Clube do Pai Rico

Lembra quando comprei um carro e ganhei dinheiro com isso ?

Num passado nem tão distante assim, eu publicava, aqui no Clube, um texto onde compartilhava minha experiência com um uma “operação” não tão comum quanto a maioria estava acostumada a ver: defendi uma estratégia onde eu comprei meu carro, financiado – propositalmente -, para poder trabalhar com o dinheiro do financiamento e ganhar uma grana extra com isso.

Antes de continuar a leitura, veja o post em questão: Como comprei um carro financiado e ainda ganhei dinheiro com isso. Pronto ? Vamos lá ! 🙂

Como era de se esperar, choveram respostas “nem tão amigáveis” assim. Muitas me acusavam de estar “estragando” os leitores, apresentando uma estratégia arriscada, sem ter sucesso garantido. Diziam que um site de Educação Financeira, originado após a leitura de Pai Rico Pai Pobre, não poderia falar uma coisa dessas. Estranho … pois isso é algo muito parecido com o que RK fazia com os imóveis. Mas tudo bem …

Sim, é arriscado

E justamente por ser arriscado, eu compartilhava detalhes do que havia feito, para mostrar os motivos que me levaram a fazer tal coisa. No que eu me baseava para acreditar na possibilidade de fazer o dinheiro necessário para não chegar ao final do financiamento perdendo dinheiro.

O risco é “relativo”, lembra ? Depende muito da sua preparação, das proteções que você usa, das saídas de emergência que podem ser usadas no caso de erro, etc etc etc … Era arriscado. Mas deu certo. Aceite você ou não. 😉

A principal intenção de compartilhar tal estratégia aqui no Clube, era embutir nos leitores a pulga da curiosidade, da dúvida. E por que não da possibilidade de oportunidade ? Queria que os leitores tentassem enxergar o que foi feito, talvez conseguindo transportar o que ali foi feito para alguma outra forma de investimento parecido. Ou até mesmo igual. 🙂

Algumas pessoas falaram, algumas comentaram, muitas xingaram, mas poucas me pareceram ter levado o processo adiante. Até hoje. Vejam o e-mail que recebi do Marco:

Bom dia Zé,

Troquei meu carro e financiei a diferença no valor de R$ 8.500,00 (36×350,00). A questão é, eu tinha o dinheiro para pagar a vista mas resolvi financiar pois uso esse dinheiro em operações com opções. Vi o seu artigo sobre como você trocou seu carro e gostei do que li.. 😀

Porém diferente da sua operação, a minha não cobre as parcelas. Hoje consigo em média 160~200 (somando as vendas de opções mais a rentabilidade do tesouro direto).

Mas resolvi simular duas opções;
– quanto eu teria no final de 36 meses quitando o financiamento (economizando com juros);
– quanto eu teria deixando o dinheiro aplicado mais as operações (fiz a simulação usando o menor valor obtido);

Veja o resultado:
– Quitando o financiamento e aplicando os 350 em algo que renda 10% ao ano, eu ficaria com +- 14.600 (10% liquido já descontando impostos!);
– Continuando as minhas operações eu ficaria com +- 15.000 (na simulação deixei os títulos rendendo 10% ano liquido e somei com as vendas de opções R$100/mês).

Na simulação das minhas operações usei o menor valor obtido. Bom o resultado é bem parelho, lógico que com as operações há o fator risco mas gostei do resultado. O que você acha Zé?

Uma diferença fundamental

Se você perceber, existe uma diferença muito importante entre os dados apresentados pelo Marco e os meus. A taxa de juros …

Pelo valor que você apresentou, parcelas de R$350, você precisaria obter um rendimento de 4,12% ao mês para conseguir pagar a parcela sem precisar mexer no “bolo original”. No meu caso, eu precisava de 2,5% ! Para muita gente pode parecer pouca coisa … Mas se olhar com cuidado, é “quase” (forçando um pouco a barra, eu sei) o dobro !!

E isso faz muita diferença …

Eu acho que tem um erro na tua simulação … Especialmente na segunda simulação. Se você vem obtendo um valor menor do que a parcela, no final do financiamento não deveria ter um valor menor do que os R$8.500 originais ? Se no primeiro mês precisa pegar R$150 do “bolo original”, ele não cairia para R$8.350 no mês seguinte ? E para R$8.200 no outro ? E para R$8.050 no próximo … e assim sucessivamente ? Isso “descontando” o fato de que você não obteria mais os R$200 originais, afinal de contas o valor que poderia ser trabalhado no mês seguinte seria menor do que no mês anterior.

