Como vocês devem ter visto ontem, o COPOM aumentou a taxa de juros em 0,5% p.p. para 9% a.a., na tentativa de segurar o dragão da inflação que vem soprando forte nos últimos tempos …
Com essa decisão duas coisas aconteceram:
1- A poupança voltou para a regra antiga e a apresentar o retorno de 0,5% ao mês + TR
(na reunião passada, com o aumento para 8,5% a.a. a regra virtualmente já valia – pois 70% de 8,5% é 5,95%, os 6% da poupança)
2- As pessoas voltaram a se perguntar:
É um bom negócio voltar a investir em renda fixa ?
A renda fixa passou a valer mais a pena do que a poupança ?
E o que posso eu responder ? Para a primeira pergunta, tudo depende da sua estratégia. Não é o fato de valer um pouco mais, ou um pouco menos, que vai tirar a fatia de renda fixa de sua carteira. Se no momento em que você traçou o plano a RF fazia parte dele, uma parcela da carteira será mantida lá. Ok, a fatia poderá variar um pouco de acordo com a rentabilidade oferecida por ela, mas uma parte continuará sendo direcionada para lá.
Já a segunda pergunta é um pouco mais “complicada” de ser respondida, e será algo do tipo “será preciso fazer algumas contas …”. 🙂
Se você sabe que a poupança renderá aproximadamente 0,5% ao mês, já tem um parâmetro da equação, o outro virá do rendimento da renda fixa, atrelada à SELIC ou ao CDI. Um investimento que apresente 100% de rendimento do CDI, te pagará – aproximadamente – 0,75% ao mês. Portanto a RF é melhor que a poupança ? Não amigos, as contas ainda não acabaram. 😉
Não se esqueça que na RF existe a incidência do imposto de renda – que vai de 15% à 22,5%, dependendo do prazo que a grana permaneceu aplicada – e também a taxa de administração.
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