Clube do Pai Rico

Devo quitar minhas dívidas ou formar meu colchão de segurança ?

A bola foi levantada pelos amigos Rodrigo Alcimar nos comentários do excelente artigo de Silvia Soares: tendo alguma dívida, devo quitá-la ou formar meu colchão de segurança ?

Dê uma olhada nos comentários em questão:

Olá,

O texto está excelente, porém uma dúvida apareceu: Tempos atrás fiz um curso de finanças/investimentos onde uma das regras do palestrante era a de guardar os 10% do salário independente da minha situação atual, ou seja, mesmo que eu estivesse devendo cheque especial por exemplo, deveria guardar o dinheiro antes de pagar as contas, pois ele serviria mais tarde para me livrar das dívidas.

Só que sempre ficou a dúvida, se eu guardar na poupança (até se ter suficiente para outra aplicação) 10% de meu rendimento, mesmo que isto signifique ficar devendo cheque especial, no final das contas, o meu rendimento será muito menor do que os juros do cheque. Então, qual é o método mais recomendado?

Abraços e parabéns!
Rodrigo

Não concordo com a ideia de que não se poder guardar ou investir nada enquanto se está endividado, em uma fase ruim, guardei 10% de tudo que ganhava, mesmo deixando de pagar alguma conta no mês, e isso me salvou, quando tive um problema de saúde e precisei de grana, ao invés de me enrolar mais ainda com minhas dividas pude utilizar o dinheiro que estava guardado. Além do mais com dinheiro faltando você consegue diminuir gastos, porque só te resta isso.

As dividas devem ser negociadas, nunca enroladas. Acredito no pagamento das dividas o mais rápido possível, mas sem nunca esquecer de guardar pelo menos 10% para que em caso de emergência não ter que voltar com dividas que já foram pagas ficando num eterno endividamento.

Alcimar

E ai, concorda, discorda ? Ou dá corda ? 🙂

Será que ao destinar 10% para o colchão a pessoa está agindo da melhor maneira ? Está agindo de uma maneira financeiramente inteligente ou apenas criando um escudo “moral” contra problemas de grana futuros ?

Vamos às contas !

Uma pessoa ganha R$ 2.000,00 – portanto “deve” separar R$ 200,00 todos os meses. O dinheiro que é separado vai para um fundo de renda fixa que rende algo perto de 1% ao mês (sim, é um valor alto e raro, mas é um exemplo … ok ?) para formar o colchão de segurança dela. Mas de outro lado ela tem uma dívida de R$ 1.000,00 que cresce numa proporção de 10% ao mês. Vale a pena destinar os R$ 200,00 para o colchão deixando a dívida de lado ? Claro que não ! A dívida crescerá ~R$ 100/mês enquanto o colchão cresce apenas R$ 2,00. A dívida crescerá numa velocidade muito superior ao colchão …

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Existe algum investimento que tenha um retorno 100% garantido, de verdade ?

Pergunta:

Prezados,

Existe algum tipo de investimento baixo e com retorno \”garantido\”?
Ou existe algum tipo de curso ou treinamento que ensine os leigos a investir?

Grato,
Walter

Resposta:

Bom dia Walter,

Esta é uma regra básica do mundo dos investimentos: todo e qualquer investimento tem um determinado nível de risco (de perdas) atrelado a ele. É aquela história, aquele ditado que diz que o risco é proporcional ao retorno oferecido, lembra?

Mas … como toda boa regra, existe uma brecha nesta também. Sim, existe um investimento (e somente um único investimento) que é capaz de lhe proporcionar retorno garantido, em 100% dos casos, quando decidimos investir nele. Não, esse não é papo de vendedor, não é conto de fadas, não é nada disso. É apenas a mais pura verdade.

A melhor parte desta história, é que este único investimento 100% livre de risco é um investimento do tipo renda variável. Sim, nada de renda fixa … Ele é do tipo de investimento que lhe permite acessar um nível de retorno muito acima da média. E o melhor, mantendo risco zero.

