Clube do Pai Rico

Livros ||| Todo amador confunde preço e valor

Muitas são as histórias que cercam as vidas dos que se tornaram bem-sucedidos ao adotar as estratégias de valor no mercado acionário. Você provavelmente conheça muitas delas.

Valor, sim … pois tudo tem um determinado valor, muitas vezes diferente do que o mercado oferece ou dá por ele. Algumas vezes o valor de uma determinada ação é maior do que o preço adotado pelo mercado, noutras é o contrário que acontece. Quem consegue reconhecer o verdadeiro valor das coisas (das ações, empresas, títulos, etc) acaba tendo uma enorme vantagem sobre os demais participantes do “jogo”.

Como bem diz o título, preço e valor são coisas completamente diferentes. Estamos acostumados a ver dezenas, centenas, milhares de ofertas (e agora não me refiro somente ao mercado acionário) onde o produto em questão apresenta um preço muito diferente do verdadeiro valor daquilo que nos é oferecido. Roupas, comida, serviços, a lista é literalmente infinita … paga quem quer, ou quem não sabe o que aquilo realmente vale.

No livro “Todo amador confunde preço e valor” (Livros de Safra, 2012) somos apresentados a uma série de investidores de sucesso que deram preferência a métodos que levam em consideração a determinação do real valor (ou uma tentativa de se aproximar dele) de uma ação, tentando deixar de lado o preço dela, que na maioria das vezes é baseado somente no lado emocional do mercado.

Grandes nomes

Ben Graham, Walter Schloss, Peter Lynch, Warren Buffett, Jim Rogers, Philip Carret e Sir John Templeton são algumas das figuras lendárias do mercado de ações. Pessoas que saíram do anonimato ao conseguir atingir retornos muito superiores à média durante um longo período de tempo. O que têm em comum ? Todos deram preferência por métodos operacionais que levam em consideração o real valor das coisas.

Não, não é por ter visto uma ação cair de quase R$25,00, e que agora está sendo oferecida por poucos centavos, que ela se torna uma alternativa de investimento mais atraente. Não é por termos visto ela sendo ofertada com quase 99% de desconto em relação ao seu preço mais alto que temos uma boa oportunidade em nossa frente. O preço pode estar com 99% de desconto … mas ela já chegou perto do seu real valor ?

Este e outros exemplos servem para ilustrar a diferença de preço e valor. Não é porque algo está sendo oferecido “quase que de graça” que ele se torna uma boa oportunidade.

Uma das partes mais interessantes deste livro, que apresenta um breve histórico das lendas citadas acima, é que temos breves e profundas pinceladas sobre o método operacional adotado por eles. Não, não será lendo este livro que você se tornará uma fera no método, mas será uma ótima apresentação a ele. Isso sem contar com o ilustre comitê de boas-vindas que lhe fará companhia … 😉

Um livro muito interessante em suas 300 páginas, com histórias pessoais e profissionais de verdadeiros exemplos a serem seguidos, além de conceitos e informações que te ajudarão a conhecer um pouco mais (e melhor) o assunto.

Sim, sou grafista convicto e apaixonado pela minha “escola”, mas isso não me impede de aprender um pouco do que torna determinados investidores tão especiais e tão diferentes da grande maioria. Se é bom, por que não usar ? 😀

Leitura mais do que indicada !

Todo amador confunde preço e valor

Nota do Site:
5 Moedas

Todo amador confunde preço e valor
Álvaro Vargas Llosa

Editora: Livros de Safra
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 302
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

Qual é o real risco atrelado a uma compra de Opções ?

Pergunta:

Comprei duas opções da VALE, pois tinha entendido que só perderia o que eu coloquei na operação.

Comprei VALEE572(16k) a R$0,03 e vendi a R$0,04, e comprei VALEQ30(5k) a R$0,04 e estou tentando vender mais caro, atualmente coloquei a R$0,08.

Porém depois que vi alguns vídeos de Stragle, fiquei bastante assustado pois entendi que posso estar arriscando 5.000 x R$30,00.

