Clube do Pai Rico

Livros ||| Profissão: Investidor

Sabe quando você pega um livro esperando uma coisa e ele acaba não atendendo às suas expectativas … ? Infelizmente este foi o caso do “Profissão: Investidor” para mim. Culpa do livro ? Duvido … “aposto” mais que a culpa foi mais “minha” do que dele.

A ideia de poder ler artigos e entrevistas de uma das mentes mais brilhantes das finanças que o mundo já conheceu me deixou completamente ávido por esta leitura. Mas me esqueci de um pequeno grande detalhe: A escola de Benjamin Graham é o “oposto” da minha. Portanto nada mais natural do que um livro carregado de passagens mais voltadas para o lado fundamentalista da coisa.

É muito interessante poder ver como a cabeça de Graham trabalhava enquanto os fatos iam ocorrendo, afinal o livro aborda quase que todo o século passado em artigos que foram publicados em material da área de investimentos, então ver comentários sobre quais consequências uma 2ª Guerra Mundial poderia trazer ao seu portfólio, ou então uma arrancada nos índices de inflação, é mais do que interessante.

Outra coisa muito legal, poder ver alguém defendendo, no início do século XX, a criação e regulamentação da profissão de investidor. Não do investidor pessoa física, do investidor … daquela pessoa que trabalha nas corretoras e bancos e que faz as indicações de investimento para os investidores. Afinal, queira ou não, as escolhas são completamente subjetivas, não importando se você use a análise fundamentalista ou a gráfica, use os astros ou a borra do café, duas pessoas poderão olhar o mesmo exato estudo e chegar em duas conclusões completamente diferentes. Como controlar isso ? Como organizar isso ?

Uma leitura perdida ?

Aprenda uma coisa antes que seja tarde demais … não existe leitura perdida, não existe aprendizado inútil. Tudo o que você ler, tudo o que você aprender, poderá ser usado em algum momento por você. Pode até não ser da forma com que foi apresentada pelo autor, mas o conceito, o conhecimento estará na sua cabeça – junto com todo o resto – e poderá ser trabalhado para chegar em um lugar nunca antes imaginado.

O mais interessante do livro, na minha opinião, foi tentar fazer uma analogia com os momentos que eram relatados nos EUA, com o Brasil atual. Pode ter sido muita viagem minha … mas os EUA do século XX me pareceram tão próximos do Brasil do século XXI … não sei porquê …

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Pergunte ao Pai Rico ||| 152

Pergunta:

Ola Ze, moro no Japão e pretendo retornar ao Brasil em janeiro.

Bom , vou resumir, tenho 22 anos , 5 anos morando no japão, fiz muitas besteiras, gastei muito dinheiro mas a 2 anos fui me interessar por finanças e investimentos.
Nesses 5 anos consegui poupar 100 mil reais, uma boa grana para alguém da minha idade ne? Quero voltar para o Brasil para estudar, trabalhar e conquistar minha tao sonhada independência, minhas duvidas são em relação ao imóvel, depois de ler alguns artigos e livros decidi que o melhor a fazer no meu caso e alugar um apto (sou de são paulo) e não comprar pelo menos por enquanto, não tenho casa no Brasil e minha família esta toda aqui no Japão, com esses 100 mil reais posso conseguir uma renda de 1% a.m e pagar um aluguel tranquilo ne? Pretendo diversificar os investimentos, atualmente estou com uma parte em um cdb e a outra em dólar.

Na sua opinião, com 100 mil reais , sem casa e sem uma faculdade ou um curso técnico (por enquanto) eu consigo viver no Brasil ? pretende morar na zona oeste de são paulo, fiz algumas contas e acho que consigo viver bem e construir um patrimônio.

Gostaria muito de receber a sua opinião pois o Clube do Pai Rico e como uma escola para mim! Obrigado e sucesso sempre!

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Pergunte ao Pai Rico ||| 150

Pergunta:

Oi.

Tenho um pequeno apartamento no valor de R$ 60.000, não moro nele .. ele é alugado e com o dinheiro eu pago o aluguel de onde moro atualmente. Estou pensando em vender o apartamento e aplicar o dinheiro.. no tesouro direto..e depois de alguns cursos on line e alguns livros na bolsa também.