Uma coisa é muito importante nesta simulação: desconsidere dinheiro extra nas contas. Você só pode trabalhar (fazer as contas) com o dinheiro que tinha no começo. Se colocar dinheiro de fora complicará tudo e provavelmente mascarará algum erro. O que provavelmente “dará força para a estratégia”.

A comparação ideal é a seguinte: se você usasse os seus R$8.500, e não o financiamento, teria zero ao final dos 36 meses. Afinal de contas, você “não teria mais dinheiro para operar” e o resultado disso é rendimento zero no final do período. Já para o caso de usar o financiamento e pagar as parcelas com o dinheiro obtido, e caso preciso beliscar o “bolo original”, você teria teria em seu bolso um determinado valor.

No caso de obter um rendimento superior ao valor que precisa pagar mensalmente, terá o “bolo original” e quem sabe alguma coisa a mais. Se precisar beliscar algumas vezes, ou um pouco, o “bolo original”, terá algum dinheiro no bolo. Possivelmente um pouco menos do que quando começou, mas ainda assim alguma quantia no bolso.

No teu caso, você teria no final do período (mesmo se precisar desembolsar algo todos os meses) um valor em conta. Acredito que algo próximo a R$1.500 ~ R$2.000

Nada mau, não é mesmo ? 😉

O ideal

Lógico que o ideal é que o valor obtido nas operações supere o valor da prestação. Acredito que o teu erro tenha sido um financiamento mais curto. Talvez, se tivesse sido feito um de 48 parcelas, a prestação mensal seria menor e mais próxima do que você obtém em Bolsa. Não importa se “gastaria mais”, o que importa é que precisaria beliscar menos o “bolo original”.

Muitas vezes a confusão reside justamente nisso: “se eu alongar o financiamento, acabarei pagando mais no final das contas”. Mas não, nessa situação a coisa é um pouco diferente. Mesmo gastando um pouco mais (pois o valor das 36 somadas é inferior ao das 48), você terminaria com mais dinheiro. A mordida do “bolo original” é menor o que faz que o ganho final seja maior. 🙂

Como dito, acredito que no final do processo você obtenha um ganho interessante. Mas com um pequeno ajuste poderia ter sido um pouco maior.

Um detalhe: não caia na armadilha de aumentar o rendimento das operações para melhorar o desempenho. Às vezes o nível de risco para aumentar o rendimento em 10%, 20% é tão grande que pode pôr tudo a perder …

Boa sorte ! 😀

Ficar milionário é mais “fácil” do que você imagina !

O post é de 2011, portanto os dados também … Mas como tivemos todo esse alvoroço por conta do sorteio da Mega-Sena e do prêmio de R$275 milhões de reais, achei que seria interessante trazer o post “de volta para o futuro”. 😀

Não deposite todas as suas esperanças apenas na sorte. Construa-a. 😉

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Tenho certeza de que você ficará surpreso com os dados a seguir. 🙂

O amigo Gabriel Antunes postou lá no fórum os principais pontos de uma reportagem do “The Economist” sobre a distribuição das riquezas no globo. Além do país de origem a matéria nos aponta a origem de suas fortunas. Prepare-se para algumas surpresas. 😉

Como você imagina que seja formada a pirâmide ?

1.000 pessoas que possuem mais de $1 bilhão (1 em cada 7 milhões de pessoas no mundo)
1.800 com fortuna >$500m e <$1bi (1 em cada 3,9 milhões)
27.200 com fortuna >$100 milhões e <$500m (1 em cada 257 mil)
51.000 com fortuna >$50m e <$100m (1 em cada 137 mil)
O número total de milionários fica em 24,2 milhões (1 em cada 289 pessoas)

41% vive nos EUA, 10% no Japão e 3% na China.
(41% !!! É ou não a terra do dinheiro ?)

Como conseguiram a riqueza ?

47% iniciaram seus próprios negócios (são empreendedores)
23% ficaram ricos como trabalhadores pagos (são empregados)
Apenas 16% conseguiram os ativos por herança

Impressionante não é mesmo ? Uma das coisas que mais me deixou surpreso foi a proporção mundial de milionários, imaginei que o número fosse muito diferente. Muito mesmo. Quer um exemplo ? Vamos lá.

