Clube do Pai Rico

O que o Zé faz para ganhar dinheiro na Bolsa de Valores ? (XII)

E a série de posts que fala sobre a  minha atual forma de operar ( afinal, nada é para sempre … ) começa a se aproximar de seu final. Ainda faltam alguns textos, mas ao menos a parte de ferramentas de análise gráfica terminará com o texto de hoje. E sobre o que será ? Sobre as Bollinger Bands ( ou Bandas de Bollinger se preferir … ou ainda para os mais íntimos as BBs 😉 )

O que são as Bollinger Bands ?

É uma ferramenta de análise gráfica que serve para visualizarmos a volatilidade do ativo. Ela é formada por uma linha central – que nada mais é do que uma média móvel – “engolida” por duas outras, que formam as bandas propriamente ditas. Estas duas linhas externas são formadas a partir de desvios padrão e com isso temos a visualização do nível de volatilidade nas cotações do ativo.

Quanto mais volátil estiverem as cotações, mais abertas estarão estas bordas externas. Em momentos de mais calma, como em acumulações e distribuições, as bordas se fecham, afunilando-se. E é justamente este o sinal que fico aguardando, a aproximação das bordas.

A tendência é que após este afunilamento as cotações tenham um movimento rápido e forte na direção do rompimento.

Vamos ver um exemplo ?

Olhe agora o gráfico de 120 minutos do índice futuro que acabei de “imprimir”:

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Volume – O que o Zé faz para ganhar dinheiro na Bolsa de Valores ? (VIII)

Mais um item que acompanho – mas que não serve como gatilho – no meu dia a dia, na “caça” dos meus trades: O volume.

Você certamente já deve ter ouvido, ou até mesmo já saiba da importância do volume para o funcionamento do mercado. Correto ? Você, que acompanha as postagens aqui no Clube, deve ter observado o destaque que dou ao Fluxo de Capital Estrangeiro, não é mesmo ? Mas por que dou este destaque ?

Para que uma tendência tenha força, ou até mesmo continuidade, precisamos que o volume seja condizente com este movimento. Pense comigo, se o mercado está subindo, é porque as compras têm tido força, “mais investidores querendo entrar na bolsa”. É preciso que exista o combustível – o dinheiro – para que o mercado possa continuar subindo … no momento em que ele começa a desaparecer é porque algo pode estar acontecendo, a diminuição do interesse dos compradores.

E se o número de compradores está diminuindo … o que isso pode significar ? Que o movimento de alta pode estar perto do fim !

Tanto em cima quanto em baixo

O mesmo raciocínio vale para um movimento de queda, a pressão vendedora faz com que os volumes sejam mais elevados, no momento em que os vendedores começam a desaparecer, o volume começa a diminuir, marcando a possibilidade do início de um movimento de alta.

Normalmente a mudança de volume, que marca a alteração da tendência não ocorre de uma hora para outra, ela é marcada por um período onde essa situação vai acontecendo … as famosas acumulações e distribuições. O que diferencia uma da outra ? A acumulação ocorre antes de uma alta, pois as ações vão sendo acumuladas aos poucos; enquanto a distribuição precede uma queda, pois quem tem as ações em mãos vai vendendo aos poucos – para não afetar drasticamente as cotações – para se preparar para o movimento que está por vir.
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O que o Zé faz para ganhar dinheiro na Bolsa de Valores ? (V)

O problema que irei relatar, felizmente, não é mais tão comum de ser encontrado quanto foi no meu início … afinal hoje a bolsa já se popularizou e em qualquer boteco o papo entra na roda: Falar sobre bolsa … com quem ?

Sim … naquela época este era um dos maiores problemas enfrentados por quem operava. Ninguém falava sobre o assunto, era quase tabu. Ninguém se interessava pelo assunto, afinal somente “milionários” tinham permissão para investir em bolsa … infelizmente era assim que a grande maioria enxergava o tema. Mas também não era por menos, o número de investidores era “ridículo”, pouquíssimas pessoas investiam. Quando encontrávamos alguém para conversar, era sempre o mesmo grupo …

Na universidade

Como opero desde “muito novo”, a época de universidade fez parte do meu início como investidor em ações. Nos laboratórios de informática, enquanto todos se direcionavam para as salas de bate papo, eu me dirigia aos sites que apresentavam cotações (com atraso, 15 minutos, mas graças a uma ou outra gambiarra eu conseguia cotação online, hehehe). Quando meus amigos viam o que estava na minha tela olhavam com aquela cara “mas o que é isso ?!?“, e quando explicava a cara piorava, mudava para uma “ah claro, dinheiro pra isso nem pensar …

Eu sempre tentava apresentar o mercado, as possibilidades que ele gerava, mas normalmente era em vão. O assunto que gostavam mesmo era futebol … o futuro, principalmente o financeiro, ficava longe … literalmente para o futuro.