A NTN-B Principal.. por exemplo .. tem um rendimento em doze messes de 32,08%.. segundo o pouco que conheço essa taxa é altíssima…minha dúvida é , vale a pena vender o apt.. bancar o meu aluguel até receber alguma porcentagem dos rendimentos..ou até mesmo segurar pagando .. até que o dinheiro se valorize ?

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Pergunte ao Pai Rico ||| 149

Pergunta:

Boa Tarde, de uns tempos pra cá comecei a me interessar nesses assuntos de bolsa de valores, foi então que comecei a ler Pai Rico e Pai Pobre, estou na metade do livro, gosto de ler e reler tudo que eu li, só que tenho uma duvida, o livro fala de ativos e passivos, pra ti poder crescer financeiramente sua coluna de ativos tem que no minimo sustentar sua coluna de passivo, eu sei que dinheiro faz dinheiro, mais como começar uma coluna de ativos quando, no meu caso, só se tem passivos, como a prestação do carro, cartão, aluguel, e o salario do fim do mês só da pra isso, não sobra nada, e se eu quiser pegar um pouco pra investir, é impossível, pois iria atrasar as contas. como começar a criar uma coluna de ativos não tendo noção por onde começar, não sobrando nada de dinheiro. todo mês é a mesma coisa, esperando receber para pagar as contas, e depois só esperar o mês seguinte para pagar de novo, e assim vai. o que fazer.

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Colunistas ||| Devedor, Gastador, Poupador ou Investidor?

Sempre houve um questionamento se as escolas devem ou não incluir no currículo escolar a disciplina Educação Financeira. Dever da instituição de ensino ou não, o fato é que as pesquisas apontam para um endividamento cada vez maior por parte dos brasileiros. Cada vez mais podemos presenciar os “estragos” que a falta de uma Educação Financeira faz na vida de muitas pessoas de diferentes classes sociais, o que nos remete a importantes questões: Devemos realmente esperar que o Governo decida se essa disciplina é realmente necessária? Enquanto isso, devemos deixar as nossas finanças nas mãos de instituições financeiras? Certamente não, mas para que isso não aconteça, ou não torne a acontecer, uma série de medidas se fazem necessárias.

Como qualquer outra disciplina, a Educação Financeira não é um conceito que se aprende da noite para o dia. Assim como o aprendizado de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e outras disciplinas, requer paciência e dedicação. Contudo, pode ser uma disciplina para se aprender sozinho, por etapas. No inicio parecerá difícil, mas com o tempo, ao se familiarizar com a linguagem financeira, perceberá o quanto é prazeroso ver seu pequeno patrimônio crescer gradativamente.

A Educação Financeira é um conjunto de orientações, métodos e conhecimentos sobre como utilizar os recursos financeiros de forma adequada para atender às necessidades e aos desejos. Assim como administramos tempo, casa, família, trabalho, a Educação Financeira pode ser entendida como uma boa administração das finanças pessoais para se atingir os objetivos.

Para isso, primeiramente é necessário saber em qual estágio você se encontra:

Devedor -> Gastador -> Poupador -> Investidor

Cada estágio tem suas particularidades e migrar para um estágio mais avançado requer sempre mais esforço e dedicação. Qualquer que seja o estágio, acredite ou não, todos querem as mesmas coisas: ganhar mais para saciar suas necessidades ou desejos, ou melhor, ganhar para gastar. É claro que as necessidades são diferentes e isso mostra a própria evolução em cada estágio, mas a forma como isso acontece e a maneira como lidam com as finanças pessoais será fator determinante.

Uma característica básica do estágio Devedor é que ele está sempre devendo alguém. Mal termina uma prestação e já está planejando a outra, em alguns casos o planejamento é tão “bem feito” que uma dívida começa no mês posterior ao término da outra, porque é a única forma que ele consegue obter algum bem. É muito comum frases como: “Eu não consigo guardar o dinheiro”, “Se eu não fizer uma prestação eu não consigo nada”, “Eu não iria comprar, mas estava em promoção”. Sempre há uma justificativa para que ele não admita o óbvio: não sei lidar com o meu dinheiro.

Se você se encontra no estágio do Devedor, significa que você está utilizando recursos de terceiros (cartão de crédito, cheque especial, empréstimos) em demasia, ou seja, você está entre os 60% dos brasileiros que se encontram endividados. A característica básica do devedor é que ele não consegue quitar suas dívidas em dia, muitas vezes, por ocorrer fatos alheios a dívida comprometida.

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