Você joga na Mega Sena ?

Tenho quase certeza que você dirá que sim, se não joga, já jogou … Ao menos uma vez em sua vida. 🙂

Por que joga ? Porque tem esperanças de um dia ganhar um prêmio, claro, não importando se for a quadra, a quina, ou, o prêmio máximo, a sena. Não é mesmo ? Sabe quais são suas chances e ganhar uma dessas premiações ?

Chances de acertar a quadra: 1 em 2.332
Chances de acertar a quina: 1 em 154.518
Chances de acertar a sena: 1 em 50.063.860

Agora conhecedor dos números, faça a comparação com os dados que formam a pirâmide do dinheiro … Sim, não está errado, é mais fácil se tornar um milionário do que acertar a quadra, 10x mais fácil ! E sim, é mais fácil você se tornar um bilionário do que acertar a sena … dá para acreditar ?

Claro, isso são somente dados estatísticos, você pode fazer mais de um jogo, o que aumenta suas chances de acerto. Mas não te faz pensar melhor na possibilidade de ver sua conta bancária mostrando 7 dígitos ? Você só precisa “ser melhor” do que 289 pessoas … sim … estatisticamente falando é só isso mesmo. 🙂

E a origem do dinheiro deles ? 23% conseguiram atingir o 1º milhão sendo empregados, quem disse que não se pode ficar milionário trabalhando para outra pessoa ?

Saber disso não dá uma empolgação extra ? Só fico triste por não estar nos EUA … hehehe 😉

Livros ||| Criptomoedas

Olha … eu já li alguns livros sobre o tema. Outros tantos textos publicados em sites … Mas esta foi a primeira vez que li algo destinado exclusivamente ao convencimento da ~validade do ~investimento em criptomoedas.

Sim, sempre era focado no lado “real” da coisa. Mostrando o que era, como poderiam ser utilizadas. Mostrando como a tecnologia funciona, quais suas vantagens e desvantagens. Mas neste livro, por mais que os autores tenham mostrado isso, o foco era outro …

Desta vez, eles queriam mostrar que ~investir em criptomoedas era algo válido.

Confesso que não foi uma leitura que me agradou. Como falei no Twitter em “tempo real”, enquanto fazia a leitura, foi uma das primeiras vezes que quase desisti no meio do caminho. Sim, quase larguei o livro … E olha que NUNCA fiz isso !

Motivo ? Justamente esse lado “convencimento” da coisa. 🙁

Eu senti como se o motivo do livro fosse somente esse. Como se tudo girasse em torno de convencer o leitor de que investir em criptomoedas é um bom negócio. E no meio do caminho muitas comparações foram feitas. Até com as mais tradicionais bolhas, como não podia deixar de ser …

Claro ! A primeira coisa que muita gente pensa ao ouvir das criptomoedas, especialmente a bitcoin, a mais famosa de todas, é no comportamento ao estilo bolha. Os autores falaram sobre as tulipas, sobre as .com, sobre o subprime … Sobre como a massa de investidores se comportou diante daquelas bolhas e dessa.

Quer dizer, dessa não, pois “criptomoedas não são uma bolha“. É … 🙄

E como foi que concluíram que não se trata de uma bolha ? Através da análise das 5 lentes de Vikram Mansharamani !!

#1 Perspectiva microeconômica
#2 Perspectiva macroeconômica
#3 Psicologia – excesso de confiança
#4 Incentivo governamental
#5 Epidemiologia

Segundo eles, apenas o 3º item é encontrado em relação às criptos … Sério !!!??

Os próprios usuários e entusiastas dizem que a bitcoin foi criada como forma de “fugir” do controle estatal. Não seria esse um belo incentivo governamental ?

Já pela perspectiva microeconômica, “apenas 1% da população com acesso à internet investe em bitcoin”. Ok … pode até ser que o grupo fosse realmente pequeno. Mas não custa lembrar que aqui no Brasil, em um determinado momento, tivemos 2x mais pessoas investindo em cripto do que investidores em Ações ! Não custa lembrar da complexidade do processo de compra e venda de criptos, o que para muitas pessoas se mostrou como uma verdadeira barreira de entrada.