Outra característica muito interessante dele, é que você tem a capacidade de nunca ficar de fora da “mesa“. É um investimento que lhe permite investir cada vez mais alto, nunca ficando sem “fichas” para continuar “apostando” em uma nova oportunidade. Basta que você queira continuar investindo e tudo está pronto para que você continue lá.

Você duvida ? Não acredita que possa existir tal coisa ? Acha que para ter acesso a ele precisará investir verdadeiras fortunas, pois ele – provavelmente – só está disponível aos investidores com maior poder financeiro, que somente investidores qualificados é que têm permissão para destinar seus recursos para ele ?

Está muito enganado … Este investimento está disponível para todos, independente da situação financeira do interessado. Você consegue imaginar algo que seja tão bom assim ?

Pois bem … este investimento é a EDUCAÇÃO ! Sim, a boa e velha educação. O verdadeiro motor que move todas as coisas, o conhecimento. Quanto mais você investe nele, maiores são as chances de você crescer. Quanto mais você investe, mais ganha. E nunca, nunca mesmo, perderá o que aprendeu. 🙂

Você tenta uma primeira vez. Pode até mesmo não ganhar nada com isso … Mas não perderá o que foi adquirido, ficará lá, guardadinho para um momento mais oportuno. Aquilo que aprendeu poderá ser usado a qualquer momento, basta a situação precisar. Não deu certo ? Volte à “mesa“, estude um pouco mais. Faça um “preço médio” com aquilo que já aprendeu, aumente sua aposta, suas chances aumentarão exponencialmente !

E o melhor de tudo é que as alternativas de investimento nesta modalidade são infinitas e disponíveis para todos os gostos, para todos os bolsos. Não tem muito para investir ? Sem problemas ! Provavelmente encontrará uma “mesa” que não lhe cobre absolutamente nada para entrar naquela “partida“. Tem um pouco mais de grana disponível ? Poderá participar de uma “mesa” um pouco maior, com “jogadores” mais experientes, com possibilidades de ganho ainda maiores.

Não deu certo de novo ? Sem problemas, você continua melhorando o seu “preço médio“. Sua carteira de conhecimento aumentará a cada nova investida. Não há perdas neste caso.

Sério ! Invista, sem medo, em sua educação. Seja ela financeira ou profissional. O retorno é 100% garantido. Pode até não acontecer de forma instantânea … Mas o que você conseguiu acumular será usado a seu favor, em benefício próprio, quando menos você esperar.

Este é um daqueles casos onde o fator sorte fala alto, muito alto. Sabe ?

 

Sorte é estar preparado para a oportunidade quando ela aparece.

Disrael

Espero ter lhe ajudado. 😉

Abraços !

A Independência Financeira e o fator idade

Pesquisa rápida: você gostaria de obter sua Independência Financeira no dia de hoje ? Sim ou Não ? …

Acho que não preciso fazer uma pesquisa para ver que 100% dos leitores tenham este mesmo desejo. Concorda ? Não importa o nível escolar, classe social, tampouco a idade, TODOS gostariam de responder que sim, que gostariam de ser livres neste momento.

Lembrando que ser livre, de que ser alguém que atingiu a Independência Financeira, não impede que você permaneça fazendo exatamente a mesma coisa que faz hoje (seja estudar, trabalhar, surfar, etc). A IF é justamente isso: é atingir um patamar, um Fluxo de Caixa que lhe permita viver de seus rendimentos, não importando o quanto sua atividade “principal” lhe gere.

Lembrando que o conceito de Independência Financeira dá margem para muitas interpretações. Eu gosto da que diz que a pessoa é independente a partir do momento em que o seu Fluxo de Caixa gera o valor necessário para arcar com as despesas mensais daquela pessoa. Se costuma gastar R$2 mil, e seus ativos lhe geram R$2,5 mil … pronto, você é alguém independente financeiramente falando.

É o que Robert Kiyosaki chamava de sair da corrida dos ratos no primeiro livro da série, o Pai Rico Pai Pobre. Lembra ?

