Clube do Pai Rico

R$ 45.000,00 é pouco dinheiro, quase nada …

Se tem uma coisa que eu aprendi desde cedo foi a ter respeito pelo dinheiro. Ele não aceita desaforos …

No post em que falei sobre minha busca sobre o quanto era gasto pela Petrobras com publicidademuiiito bem usado, ahã – fiz uma comparação de quanto uma pessoa com uma bela posição, 1.500.000 ações para ser mais exato, deixaria de ganhar por causa disso. “Somente” R$ 45.000,00.

Em dos comentários foi argumentado que o dono dessa carteira provavelmente nem se importaria com essa “perda”, pois R$ 45.000,00 não seriam nada, comparando-se com o valor total de seu portfólio. Será mesmo ?

Ok … R$ 45.000,00 dentro da carteira dessa pessoa seria o equivalente a algo próximo de 0,2% do total, realmente é “quase nada”, pois qualquer fundo de renda fixa mequetrefe daria um rendimento muito superior a isso, qualquer distribuição de dividendo ou de JCP seria MUITO maior que isso – a Petro costuma distribuir pacotes de R$ 0,20, “várias” vezes durante o ano, e os R$ 45.000,00 são equivalentes a apenas R$ 0,03 -, portanto nada de se preocupar.

Bom … acho que não é bem assim não … Não importa quanto a pessoa tenha, se ela tem um mínimo de noção das coisas, se ela tem algum respeito pelo dinheiro, se ela precisou suar – e trabalhou de forma lícita – para ganhar seu dinheiro, saberá que R$ 45.000,00 é MUITO dinheiro. Pense de forma rápida: o que é possível de se fazer com R$ 45.000,00 ?

Você pode comprar um carro … Você pode fazer uma bela viagem para o exterior “sem se preocupar” em economizar … Você pode contratar uma pessoa, que receba o salário mínimo, para trabalhar para você, por quase 7 anos … Você pode fazer uma bela festa … Você – provavelmente – pode contratar um show particular da Gretchen (deprimente esse vídeo hein ? :() … Resumindo, você pode fazer MUITA coisa com “apenas” R$ 45.000,00

Quer fazer um teste rápido ? Pense que você é o proprietário destas 1.500.000 ações, que está andando na rua, belo e formoso, e de repente uma pessoa anuncia um assalto. Você carrega dentro de sua carteira algum dinheiro, coisa pouca … apenas … R$ 1.000,00 (bem menos do que os R$ 45.000,00), você ficaria feliz em perder estes R$ 1.000,00 ? Ficaria feliz por te roubarem estes R$ 1.000,00 ? Pois bem … na minha concepção é bem parecido … Na minha opinião os R$ 45.000,00 também foram “roubados” do acionista.

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O que deu para seu filho ontem ?

E então, como foi seu feriado do Dia das Crianças de ontem ? Opa, é verdade, o feriado não é por isso … mas às vezes é o que parece, ao menos é isso que a mídia e o comércio tentam fazer parecer …

Como muitas outras datas – dia das mães, dos pais, dos namorados … – mais “simbólicas” do que comemorativas ou de caráter religioso, o dia das crianças virou algo puramente comercial, e ponto final.

Quer ver ? O que foi que você deu para seu filho ? Algum brinquedo que ele queria muito, não foi ? Ou então um tênis … ou uma roupa … ou um dia “especial” (no cinema, parque de diversões … ou algo assim), correto ? E se eu te disser que teria um presente muito, mas bota muito nisso, melhor ? Vamos à reflexão !

Que tal … Educação ?

Não, neste exato momento não estou me referindo à Educação Financeira, mas pensando bem o negócio está tão interligado que acabaria trazendo como consequência grandes vantagens nesse lado também.

Antes de falar pergunto: Como você tem educado seu filho ? Pense um pouco …

Tenho ficado cada vez mais assustado com o comportamento das pessoas, nas ruas, restaurantes, lojas, parques, aeroportos, trânsito, escolas … resumindo, em todo e qualquer lugar. Parece que de uma hora para a outra o povo resolveu entrar num casulo, ou num campo de força talvez, e determinou que a partir daquele instante só importa o que ele queira,   não importando o restante das pessoas. Esqueceram-se de um conceito bem importante … o da coletividade.

A impressão que dá é que muitos acham que os seus atos não trarão consequência alguma … 🙁

Começando do básico

O pior é que o negócio já mostra problemas em relação às coisas mais básicas …

– Não jogar lixo na rua;

– Não mentir;

– Dizer bom dia, boa tarde, boa noite;

– Falar por favor, com licença, obrigado;

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Colunistas ||| As Peneiras das Finanças

O pai da Filosofia grega, o grande Sócrates, que viveu nos anos de 469 a 399 A.C, homem de grande sabedoria e enorme simplicidade. Era um filosofo prático, pois o mesmo filosofava durante os seus passeios na Ágora e nas feiras populares da Grécia.