Pela perspectiva macroeconômica, dizer que não existe “alavancagem” no universo das criptos … Tem certeza ? E o mercado de futuros de bitcoin ? Ainda, como apresentado no próprio livro, quando dito que na bolha das tulipas as pessoas podiam pegar empréstimos para investir nelas, quantas e quantas histórias nós vimos, de pessoas que hipotecaram a casa para colocar tudo em bitcoin ?

E por fim, o 5º item … Em certo momento, só se falava disso !! De novo: enquanto tínhamos 500 mil pessoas que investiam em Ações, aqui no Brasil, 1 milhão investia em criptos !! O oba oba foi tão grande, que mais de MIL criptomoedas surgiram ! (e pelo o que vi, pararam de contar … pois a cada dia surgiam mais e mais e mais)

Sem forçar a barra, das 5 lentes, poderíamos considerar que 4,5 delas (o 2, sendo bonzinho, seria meio atendido) dizem que criptomoedas são sim uma bolha. 🙂

De novo, a leitura, na minha opinião, se mostrou mais como sendo um material que tentava convencer o leitor de que não há bolha … de que o ~investimento em criptomoedas é válido … do que realmente olhar a coisa de fora. E digo que entendo isso perfeitamente !! Quando estamos envolvidos em um investimento, é natural que deixemos de lado alguns cuidados, que ignoremos alguns pontos.

Só vai reclamar Zé ?

Não, tinha um lado interessante no livro. A parte destinada à orientação de como investir nas criptos.

Por mais que EU não considere como sendo algo válido, a análise de outras pessoas pode apontar para a direção contrária. Com isso, encontrará no livro material de como proceder, de como encontrar uma corretora, de como mandar a grana, de como fazer a compra e a venda delas. 🙂

Mas, de novo … esteja preparado para ler um livro onde seus autores defendem ferrenhamente suas convicções. 😉

 

Nota do Site:
2 Moedas

Criptomoedas
André Franco | Vinícius Bazan

Editora: Empiricus
Ano: 2018
Edição: 1
Número de páginas: 208
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

Feliz Ano Novo !! Feliz 2019 !!

É … aquele velho papo de sempre: o ano, no Brasil, só começa depois do Carnaval … 🙁

Sim, eu sei que para muita gente é assim que as coisas funcionam. Muitos insistem em esperar o Carnaval passar para começar a se mexer e ir atrás das coisas.

Muitos setores da economia só começam a botar em prática os planos do ano, depois do Carnaval.

A nossa política só começa a se mexer, depois do Carnaval !! E olha que estamos precisando deles mais do que nunca para aprovar importantes reformas.

Mas … por mais que a frase tenha muitos exemplos positivos, sei também que MUITA gente aproveita estes dois primeiros meses para ganhar vantagem sobre os que se jogam nas cordas e usam a muleta do Carnaval para não fazer nada.

Quer ver ? Me diga: o que você já fez de produtivo nestes 2 primeiros meses do ano ? De que forma você aproveitou estes 60 dias, e que muitos insistiram em deixar de lado ?

Eu sei que eu já fiz muita coisa:

  • retomei o hábito da leitura;
  • planejei as metas do ano;
  • tracei o rascunho de 2 novos cursos;
  • aproveitei a praia com a minha família
  • etc etc etc

Não é porquê eu FIZ algo de produtivo que eu deixei de aproveitar ! 😉

Muita gente, como eu disse, usa o “o ano só começa depois do Carnaval” como muleta. Deixa tudo para depois, só porque os outros também deixam …

Pô ! Não era para ser justamente o contrário ? Não era para você aproveitar o tempo livre, com tudo parado, para botar a casa em ordem, fazer a lição de casa,e depois colher os frutos ? Você teria uma vantagem de 2 meses em relação aos outros …

Você já poderia estar colhendo, enquanto os outros ainda estariam apenas plantando … 🙂

Sério ! Esqueça essa história do “o ano só começa depois do Carnaval” !! Se querem pensar assim, que pensem. Mas você, que já assumiu às rédeas da sua vida, não ! Se, por acaso, você fez isso neste ano, se está esperando o Carnaval passar para se mexer, assuma o compromisso de que em 2020 as coisas serão diferentes. Combinado ?

E digo mais: para você ver o quão produtivos estes últimos 60 dias teriam sido, faça uma lista de tudo o que você pensou em fazer, mas que acabou adiando para depois …

Te garanto que você irá ficar surpreendido … !! É muita coisa ! É muito tempo !! MUITO, muito tempo !!