É isso mesmo? Estou arriscando R$150.000,00?

Resposta:

Opa ! Tudo certo Raphael ? 🙂

Não. Pode ficar tranquilo. 😉

Sempre que você trabalha na compra de uma Opção, você está adquirindo um DIREITO de alguma coisa. Quando compra uma CALL, está comprando o direito de comprar uma ação. Quando compra uma PUT, está comprando o direito de vender uma ação. Sugiro dares uma olhada no post: “O que é uma CALL ? O que é uma PUT ?

A sua compra de VALEE572 te dava direito a comprar 16.000 VALE3, no dia do vencimento, por R$56,02.

A tua compra de VALEQ30 te dá o direito de vender 5.000 VALE3, no dia do vencimento, por R$30,02.

Em ambos os casos, você tem um direito. Você só exerce se quiser e se isso se mostrar válido … 😉

Para entender um pouco melhor esse mecanismo das Opções, indico a leitura de dois textos já publicado aqui no Clube:

– Como funciona o exercício de opções ?
– O que acontece no dia do exercício das Opções ?

Então, não, você não está arriscando R$150 mil. 🙂

No caso da VALEQ30, tens em risco apenas R$200. No da VALEE572, tinhas R$480.

Agora, sobre a tua posição remanescente, sabes que o vencimento dela ocorrerá no próximo dia 18. Não é mesmo ? Restam apenas 3 pregões para ela deixar de existir … 😉

Espero ter te ajudado ! 😀

O tema te interessa ? Você tem vontade de investir com Opções ? Te convido a conhecer o Double PUT Double CALL, o meu curso de Opções ! Será um prazer lhe ajudar neste processo de aprendizado !! 😀

Abraços !!

5 dúvidas de quem está começando a fazer daytrade na Bolsa

Pergunta:

Olá,

Sou iniciante no mercado de ações e já tenho um código de investidor.

Estou realizando algumas operações de Day Trade via Home Broker. Já li um pouco sobre o assunto (day trade), mas ainda estou com algumas dúvidas. Escrevo aqui para ver se vocês poderiam ajudar-me a soluciona-las.

– Existe um limite diário, mensal ou anual para operações de day trade via home broker?

– No day trade, além do risco de perder dinheiro em cada operação, existe algum outro risco?

– Ainda no day trade, o investidor fica com algum compromisso com a empresa emissora das ações?

– Assim que a operação de day trade é realizada e o investidor pagou ou recebeu o dinheiro resultante da operação a operação se encerra?

– Pergunta final. Após realizar várias operações de day trade durante um ano, por exemplo, o investidor pode ser onerado no futuro ou cobrado pelo total de operações realizadas? Pergunto isso, pois vejo na nota de corretagem que aparece o valor total da operação. Na verdade quero fazer mais operações de day trade, mas tenho medo que no futuro eu possa ser cobrado ou possa haver um deságio para mim, por ter operado neste tipo de mercado.

Fico muito agradecido se puderem ajudar-me com as dúvidas acima.

Atenciosamente,

Leonardo

Resposta:

Bom dia Leonardo,

Você começou a operar agora com ações e já partiu direto para o daytrade ? Corajoso você … o risco atrelado a este tipo de operação é bem elevado e as chances de perdas, especialmente para quem está começando, também. 🙁

O ideal é que a “migração” para o daytrade ocorra em um momento em que o investidor já tenha adquirido mais experiência com os meandros da Bolsa. Tanto operacionais quanto psicológicos. Digamos que seria uma 2ª fase … Sabe? O mais interessante é que você consiga adquirir certo nível de intimidade com a coisa antes de partir para esta estratégia.

Me diga (se puder e quiser): o que te levou a começar diretamente com daytrades ? É quase a mesma coisa que você começar a pilotar motos de alto desempenho, como a MTT Turbine Superbike Y2K (que pode atingir 370 km/h), antes de aprender a andar de bicicleta. É complicado e arriscado ao mesmo tempo.

