Clube do Pai Rico

Proponho um exercício ! #6

O problema de hoje é mais leve … mas que por ser um problema de muitos, será de utilidade total.

Como todos sabem, a leitura não é um dos pontos fortes do brasileiro. A média anual é ridiculamente baixa (algumas pesquisas apontam para 1 por habitante, outras chegam perto de 2), e as justificativas para isso são muitas: custo dos livros, falta de tempo, falta de interesse, etc etc etc.

É o seu caso ? Pelo o que pude ver numa pesquisa realizada no início do ano, a média dos membros do Clube é um pouco mais alta – ainda bem, hehehe -, mas não tanto quanto eu gostaria que fosse.

Como solucionar este problema ?

#6 – O Zé decidiu virar a mesa, resolveu que está mais do que na hora de aprender a cuidar do próprio dinheiro. Para tanto, ele vai atrás de livros que lhe auxiliem no aprendizado. Encontra uma lista de 10 livros mais do que indicados para quem deseja investir em bolsa e chega a uma conclusão: como farei para ler isso tudo se o meu tempo livre é mais do que escasso ?

Acorda às 6h, vai para o trabalho. Das 8h ao meio-dia trabalha, depois até às 13h30min tem folga para o almoço. Volta para o trabalho até às 18h. Vai para a academia, chegando lá perto das 20h. Chega em casa às 22h, janta, toma banho e às 23h dorme.

Pronto … isso serve como um verdadeiro banho de água fria para o Zé … Ele vê que não terá como estudar, como aprender o que é necessário para por em prática o seu plano de aposentadoria.

O que fazer ? A agenda é completamente lotada, não existe nenhuma brecha. Ler enquanto vai para o trabalho e enquanto volta pra casa ? Impossível … ele vai com o próprio carro, dirigindo-o.

Ele está quase desistindo quando …

… vem até vocês e pergunta: O que posso fazer ? Como faço para ler tudo o que quero e preciso ?

Nem preciso dizer que o espaço para os comentários está aberto e é de vocês, não é mesmo ? 😉

Comentários – Proponho um exercício ! #5

E então, achou que eu tinha me esquecido de apresentar meus comentários sobre o “Proponho um exercício ! #5” ? Demorou um pouco, mas aqui estão eles ! 🙂

Ah, você não participou deste exercício ? Então você pode dar uma passada lá no post, deixar a sua resposta e depois voltar aqui para ver a minha opinião. 😉

Pronto ? Então vamos lá ! 🙂

No #5, a pergunta girava em torno do tema “morar no centro, perto do trabalho, pagando caro, ou morar na praia, ‘meio’ longe de tudo, pagando menos”. A diferença, em termos de “valores”, era de R$250,00 e em termos de “tempo”, 3h. As respostas foram as mais variadas, mas o lado “morar no centro” venceu com uma bela vantagem.

Em sua maioria, quem defendeu morar no centro, preferiu abrir mão dos R$250,00 para, em troca, ganhar as 3h. A grande maioria afirmou que com esse tempo extra muita coisa poderia ser feita, sendo que muitas delas poderiam gerar este valor, ou até mesmo mais. Mais tempo para estudar, iniciar um novo empreendimento, se divertir, descansar … etc etc etc.

Quem defendeu morar na praia, lembrou que o tempo “perdido” no trânsito poderia ser convertido em tempo de estudo, e até mesmo para descanso. Lembraram que se a forma de transporte escolhida fosse o sistema público, teriam o tempo livre para leitura (enquanto estivessem no ônibus poderiam ler um livro), ou para tirar um cochilo. Fazendo isso ainda teriam R$250,00 extras para seus investimentos.

Acredito que os lados têm “razão”, ao menos em determinados momentos de nossas vidas precisamos abrir mão de certas regalias para um bem maior.