Esquece o “só depois do Carnaval” e se mexa !! 😀

Todos contra os rentistas !!!

Agora você entende o problema que é o rentismo. Imagine que nesse grupo aí, um resolvesse cobrar juros (cobrar sem ter produzido)? O ciclo parava no meio e embananava tudo. Temos de combater o rentismo, o Brasil é para de quem trabalha.

 

(esta foi uma mensagem deixada em um comentário de um post aqui do Clube)

Então ninguém poderia se aposentar ?

Não conte pra ninguém, mas as aposentadorias são pagas desta forma … A pessoa acumula um determinado capital durante sua vida de trabalho (seja de forma particular ou através do INSS), essa grana fica lá acumulando e rendendo, até chegar o momento da aposentadoria, onde a pessoa vai sobreviver com a grana originada dos rendimentos do que foi acumulado …

É … TODOS os aposentados sobrevivem como rentistas. Legal né ?

Ops … quer dizer … deveriam sobreviver. Não é o que vem acontecendo na pirâmide que forma o sistema previdenciário brasileiro.

Quer você queira acreditar, ou não, mas aqui no Brasil, as aposentadorias são pagas com a grana obtida com as contribuições de quem ainda está na ativa. É … quem está trabalhando está custeando quem está aposentado.

Pior: além de serem os da ativa que custeiam os aposentados, o sistema previdenciário brasileiro tem um déficit aproximado de R$300 bilhões anuais. Então, todos juntos cobrimos o rombo das aposentadorias …

É um discurso muito bonito esse de “malditos rentistas que apenas mamam nas tetas do governo !!“. Na verdade, é o (des)governo que mama nas tetas dos rentistas, que colocam seu dinheiro, suas poupanças, suas economias, em títulos do tesouro, na expectativa de rendimentos futuros, para bancar os gastos (exagerados …) do governo.

Sabia que se não houvessem “rentistas” o governo não teria como arcar com os gastos ? É … ele precisa recorrer aos empréstimos (que é o que acontece na hora em que alguém troca um título do tesouro por dinheiro) para “fechar as contas”.

Quer acabar com a “vida fácil dos rentistas” ? Comecemos então pela racionalização dos gastos governamentais !!

Mas voltando ao papo “fora rentistas”, qual seria a tua sugestão para que as aposentadorias fossem pagas então ? Como disse, num sistema previdenciário sério, as aposentadorias são pagas com os rendimentos do que o trabalhador acumulou durante sua etapa “produtiva”. Todos os meses ele deposita um determinado valor (seja em uma conta própria, seja através do INSS), onde o valor vai aumentando e rendendo. Lááá na hora de se aposentar, a pessoa para de contribuir e passa a “comer” parte do bolo todos os meses.

O ideal é que retire apenas o rendimento real daquele bolo, deixando o original lá, rendendo. Ops … não pode render, eu me esqueci disso …

Sabe o que aconteceria neste caso ? Sabe o que aconteceria se essa “utopia” sugerida existisse ? Ninguém mais poderia se aposentar. Todos precisariam trabalhar eternamente, afinal de contas o Brasil é para quem trabalha. Não é mesmo ?

O que as pessoas que defendem essa ideia maluca de “fora rentistas” precisam entender, de uma vez por todas, é que TODOS NÓS somos rentistas. TODOS !

Esqueça aquela ideia idiota que te falaram, que quem come os recursos do “governo” (que não é do governo, é seu e meu) são os bancos. Não, não são os bancos !! Quem recebe essa grana somos todos nós que temos algum tipo de aplicação, e sim … a tua aposentadoria é uma destas aplicações.

Ou, como disse, deveria ser …

Todo fundo de pensão aplica o dinheiro de seus integrantes em títulos do tesouro, para poder pagar suas aposentadorias. Estes aposentados são os rentistas demoníacos que você se refere ?

Ou existem os maus rentistas e os bons ?

Sério … esqueça esse papinho de que os rentistas são o problema do país. Quem eles são ? São os que mamam nas tetas do governo … os que têm regalias mil …

De novo: se o Brasil é para quem trabalha, abaixo os rentistas, devemos apoiar a ideia de que ninguém mais deva se aposentar e todos deveriam trabalhar até o último dia de suas vidas ?