Um conceito simples e que permite a fácil compreensão do tema.

Mas hoje eu gostaria de abordar um ponto mais específico deste assunto. Algo que não me lembro de ter visto em nenhum outro lugar … Algo muito importante para ter sido deixado de lado por tanto tempo … Algo relacionado justamente com o fator tempo …

A importância da idade no processo de Independência Financeira

Você já parou para pensar nisso ? Consegue visualizar algum tipo de barreira, facilidade, ou problema, relacionado à idade da pessoa em relação ao processo de conquista da Independência Financeira ?

Em uma comparação simples, de duas pessoas, sejam elas homem ou mulher, mas com as seguintes características: 1) Jovem de 19 anos, solteira, morando com os pais; 2) Adulto de 34 anos, casada, sem filhos; qual leva algum tipo de vantagem em relação a outra ? A primeira, ou a segunda ?

Alguns apontarão uma vantagem para o segundo perfil, por serem 2 pessoas trabalhando juntas, formando um patrimônio com o “dobro da velocidade” que o primeiro … Outros dirão que é a primeira pessoa, por ser mais jovem, menos responsabilidades, mais flexibilidade em relação as escolhas que a vida nos impõe, por morar com os pais, por não ter praticamente nenhum gasto do tipo que só a vida adulta nos proporciona, que …

Bom, acho que você já sabe qual destes 2 perfis, na minha opinião, acaba levando vantagem em relação ao outro. Não é mesmo ? 😉

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Livros ||| Manual de Análise Técnica

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Você opera no “jeitão” ou segue as orientações do Clube e tem métodos e estratégias operacionais quando o assunto é investir em ações ? Qualquer que seja a sua forma de operar, o livro “Manual de Análise Técnica“, de Marcos Abe, é uma excelente opção de aprendizado. E no meu caso uma ótima opção de refinamento. 🙂

Enganam-se os que pensam que já sabem tudo sobre análise técnica. Sendo mais específico, enganam-se aqueles que acham que conhecem uma ferramenta operacional por completo. Você pode ter certeza, sempre existe um detalhe, ou uma nova interpretação para aquilo que você vem usando.

O “Manual de Análise Técnica” é sem dúvida alguma um dos mais completos sobre o assunto. Falando, entre outras coisas, sobre:

– Ferramentas Operacionais;
– Estratégias Operacionais;
– Conceitos básicos sobre a bolsa;
– Candlesticks

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O peso da inflação sobre os investimentos

Um post das antigas, direto da máquina do tempo … Só porque o dragão tem insistido em dar as caras por aí. 🙄

E das antigas, leia-se 2010 ! 😀

Muito é discutido sobre o tipo de investimento a ser feito, sobre sua rentabilidade, mas você já parou para pensar na rentabilidade real deste investimento ?

Existe uma “pequena” diferença entre a rentabilidade e a rentabilidade real, e claro, a real é menor … pois ela leva em consideração o peso da inflação no resultado. Afinal de contas não importa só que a quantidade de dinheiro cresça, é importante que o valor dele se mantenha na mesma proporção.

Por exemplo, um investimento atrelado ao DI está dando algo próximo de 9% ao ano e as metas de inflação apontam para algo próximo de 4% para 2010. Portanto o rendimento do fundo era de 9%, mas o real será de 5% – pois ele desconta a inflação no período. Entendeu ? Simples não ?

No longo prazo …

E como todo investimento, a diferença entre o real e o nominal traz um número bem diferente no longo prazo. Se apenas 1% já traz, imagina algo como 3% … 4% …

Lembra do exemplo de ontem, do investimento de $1 virando mais de $ 700 mil ? Pois então, isso é porque a inflação foi considerada. Se não fosse, o valor seria de $ 12 milhões … 😯

Viu o estrago que isso faz ? Você planejando que teria $ 12 milhões mas na verdade teria somente o equivalente a $ 700 mil – praticamente 5% do que havia sido imaginado. Pensou nas consequências deste planejamento errado ?

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