Clube do Pai Rico

Pergunte ao Pai Rico ||| 206

Pergunta:

Caro Zé,

Esses dias eu me peguei em uma sinuca de bico. Hoje em dia é normal nessas lojas de variedades e de grandes redes, não darem descontos no pagamento a vista, todavia topam parcelar em 12x sem juros (óbvio que é embutido, mas vai embutido no pagamento a vista também).

Então, eu estava com uma tese meio diferente e gostaria de saber se faz sentido, acompanhe o seguinte caso:

João foi comprar um computador no valor de R$1000,00, sendo o melhor preço praticado pelo mercado. Sem desconto à vista, todavia parcelável em 12x “sem juros”. Assim sendo, compensa mais:

A) Pagar a vista e juntar novamente o capital.

B) Parcelar em 12x sem juros

Eu optaria por parcelar em 12x sem juros, pois numa situação ideal onde João não paga anuidade do seu cartão, ele posterga ainda mais o valor assim deixando de arcar com o prejuízo da inflação. Isso vai em uma via de mão dupla, ele vai pagando “menos” de acordo com a inflação dos 12 meses, tal como ele preserva o capital mais caro que ele tinha, podendo assim investir e obtendo um retorno baixo, porém constante. Ou seja, teríamos o custo da inflação revertido ao vendedor e o João ainda poderia lucrar um pouquinho com o montante.

Faz sentido isso? Esse pensamento está correto?

Obrigado! 🙂
Sergio

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Qual a lição a ser tirada do caso Goldman Sachs

Antes de qualquer coisa … vou apenas comentar o que saiu na mídia, ok ? Não estou dizendo que o que ele falou é real ou não. Mas … que infelizmente acontece, acontece.

Você deve ter visto alguma notícia que falava sobre o caso de Greg Smith, que trabalhou durante 12 anos na corretora Goldman Sachs, que foi diretor-executivo da mesma, sobre como a empresa empurrava aos seus clientes produtos que precisavam ser desovados. Sejam ações de empresas que precisavam (por não prestarem) sair da carteira da corretora, ou negócios que pudessem trazer o maior nível de lucro possível para a corretora, ou então empurrar produtos de investimento que não tem “qualquer” liquidez e que sejam as mais bizarras possíveis. O que importava era tirar a bomba do colo da corretora, passando para quem quer que fosse; e garantir o maior lucro possível, não importando o resultado que isso fosse gerar ao cliente.

Pois bem … me diga: o que você me “ouve” falar a cada 5 minutos ? “Aprenda a operar por si próprio!”, “Tenha a consciência de que você precisa conhecer o que existe – por mais básica que seja sua noção – para saber se vale a pena ou não para o seu perfil”, ou ainda “Não dê ouvidos às dicas de sua corretora, você não sabe qual é a real intenção dela ao passar esse ‘conselho’ para você …”

BINGO !

Como já deve imaginar o mal estar criado por este rolo está sendo gigante lá nos EUA. Óbvio que a corretora nega tudo (e mais um pouco) do que Greg está dizendo … Mas o problema já está criado.

Você pensa que é exclusividade da Goldman Sachs ?

Ai é que você se engana meu amigo … Infelizmente atitudes deste tipo podem ser consideradas até mesmo como “comuns” no mercado financeiro Mundial. 😯

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Colunistas ||| Receita de ações

Esta semana um sobrinho de 08 anos, ao escutar minha conversa com o seu pai sobre ações, me fez a seguinte pergunta: “- Tio poderia me explicar como funciona esta tal de ação?”

Neste momento gelei, como irei explicar para uma criança de 08 anos, o que são ações de uma empresa. Então, lembrei-me de um exemplo, no qual o autor explica ações como se fosse a receita de um bolo. Sempre que falo em bolo referindo-me a economia ou finanças recordo-me do discurso, do então ministro da economia, Delfim Neto, que dizia, que primeiro o governo deve fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo entre os cidadãos. Já se vão mais de 30 anos deste discurso, e ainda não vi a divisão do bolo, mas este é assunto para outro texto mais profundo e reflexivo.