Em um desses passeios filosóficos, foi abordado por um mercador, que tinha algo a falar-lhe sobre um amigo em comum. Sócrates pediu um momento e questionou-o: – você passou a informação no crivo das 3 (três) peneiras? As três peneiras socráticas são a Verdade, a Bondade e a Utilidade. Continuou o sábio dizendo: – O que tens a dizer-me é verdade? Com certeza, deve ter passado a informação pela peneira da bondade, ou não? Pensaste bem, se é útil? Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, bom e nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti. O homem retirou-se em silêncio e envergonhado da presença do filósofo.

A história acima se passou há mais de dois mil anos, más é extremamente moderna e útil para os nossos dias, pois quando falamos de Educação financeira, podemos facilmente adapta-lá para o nosso cotidiano.

Consideremos o texto citado na seguinte cena do dia-a-dia. Uma família passeando pelo shopping, que podemos considerar o mercado moderno, o centro de consumo e de desequilíbrio financeiro, para muitas pessoas de nossa convivência diária.

Durante este passeio várias falsas necessidades são criadas. O Marketing e suas diversas ferramentas de vendas nos remetem as necessidades irreais, pois ao adquirirmos um bem, não necessariamente, tem que ser da etiqueta X ou Y. A etiqueta por si só, não agregam nada ao bem em si, mas com certeza acrescentaram alguns zeros ao valor do bem. Existem certas aquisições que fazemos em que o plano básico ou o simples já nos atenderiam perfeitamente, mas não, somos impelidos a adquirir um “Plus-Mega-Power”. Entretanto não sabemos utilizá-lo ou necessitamos somente do básico.

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Pergunte ao Pai Rico ||| 159

Pergunta:

Zé, como vc disse, obter pouco mais que 1% ao mês é o normal a longo prazo na Bolsa, e isso para alguém que já tem experiencia no mercado de ações. Para eu que trabalho e não tenho muito tempo para dedicar a operar e trabalhar na Bolsa, não seria mais viável investir em renda fixa obtendo rendimentos também de cerca de pouco mais de 1% ao mês?

Mais uma pegunta, o que você acha sobre investimento em imóveis aqui no Brasil? E quanto a abrir um negócio próprio. Veja bem, um negócio, que não exigirá minha presença o tempo todo.

Desde já, muito obrigado cara.

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E se a SELIC chegar a 5%, como ficam seus planos ?

Neste final de semana li uma matéria que pode não agradar a uma grande parcela dos investidores (e de quem já tem planos traçados para sua Independência Financeira). Ela apresentava a possibilidade de termos a SELIC próxima de 5% ao ano.

Se isso realmente acontecer, você estaria preparado para o impacto desse cenário em seu patrimônio ?

Antes de mais nada, a matéria:

Brasil pode ter juro de um dígito em 2012

BRASÍLIA – Resignado com o novo comportamento do Banco Central, o mercado refez cálculos e ampliou a percepção que o Brasil pode voltar a ter juro de um dígito em breve. Usando modelos de previsão semelhantes aos adotados pelo Comitê de Política Monetária (Copom), alguns economistas preveem Selic abaixo de 10% no início de 2012. E, se a crise externa piorar muito, a taxa poderia cair rapidamente para perto de 5%.

Mesmo sem terem sido convencidos pelas explicações para o corte do juro, analistas passaram os últimos dias refazendo contas para entender o que deve acontecer com a economia comandada por esse “novo BC”. Nesse cálculo, foi preciso aumentar a dose da influência da crise global, colocar uma porção da promessa do governo de rigor com os gastos, além de incluir uma inédita pitada de ousadia do BC. Feitas as contas, alguns resultados causam espanto.

Uma das estimativas mais surpreendentes é a do banco Credit Suisse, de que a Selic deve cair de 12% para 9% em dezembro – 1,5 ponto a cada uma das duas próximas reuniões, em outubro e novembro. O corte continuaria em janeiro de 2012, quando o juro recuaria para 8,5%.

“Assumindo que a avaliação do Copom sobre o cenário global seja confirmada, mantemos a leitura que a resposta de política monetária mais adequada seria a de implementar um corte de juros expressivo de forma acelerada”, diz o economista-chefe do Credit Suisse, Nilson Teixeira, em relatório. Estimativas como essas ainda são minoria no mercado, dominado por previsões que a Selic deve ficar entre 10% e 11% na virada do ano.

