehe. 😉

O ideal é que você consiga se segurar até o momento mais próximo do dia do vencimento que seja possível. Se tiver conhecimentos de análise gráfica, use isso em conjunto com o calendário. Se o strike da sua opção está próximo do valor de mercado da ação, faltando poucos dias para o exercício, e surge uma sinalização de alta, talvez seja interessante que você role sua posição neste momento. Se a alta se confirmar, a gordura tenderá a diminuir, e os poucos dias de vida desta opção acabarão não trazendo vantagem alguma.

Uma prática muito comum é adotar um valor médio (obtido da observação constante) de rolagem. Chegando ali, você rola “sem se importar” com a possível mudança dele. Seja para mais … Seja para menos …

Claro, fazendo isso você poderá deixar passar algum ganho, mas conseguirá atingir um ganho médio já imaginado.

Eu venho fazendo o que falei acima: tento integrar a análise gráfica com o acompanhamento do resultado. Se vejo que a possibilidade de me aproximar do retorno máximo, faço isso. Se não, faço a rolagem do jeito que estiver, sempre tentando levar ao menos até a última semana do exercício.

Mas de uma coisa você pode ter certeza: dificilmente conseguirá obter rentabilidade máxima (ou próxima dela) todos os meses. Em todo esse tempo que uso e acompanho a estratégia, foram poucas as vezes que vi isso acontecendo.

Espero ter lhe ajudado ! 🙂

Abraços !

Rolagem de Opções do mesmo vencimento, com strikes diferentes, é daytrade ?

Pergunta:

rolagem opções no mesmo vencimento strike diferente é day trade?

ex: COGNI500
ROLAR PARA COGNI700

Resposta:

Opa ! Tudo certo Lavosier ? 🙂

Não, não é daytrade.

Mesmo com as operações ocorrendo “ao mesmo tempo”, a rolagem não é considerada daytrade. O motivo é o de sempre: só é daytrade quando a compra e venda do mesmo ativo acontece no mesmo dia. E não, eles não são o mesmo ativo. 😉

Como funciona a operação de rolagem ? (vou usar a nossa rolagem, a de quem lança Opções)

Você está vendido há alguns dias na COGNI500, em 1.000 opções, por exemplo. Para rolar sua posição da COGNI500 para a COGNI700, você irá recomprar a que está vendido, as 1.000 COGNI500, e em seguida irá vender o novo “alvo”, irá lançar as 1.000 COGNI700.

Como disse, as duas operações (compra de I500 e venda de I700) ocorrem praticamente ao mesmo tempo. Uma compra e uma venda, no mesmo dia. Porém, lembra que para ser daytrade, precisa ser compra e venda no mesmo dia, do mesmo ativo ? E não é esse o caso ! 😉

Ambas as Opções se referem às ações COGN3, ambas ao vencimento de setembro/2020, masssss a I500 é do strike R$5,00, enquanto a I700 é do strike R$7,00. São “coisas” diferentes, Opções diferentes.

Seria um daytrade, caso você recomprasse as 1.000 COGNI500 e em seguida relançasse as mesmas 1.000 COGNI500, no mesmo pregão. (ou qualquer outra quantidade)

Para ser um daytrade, é preciso que ocorra a compra e a venda do mesmo ativo (o mesmo código), no mesmo dia.

Espero ter te ajudado ! 🙂

Abraços !

Como anda o sell in may and go away em 2020 ? (agosto)

-3,44% … E essa foi a primeira vez que tivemos um mês de queda desde que houve o derretimento coronal.

Sim … eu sei que isso é praticamente nada, diante da recuperação que vimos. Mas não custa ficarmos ligados.

Você que acompanha as publicações aqui no Clube, sabe há quanto tempo estamos de olho no “bate-bate” dos 100k/102k. Faz semanas que o Ibovespa vai nos 102 mil pontos, bate e volta. Vai até os 100 mil, bate, e volta … Com leves “escapadas”, mas sempre dentro da região 100k ~ 102k.

A pergunta da vez é: é acumulação ou distribuição ?

O lado que romper, pode trazer um movimento interessante em seguida …

Se olharmos o gráfico semanal, a coisa não fica muito interessante para o lado dos Touros …

Indicadores esticados (IFR até apresentou uma correção com a queda de ontem, mas não se olha barra em formação, hehehe), BBs fechando, médias cruzando  …

Se for nessa direção, tem bastante espaço para cair. Veja que houve um suporte na região dos 90 mil pontos … Será ?

Já no mensal, fica mais claro aquilo que falei no começo do texto. Quatro candles de forte alta, com o primeiro vermelho depois da queda por causa do Corona.

Nada ainda de “alarmante” … Mas a perda dos 98.500 pontos poderia ativar o modo correção.

Sell in may and go away“, saia em maio e volte apenas em outubro. Ponto de partida no 80.500 … é, tá longe. 😀

Mas, por via das contas, fiquemos de olho. 😉