Se puder, revise esta estratégia. 😉

Mas vamos às respostas aos teus questionamentos:

Continue lendo …

Sell in may and go away ! (v.2020)

Sim !! O já tradicional post anual do Clube do Pai Rico está de volta ! Mais um ano se passou e é chegada a hora de iniciarmos o acompanhamento do “sell in may and go away” de 2020 !

Estamos acompanhando desde o ano 2.000, e neste período o desempenho da Bovespa se resume em: 8 quedas, 7 altas e 5 anos de estabilidade. Em 2019 tivemos uma alta de 11,28% !

2019 foi um ano onde a alta dominou o cenário. Por completo ! Para você ter uma ideia, no ano passado, o maior “período” de quedas que tivemos, fez com que o Ibovespa caísse apenas -10% ! Um dos menores números de toda uma série. (se não, o menor …)

Mas … e 2020, como será ?

Qual será o nosso ponto de referência em 2020 ?

80.506 ! Esse foi o ponto onde fechamos o mês de abril. É aqui que começamos a observar o comportamento do Ibovespa, para ver se em 2020 emplaca, ou não, uma nova queda.

Ah Zé, é impossível que isso ocorra … Olha o tombo que tivemos em fevereiro e março !

Olha … Se tem uma coisa que eu aprendi nestes 20 anos de mercado, é que ele faz o que ele (literalmente) quer. Não importa o que achemos que ele vá fazer … O que queremos que ele faça. Ele é quem escolhe o caminho. 😉

O fechamento do mês de abril foi estranho …

Estamos num movimento de recuperação das quedas. Fazendo topos e fundos mais altos. Tudo conforme o script. Mas o fechamento de abril foi … estranho. Um engolfo, que pode trazer quedas para o índice.

Mas, como eu disse: com topos e fundos mais altos. Enquanto estivermos acima dos 72 mil pontos, é apenas um movimento de correção dentro do movimento de recuperação. 😉

No gráfico semanal, vimos que a média de 200 períodos está trabalhando para segurar o avanço do índice.

Será ?

De olhooooooo

Fiquemos atentos nos 72.000 ! Pois é ele quem pode mudar o atual cenário de recuperação …

Não conseguiu entender direito o que foi dito aqui no post ? Indico que você leia o nosso e-book “Como o Zé ganha na Bolsa“. Solicite o seu, é de graça !!! 😀

Vendi com prejuízo e mesmo assim descontaram IR da minha operação …

Pergunta:

Olá. Te sigo por aqui e também aprendo muito com o seus artigos no seu site.
Queria te pedir ajuda pra esclarecer uma dúvida sobre IR em ações pois sou novato em bolsa.
Com essa queda recente da bolsa acabei que vendi minhas ações com prejuízo, porém mesmo assim a corretora reteve na fonte o famoso “dedo duro” do IR.
Te pergunto isso está certo? E se estiver tenho que gerar DARF e pagar 15% de IR sobre o prejuízo?
Se puder me ajudar ficarei grato pois isso está me deixando meio que preocupado.

Resposta:

Opa ! Tudo certo Carlos ? 🙂

Sim … o “pior” é que está certo. 🙁

O “dedo duro” acontece sempre nas vendas de ações. O 0,005% (sobre o valor da venda) desse imposto de controle é feito direto na fonte.

Já a segunda parte da pergunta, não. 😀

O IR sobre o lucro das operações em Bolsa só ocorre quando há … lucro. 😉

Portanto, não precisarás gerar um DARF para pagar IR sobre a perda, ou para notificar à Receita da ocorrência do prejuízo. Isso será feito na declaração anual. Sugiro a leitura do post: “Tive prejuízo no mês, preciso pagar DARF ?

Lembro ainda que este valor que foi retido na fonte, poderá ser usado no futuro para ser abatido do Imposto de Renda a ser pago. Não deixe de registrar (para não se esquecer dele) e usá-lo. 😀

Espero ter te ajudado. 😉

Abraços !