Tirando uma chance ou outra, o tema ações dificilmente era tratado lá no campus. Uma pena … afinal “com a cabeça tranquila, sem a pressão do dia a dia” (tirando as deliciosas provas que somente um curso de Engenharia Elétrica pode proporcionar), o aprendizado teria sido bem mais tranquilo e proveitoso. O assunto só começou a ser abordado já no final do curso, praticamente na formatura (afinal tínhamos acabado de passar por 2003 e toda a alta que ele nos trouxe).

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O que o Zé faz para ganhar dinheiro na Bolsa de Valores ? (III)

Como falei em outras oportunidades, entrei na bolsa há mais de 10 anos, em pleno “oba oba” da bolha da Nasdaq. Era uma “maravilha”, era só comprar – qualquer coisa, literalmente qualquer coisa – e aguardar. Lucro certo, e o melhor de tudo “garantido”. Mas como nada dura para sempre …

O começo de verdade !

Com o estouro da bolha, a estratégia comprar, aguardar e lucrar, foi para o espaço. As coisas não funcionavam mais dessa maneira. A técnica do “Pô, esse papel já caiu muito, tá barato, tá na hora de comprar” foi pro beleléu … As coisas haviam mudado, a técnica agora era comprar, aguardar e rezar para que o preço – ao menos – volte ao seu 0x0 … Era o meu primeiro choque de realidade com a Bolsa de Valores.

Me lembro claramente de quais ações tinha em carteira no momento “chave” do movimento: PLIM4 e TCSP4 – respectivamente NET e Brasil Telecom (hoje Oi). Lembram ? Era a bolha da tecnologia, nada mais natural que alguém que não sabia de nada se entupisse de ações de empresa desta área. Afinal eram elas as queridinhas do mercado. Nossa … PLIM4 mesmo deu muita dor de cabeça … e tenho certeza que não foi só em mim …

Com o fim da época da alegria, os lucros sumiram. Surgiu o melhor consolo que existe para quem está com uma posição perdedora: “Ah, não tive prejuízo não … é só virtual, ainda não fechei a posição” …

Nada do que eu fazia dava certo, afinal eu só podia comprar e rezar. Nada mais.

Não, nada mais não, era hora de mudar isso …

Indo atrás de conhecimento

Era hora de eu ir atrás de conhecimento, era hora de eu me informar sobre diferentes formas de operar, diferentes métodos operacionais.

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O que o Zé faz para ganhar dinheiro na Bolsa de Valores ? (II)

Dando continuidade a esta série de posts, que tentará mostrar o passo a passo de como cheguei até o meu método atual de operar em bolsa, falarei sobre um momento obscuro do meu passado … a época em que eu operava me baseando na opinião dos outros e seguindo dicas … só de lembrar já me dá medo …

A época era outra, a bolsa não era nada popular quando comparada a hoje. Naquele momento a regra do “quem sabe sabe, quem não sabe que se cuide” era ainda mais forte. E muitos se utilizavam disso para facilitar suas operações.

Eu não sabia nada …

Como todos que começam, eu não sabia nada de nada na bolsa, a divulgação de informações (métodos operacionais, estratégias, ferramentas …) era praticamente nula. O mercado estava engatinhando, rumando para a arrancada em termos de popularização (e nas cotações …) que viria poucos anos depois.

Naquele momento o mais comum era encontrar “investidores” baseando-se nos mais tradicionais métodos para se operar: O achismo e o chutão. E era assim que a grande maioria operava – hoje muitos ainda são adeptos destas escolas, mas aos poucos a coisa vai melhorando. Mas o que acontece com alguém que opera desta forma ? Ou deposita toda a sua fé e esperança no quesito sorte … ou … segura o tranco, porque o prejuízo é líquido e certo.

E como não poderia deixar de ser foi assim que comecei. Estávamos inflando junto à bolha da Nasdaq, empresas de tecnologia eram as que mais atraiam os olhares dos que se aventuravam na bolsa – até então você era um ser estranho por operar em bolsa, quer ver entre os amigos … – e tudo ia bem até o momento em que o mercado decidiu que já havia dado o seu máximo …

Quando operamos sem saber exatamente o que estamos fazendo procuramos nos informar como ? Lendo relatórios, analisando gráficos ? Não ! “Não precisa disso” … Então qual era a fonte mais confiável de informação para se decidir sobre qual a próxima decisão ? É claro ! Perguntar aos outros investidores o que eles estão achando, até onde o papel vai, se vai subir ou cair … e acreditem, eu acreditava no que os outros diziam …

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