Você tem alguma grana na poupança ? Talvez tenha uma “mina de ouro” nas mãos …
Em finanças as coisas nem sempre são tão simples como muitos tentam te “empurrar”. Em algumas ocasiões precisamos fazer um exercício de futurologia. E tentar não ceder à guerra de informação. 😀
Por isso que eu insisto tanto para que você dedique uma parcela do seu tempo aos estudos. Não precisa se tornar um “mestre” no assunto, mas entender os princípios básicos é FUNDAMENTAL !!
Dê uma olhada no post abaixo, do início de 2017, e depois me diga se às vezes não justifica pensar um pouco mais profundamente …
Qual é mesmo a projeção para a SELIC na próxima reunião do COPOM ? 😉
(valeu pelo toque @humor_economico !!)
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Não, não estou sendo alarmista.
Não, não estou sendo sensacionalista.
Não, não estou sendo … tá, você entendeu que não estou querendo te enrolar. 🙂
Você leu esse título “Você tem alguma grana na poupança ? Talvez tenha uma “mina de ouro” nas mãos …” e certamente pensou: “Caramba … o Zé endoidou de vez !”, ou algo parecido. Não ?
Se não, agradeço pelo crédito e confiança. Se sim, eu confesso que lhe entendo … mas neste caso é apenas uma constatação de algo que pode vir a acontecer em um futuro nem tão distante (ou utópico) assim …
Você tem uma caderneta de poupança ? Não “se livre” dela hoje …
Vamos por partes.
A caderneta de poupança, a queridinha dos brasileiros, vem levando uma surra de todos os investimentos do tipo renda fixa disponíveis no mercado. Isso é um fato. Com seu rendimento de TR+6% ao ano, ela perde para todos os investimentos oferecidos ao investidor comum. Ok … talvez aquele título de capitalização ou fundo de renda fixa com taxa de administração anual de 5% percam para ela. Mas, isso lá é investimento ? (tá, o fundo é …)
A poupança perde de todo mundo. Apanha feio. Mas … já parou para pensar que estamos próximos de um momento em que ela pode voltar a “brilhar” ? Para explicar isso precisarei entrar na máquina do tempo e voltar ao longínquo ano de 2012.
O que aconteceu em 2012 ? Graças às mudanças na taxa de juros por ordem da Dona mandioca pelo COPOM, quando chegamos a 7,25% ao ano (histórico da SELIC), o governo precisou alterar as regras de rentabilidade da poupança. Afinal, como poderia um investimento isento de IR, “sem risco”, etc etc etc, oferecer um retorno superior ao dos títulos do governo ?
Você está lembrado ? Foi criada uma regra, uma “nova poupança” (indico a leitura do post: “Dê boas vindas à “nova poupança” !“) que ofereceria um rendimento atrelado à SELIC. Quando ela estivesse abaixo de 8,5%, a poupança passaria a oferecer 70% da SELIC + TR. Justamente para manter a atratividade dos outros investimentos de renda fixa …
Pois bem. A alegria durou pouco, a situação complicou, a redução da taxa de juros, na marra, surtiu efeito e a inflação voltou a aparecer. A SELIC subiu, a poupança deixou de oferecer atratividade, e tudo voltou a ser como sempre foi … Como hoje ainda é …
Mas aquela mudança criou uma regra interessante: as cadernetas de poupança criadas antes do dia 04/05/2012 manteriam a rentabilidade tradicional: TR+6% ao ano. As criadas após essa data, 70% da SELIC + TR, quando a SELIC fosse inferior a 8,5% ao ano, e TR+6% com ela acima disso. (sério, leia o post “Dê boas vindas à “nova poupança” !” para entender melhor isso)
TR+6% ao ano … só ?
Só … Em um universo onde as aplicações de renda fixa nos oferecem 12%, 13% ao ano … os 6% da poupança parecem “piada” … Não ?