Experiência própria

Como muitos de vocês sabem, morei durante um bom tempo na praia. (portanto posso trazer à tona o lado “real” da coisa, hehehe)

Durante um período que lá morei, não tinha compromisso algum, com nada. Foi 2008, ano em que pude me dar ao luxo de fazer isso. Ano em que decretei minha Independência Financeira. Morar na praia, num momento em que se tem liberdade total, para tudo, é ótimo, é fantástico. Acredito que este seja o sonho de muitos que estão lendo isso. E é mesmo. 😉

Mas, morar na praia, longe, enquanto se tem uma série de compromissos no centro, é realmente complicado … o tempo corre contra você, e as vantagens de se morar na praia passam a não mais existir. Você só pode aproveitá-la aos finais de semana, coisa que poderia fazer se morasse no centro …

Continue lendo …

Quanto custa o seu imóvel ?

Existe uma linha de pensamento, que já vi em muitos textos e livros, que diz:

– “Você deveria fazer com suas ações o mesmo que faz com o seu imóvel. Você não fica olhando a cotação dele de 5 em 5 minutos.”

Ok, é uma ideia válida, afinal são tantas estratégias, tantas ferramentas, tantas possibilidades, que até mesmo dizer para a pessoa não acompanhar as cotações diariamente/minuto a minuto/constantemente pode ser considerado como certo. Dizem que é este acompanhamento imediatista que acaba provocando as fortes oscilações que vemos de tempos em tempos no mercado. Mas … será que não olhamos a cotação, o valor, do nosso imóvel a cada 5 minutos ?

Óbvio que não ! Mas isso só não acontece por não existir uma ferramenta que apresente uma cotação atualizada com uma frequência tão grande. Duvida ? Vamos lá …

Você está no seu condomínio, aproveitando a piscina, junto com outros moradores do prédio, quando de repente o vizinho do 304 fala: “Viram que o 102 foi vendido ?”. Imediatamente um ou dois integrantes da conversa pergunta: “Por quanto ?“. Pronto, o sistema de cotações foi ativado e você espera que o valor da última negociação apareça na tela.

Estou mentindo ? Nada mais lógico do que alguém querer saber por quanto foi negociado o apartamento do vizinho, pois desta forma ele pode ter uma ideia de quanto vale o seu próprio. Vai me dizer que você nunca se interessou por isso ?

Olhemos a bolsa, o sistema de cotações não faz exatamente a mesma coisa ? Te apresenta o valor que negociaram, pela última vez, algo de sua propriedade ? Não é justamente o valor da última compra/venda ?

Então …

Continue lendo …

Proponho um exercício ! #5

O exercício de hoje é mais um de “cara ou coroa”, porém esta moeda possui muitas outras facetas.

Ele seguirá a linha dos outros, lembrando que sempre serão exercícios simples, normalmente envolvendo conceitos mais básicos de matemática e de finanças.

Conto com a participação de todos, e o mais importante, que tentem realmente “quebrar a cuca” antes de sair em busca de uma “dica”. Ah, só lembrando … mais vale encontrar a resposta após uma pesquisada (para alguns seria colar …) do que ficar na dúvida aguardando a “resposta certa”. 🙂

A ideia é que coloquemos alguns dos conceitos aqui aprendidos em prática, mas acima de tudo: que consigamos transferir o que aqui é lido para o lado real de nossas finanças, de nossas vidas.

Vamos ao quinto exercício ?

#5 – Finalmente é chegado o momento mais esperado por muitos e muitos jovens, chegou a hora do Zé sair da casa dos pais e ir morar sozinho. Ele já é formado, tem um bom emprego, com relativa estabilidade. Mas uma decisão muito importante precisa ser tomada: onde morar.

Uma outra decisão, provavelmente ainda mais importante, já foi tomada, ele morará de aluguel. Desta forma pegará um imóvel que atenda suas reis necessidades, sem precisar pagar a mais por isso. Mas dúvida atual está “tirando” o seu sono … Morar a – literalmente – 5 minutos do trabalho, ou na praia ?

