Clube do Pai Rico

Colunistas ||| Fique atento à liquidez de suas ações

Boa parte dos investidores, quando se lançam ao mercado de capitais, costumam prestar atenção apenas na lucratividade histórica dos papéis e usam esse argumento como única motivação para as compras. Raros são os que se preocupam em analisar um fator de vital importância na hora de escolher os ativos que irão compor suas carteiras: o fator liquidez. Chamamos de liquidez a capacidade que uma ação possui de ser negociada rapidamente, ou seja, sua preferência perante o mercado, o fato de existir uma quantidade considerável de investidores interessados em comprá-la.

Esse fator é importante porque você terá que vendê-la para obter o tão almejado lucro, ou precisará se livrar dela, caso o mercado não se desenvolva como você previa. Em ambos os casos, se não houver compradores interessados, você estará em apuros e ficará com esse papel “encalhado” em sua carteira. Esse fator passa despercebido por muitos investidores pelo fato de estarem habituados a negociar blue chip’s, que nunca apresentam problemas com liquidez. Isso faz com que se descuidem na análise desse fator. Na verdade, nem todos os papéis vendem com tanta facilidade como Vale, Petrobrás ou Bradesco.

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Colunistas ||| Poupando com Petrobrás

Em momentos de crise como o que estamos vivendo agora, é comum se perguntar se investir o dinheiro em ações é a melhor decisão a ser tomada. Talvez a melhor opção seja investir regularmente em renda fixa e não ter assim que conviver com a ansiedade de acompanhar o sobe e desce desse mercado. Muitos poupadores que estão a caminho da independência financeira estão vendo seu capital derretido nesse início de ano e se perguntando qual é o melhor caminho.

A resposta é: as ações valem a pena para os que pensam no longo prazo e investem regularmente seu capital em empresas sólidas e com forte perspectiva de crescimento.

Uma boa opção para os que buscam a independência financeira é realizar mensalmente um investimento balanceado, dividindo o capital poupado em renda fixa e uma boa ação.

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Colunistas ||| Enfim, apareceu o risco !

O mês de agosto brindou o mercado de capitais brasileiro com um tremendo solavanco, decorrente da onda de pânico que surgiu do colapso parcial do sistema de crédito imobiliário norte-americano. Para quem não entendeu o que aconteceu, uma breve explicação: os norte-americanos perceberam que a euforia imobiliária (bolha imobiliária, para os íntimos) elevou os preços artificialmente, a coisa ultrapassou os limites razoáveis e os preços finalmente começaram a descer; muita gente havia se endividado para comprar imóveis e lucrar com eles, e diante da impossibilidade de lucros não estão conseguindo pagar suas dívidas. “Muita gente” refere-se a pessoas físicas e grandes fundos de investimento, sendo que estes começaram um forte movimento de venda de outros ativos de risco, como ações de empresas, para equilibrar as perdas de suas carteiras de investimento.

Basicamente, o que aconteceu foi uma grande liquidação de preços de ações, em parte porque acredita-se que muitas empresas não irão lucrar tanto quanto se previa (muitos americanos quebrando = menos consumo = menos lucro), em parte porque, lucrando ou não, investidores decidiram vender papéis de risco e, para vender rapidamente, apelaram pela redução de preços.

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Colunistas ||| Educação Financeira não é uma onda

Recentemente, ao participar de um debate em um evento aberto ao público, acompanhei uma discussão sobre a onda da Educação Financeira, que vem crescendo como um tsunami entre as mais diversas instituições de nossa sociedade. A certa altura, um dos debatedores propôs que essa onda aparentemente vem substituindo a ampla atenção dada, nos últimos anos, ao assunto Empreendedorismo. Como acredito que a interpretação está equivocada, trago a esta coluna meu ponto de vista, estendendo o debate a um público muito maior.

Em algumas áreas de gestão, principalmente em Marketing e Gestão de Pessoas, podemos dizer que há certos modismos que ganham grande força quando surgem, mas que vão perdendo força à medida que se popularizam e deixam de gerar efeito diferenciador. Alguns exemplos são o marketing de guerra, a gestão por objetivos, a avaliação 360 graus e a reengenharia. Porém, não se pode confundir modismos, necessários à renovação da gestão de empresas, com movimentos de esclarecimento sobre importantes áreas do conhecimento.

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Colunistas ||| A escola e a vida

Esses dias eu estava lembrando quanta coisa aprendemos em uma escola. E um acontecimento que recordo até hoje foi uma pergunta que caiu na minha prova, quando eu tinha uns dez anos: quem inventou o barômetro? Por sorte (ou estudo) eu me recordava do nome, era Torricelli. Porém, à época, errei a forma como se escrevia o nome do famoso inventor e ganhei um “meio certo”. Creio que a professora foi muito boazinha, pois deve ser um absurdo uma criança de dez anos errar um nome tão comum!

E esses tristes exemplos são encontrados aos montes. Somos obrigados a decorar datas, nomes de pessoas e locais, fórmulas, classificações etc. Nunca fui brilhante na escola e também não era dos piores, mas uma pergunta que sempre me intrigou foi: para que precisava aprender tudo aquilo? Hoje fico pensando naquelas crianças e jovens que não conseguem absorver esses conhecimentos pouco úteis. Isso os desanima, além de, muitas vezes, serem chamados de “burros”.

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