A hipótese de redução mais forte presume inflação mais próxima de 6,5% para favorecer o crescimento da economia. E avança no mesmo ritmo em que piora o quadro internacional. Na ata, o BC explica que cortou o juro para reagir ao efeito da turbulência externa, que já equivale a um quarto da crise de 2008. O raciocínio dos analistas é: se piora a tensão na Europa e nos EUA, será preciso uma resposta mais forte, um corte maior do juro.

Na LCA Consultores, o economista-chefe Braulio Borges estima que a possibilidade de o Brasil ter juro de um dígito no início de 2012 é de um terço, mas tende a crescer. “Se houver calote na Grécia ou se a resistência alemã em ajudar outros países ganhar força, a hipótese aumenta bastante.”

Estudioso dos modelos de previsão usados pelo BC, o professor de economia da USP Fabio Kanczuk admite que ficou impressionado com o resultado da projeção feita para o juro caso os problemas externos piorem. “Se o Brasil sofrer o mesmo baque, seria preciso derrubar o juro para cerca de 5% para impedir uma depressão profunda da economia. É impressionante”, diz ele.

Mercado

Um BC mais imprevisível e disposto a correr riscos ganhou forma depois da surpreendente decisão de reduzir a Selic em 0,5 ponto porcentual. O ambiente de incerteza no mercado global e as dificuldades fiscais nos países da zona do euro, a estagnação da economia dos EUA e a fase aguda da crise na Grécia fundamentaram a decisão da diretoria do BC, mas desnortearam economistas e analistas.

Essa dificuldade pode ser evidenciada no descompasso entre a grita do mercado contra a decisão do BC e as apostas no mercado futuro. Os juros com vencimento em 2021 estão com taxas em torno de 11,25% e 11,3%, nível bem inferior aos de antes da decisão do Copom, quando giravam em 12,4% e 12,6%. Para integrantes do governo, esse seria um sinal que o mercado teria “comprado” a aposta que o juro real cairá mais do que a inflação vai subir.

Bom … na minha opinião essa é uma projeção um tanto quanto exagerada … mas tudo bem. É o que a economia brasileira precisa para decolar ? É … mas é o que o dragão (aquele, o da inflação) também precisa …

Acho que projetar a SELIC para 5% ao ano, já no ano que vem, é tão ou mais fantasioso do que projetar o Ibovespa para 200.000 para o final de 2010. (e no começo do ano tinha quem defendesse isso …) É um número muito diferente do que qualquer um pode pensar e mais serve para chamar a atenção do que qualquer outra coisa. Lembrando, isso é o que eu acho … Tem muita gente que gosta de chamar a atenção com número assombrosos, lembra daquela pesquisa que apontava que 17% da população mundial já havia comido carne humana ?

Mas caso isso realmente aconteça (e espero que aconteça …), mesmo que for alguns anos mais à frente, já imaginou o custo disso ao seu plano de aposentadoria ? Lembre-se que hoje você faz as contas “imaginando” que o rendimento de sua aplicação de renda fixa vá te gerar algo próximo a 5% ao ano (limpos, de imposto de renda e da inflação). Mas e se esse número for o que a aplicação rende, tirando IR e inflação … sobra quase zero !

Você já pensou nisso ? Já havia imaginado um cenário onde um Plano B poderia se mostrar necessário ? Um plano onde a renda variável não fosse apenas uma possibilidade, uma opção. Um plano onde a renda variável fosse item obrigatório …

Entendeu porquê nos EUA é tão comum para a pessoa física investir em bolsa ? As taxas de juro real por lá são praticamente negativas (ao menos nos últimos meses têm se aproximado disso), ter o seu dinheiro em renda variável é a única alternativa para obter uma valorização do capital, afim de proteger sua aposentadoria.

Uma simulação rápida: antes você pensava em acumular R$ 500 por mês durante 20 anos, com rendimento real de 6% ao ano, numa renda fixa, onde seu dinheiro ficaria lá, tranquilo e rendendo. Você teria ao final do período o patrimônio de R$ 232 mil. Agora mudemos a taxa de juros para 1% ao ano. (que seria algo próximo do que um cenário com SELIC em 5% apontaria)

Incríveis R$ 132 mil. Isso, exatamente R$ 100 mil a menos, quase metade … Sendo que desse valor você aportou R$ 120 mil … É … o rendimento foi de apenas R$ 12 mil, enquanto no caso anterior foi de R$ 112 mil …

Pois bem, você precisa – ou não – rever seus planos ? 😯