A questão é muito maior do que a escolha do cenário, asfalto e concreto ou areia e o mar, ela tem ligação com o $$$ que será necessário para pagar o aluguel. Se morar no apartamento no centro, o custo total da moradia (aluguel, condomínio, iptu, seguro, etc etc etc) será de R$1.000,00. Se morar na praia ele cai para R$750,00.

Porém … – sempre tem um porém – para morar na praia ele precisará enfrentar um trânsito que lhe comerá 3h do dia, enquanto no centro … lembra que falei que ficava a 5 minutos de “distância” ?

Morando na praia ele virá ao centro de ônibus, que será pago pela empresa. Morando no centro ele não tem direito ao vale.

Você deve estar se perguntando “o custo dos dois alugueis é adequado ao orçamento do Zé ?”, e eu respondo “sim“. Ele tem R$1.100,00 para isso. Mas, isso é tudo o que resta do salário. Nada foi direcionado aos seus investimentos, só o que sobrar será. (é … eu sei … nem pergunte onde ele gasta o restante do salário, está considerado como “intocável”)

E então: Praia ou Centro ? O que você faria ?

Deixe sua resposta nos comentários. 🙂

Resposta | Proponho um exercício ! #4

Bom, o que posso dizer ? Me impressionei com as respostas que vocês deram no “Proponho um exercício ! #4“, e acredito que tenha conseguido atingir o meu objetivo, que era fazer cada um pensar um pouco, se colocar na situação do Zé, e ver o que dava ou não para cortar/economizar.

Você já percebeu que dificilmente pensamos neste tipo de coisa ? (quer dizer … a maioria, eu pelo menos vivo tentando enxugar um pouco ali e acolá, hehehe) Só é pensado quando a coisa realmente aperta e a corda já está no pescoço. E como já sabemos, quando a cabeça está sob pressão, dificilmente consegue enxergar todas as possibilidades da maneira correta. (claro, existem pessoas que trabalham e pensam melhor quando pressionadas, mas são poucas …)

Como falei, me impressionei com o nível das respostas. A do “Eu” mesmo esculachou toda e qualquer reflexão que eu fizer aqui no post “resposta”. Muito obrigado a todos, li cada uma delas e confesso que fiquei intrigado com algumas das alternativas propostas. 😯

Ao ver uma lista de gastos do tipo da apresentada, dois itens me chamariam a atenção de imediato: restaurantes e academia. De todos os gastos apresentados estes são o supérfluo do “desnecessário”. E a minha surpresa foi ver que poucos enfatizaram isso.

O exemplo da academia, somente retirando-a do orçamento, as contas viriam para o 0x0. Não seria o ideal, mas com a corda no pescoço, para aliviar a cabeça, este é o primeiro dos itens que eu teria cortado. O segundo seria um “regime” nos restaurantes, limitando a no máxima uma ou duas vezes no mês, o custo seria cortado para R$100,00~R$250,00 por mês, o que já representa 5% de reserva para o casal.

Pouco, mas olhe ao seu redor, as famílias que conhece e tente imaginar quantas delas conseguem realizar tal “proeza”. Infelizmente uma minoria …

Para os que pensam “e como ficaria a sua saúde ?”, existem alternativas que não custam nada, como caminhadas e exercícios caseiros. Na web existem dezenas de vídeos mostrando exemplos. 🙂

Mas … o que mais me surpreendeu, de verdade, foi ver que a sugestão de retirar a filha da escola particular, e migrá-la para uma pública, recebeu mais “votos” do que os dois itens acima. Sério mesmo? 🙁

Na minha opinião este seria o último item da lista, a última alternativa … (a possibilidade de tirá-la viria somente depois de conversar com o colégio solicitando uma bolsa … Acredite, isso existe nos melhores colégios de sua cidade) Todos conhecem o estado em que a educação pública está … podemos contar nos dedos quantas são as escolas públicas que ficam em pé de igualdade com uma particular. Isso sem contar no quesito “segurança” … (sim, sei que em uma escola particular podem existir riscos ainda maiores, mas na média este é o cenário)

Continue lendo …