Voltando ao questionamento de meu sobrinho. Tentei explicar-lhe da seguinte forma:

– Imagine se todas as pessoas da família reunissem para fazer um bolo. Cada um dos tios comprasse um ingrediente do bolo, por exemplo, o tio Paulo compraria a farinha, o tio Victor o leite, o tio Vinícius o chocolate e assim todos os demais tios comprassem algo para o nosso bolo.

Imagine também, se cada uma das tias participasse com o mão-de-obra, ou seja, a tia Vera peneirasse a farinha, a tia Lu misturasse a massa, a tia Fátima fizesse a decoração do bolo. O Vovô e a Vovó ficariam responsáveis pelo forno, o gás e a energia elétrica necessária para ligar a batedeira e para assar o bolo.

Você está entendendo? Perguntei. Ele estava igual a uma coruja, com olhos arregalados e prestando a maior atenção, disse: “- sim tio, pode continuar”.

Bem, continuei eu, como você escutou na conversa que tive com o seu pai, existem ações Preferenciais Nominativas (PN) e ações Ordinárias Nominativas (ON). Para você entender, digamos que os tios são as ações Preferências, pois eles não interferem no modo como o bolo será feito, apenas fornecem a matéria prima ou o capital(dinheiro). As tias e os avós são os acionistas Ordinários, pois eles influenciam no modo como o bolo é feito, quanto tempo ficará no forno, a quantidade de ingredientes que utilizará no bolo, quantos ovos, a quantidade de leite e fermento, qual será o enfeite, etc.

A grande diferença entre os tios (PN) e as tias (ON) é que quando o bolo ficar pronto os tios (PN) serão os primeiros a receber seu pedaço do bolo, proporcional ao gasto que teve para comprar o ingrediente para o bolo. As tias (ON), por terem influenciado diretamente na feitura do bolo, e terem trabalhado com o capital (dinheiro) de terceiros (tios), terão direito a sua fatia de bolo, somente após ter remunerado, em forma de bolo, os tios, que arriscaram o seu dinheiro na realização do bolo, que poderia dar certo ou não, sem que os mesmos possam influenciar no modo de fazer o bolo.

De repente ele solta, aquelas pérolas, que somente uma criança é capaz de dizer:

– Tio, nós podemos ir a padaria e comprar umas ações, pois esta conversa de bolo deu a maior fome. Eu quero um pedaço de bolo bem grande, igual a do sócio majoritário.

Caímos todos na risada e fomos satisfazer a vontade de nosso futuro acionista se não da Bovespa ao menos da MIXPÃO.

Carlos Renato é Contador

Pergunte ao Pai Rico ||| 205

Pergunta:

Olá amigos.

Sem querer achei o site de vocês. Achei muito bom e assinei pra receber o news. Tenho uma dúvida… Tenho em torno de R$ 20 mil guardados em casa (e penso que continuarei economizando algo entre R$ 1 e R$ 2 mil mensais) e não sei no que investir. Queria um retorno rápido do investimento, não quero ficar com a grana presa por anos. Num futuro próximo, gostaria de abrir um negócio, ainda não decidi o que…

Obrigado pela atenção.

Abraços, Daniel

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Pergunte ao Pai Rico ||| 204

Pergunta:

Olá Zé!

Tenho 25 anos e sou leitor aqui do clube a algum tempo. E estou querendo comprar um carro no valor de 40 mil – 50 mil.

Gostaria de uma instrução de qual seria a melhor alternativa de investimento para comprá-lo. Li seu artigo no qual você diz que trocou seu carro e foi pago pelos rendimentos de sua aplicação. E isso é sensacional pois ao final você terá seu carro e o seu ativo que continuará lhe rendendo grana.

A taxa de financiamento de um carro zero é mais ou menos 1%, certo? Gostaria de alguma indicação de investimento que renda mais ou menos isso, pois a ideia é tirar o rendimento mensalmente para pagar as parcelas do financiamento do carro. Li sobre LCI, CRI, FII mas ainda estou em dúvida. Você recomendaria operação de taxa? Ou qual o “melhor” método ou setup que me renda um pouco mais que a renda fixa? Há tantas coisas a considerar, impostos, saque minimo mensal, investimento inicial, risco (não tenho muito medo de risco, desde que seja conhecido e controlado), etc… Enfim, pode me ajudar a conquistar esse objetivo?

Forte abraço! Continue com o excelente trabalho!

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