É, pode comemorar !! Nunca antes na história deste país, vimos uma taxa de juros tão baixa. (tudo bem que nós, meros mortais, nem cogitamos ver isso sendo ofertado a nós … 🙄 )
2% ao ano !! 😀
Você conseguia imaginar o Brasil como uma taxa dessas ? 2% ao ano … O país dos rentistas (leia: Todos contra os rentistas !!!), do 1% ao mês, onde ganhar dinheiro na segurança da renda fixa era o padrão.
Mas agora tudo mudou … Com 2% ao ano, o retorno mensal caiu para +- 0,14% !! E isso pra quem ficar com o investimento na carteira por no mínimo 2 anos, em algo que pague 100% do CDI, tipo um CDB !! (recebendo 1,70% ao ano …)
Tesouro SELIC ? 1,70% ao ano … isso para quem ficar 2 anos ou mais ! Se ficar menos de 6 meses ? 1,55% ao ano, ou 0,13% ao mês !! 😯
Poupança ? 70% da SELIC, lembra ? 1,40% ao ano !!
Sim, praticamente o mesmo ganho que o Tesouro Direto …
Mas, agora, quer se assustar de verdade ? Um fundo de renda fixa, que cobre 1% ao ano de taxa de administração vai te entregar 0,70% ao ano !! (para quem ficar 2 anos ou mais) Quem ficar só 6 meses, 0,55% ao ano !! SIM !! Bem menos que a poupança …
Neste momento, mais do que nunca, você precisa ficar ligado em algo MUITO importante: os custos operacionais dos investimentos de renda fixa. Taxa de administração, taxa de custódia … Quanto menor é o rendimento “base” do investimento, mais pesado ficam os custos operacionais … 🙁
Você PRECISA entender que em um cenário de taxas de juros mais baixas, é necessário aportar parte da carteira em investimentos em renda variável. É preciso colocar parte da grana na Bolsa ! Seja em ações, em ETFs, em FIIs … Você precisa colocar um pouco de pimenta nessa mistura, para que ela tenha a oportunidade de entregar um rendimento mais interessante.
Mas saiba que isso não é garantia alguma de que você ganhará mais dinheiro ! Isso é apenas dar a oportunidade para que a carteira tenha um desempenho melhor. E se você não der essa oportunidade, precisará de mais tempo para fazer com que a sua grana chegue nos objetivos de longo prazo que você determinou para ela. Muito mais tempo …
Sim … Você precisará incluir um pouco mais de dúvida, em relação à certeza de ganho, para que possa ter a chance de ganhar um pouco mais. E não, investir na Bolsa não é aquele monstro que pintam. Não, não é todo aquele risco que comentam. Não, não para quem estuda e tenta entender como as coisas funcionam. (e só por fazer isso, você já consegue fugir de grande parte das armadilhas do mercado)
2% ao ano ! Chegamos no “fundo do poço” ?
Prepare-se para sair do seu relacionamento monogâmico com a Renda Fixa. Conheça o Minha primeira vez na Bolsa ! Está na hora de você entrar em Ação !! 😉
Olá Zé, estou começando agora meus estudos em finanças e comecei a ser um leitor assíduo do clubedopairico. Gostaria de saber a sua opinião em uma dúvida que me surgiu enquanto lia em ordem este post Existe alguma ordem de leitura dos postsdo Clube para quem está começando ? e que não vi ninguém perguntando. A dúvida é sobre o colchão de segurança, quando tinha 15 anos minha tia vendeu um terreno por um preço muito inferior ao que valia, e eu agora entendo que foi por falta de educação financeira. Como muitos não tem essa educação e por já ter passado por esta situação que me surgiu a seguinte dúvida; seria valido usar o dinheiro do colchão para fim de investimento? Você compraria um terreno que você sabe que esta sendo vendido por um preço muito menor por causa de uma necessidade da pessoa? Se eu não usar esse dinheiro mesmo que seja reservado somente para \”emergências\” não estaria perdendo dinheiro ao deixar de ganhar? Ou mesmo assim devo guardar religiosamente esta reserva? O exemplo esta direcionado ao terreno por causa da minha tia, mas a dúvida é para qualquer investimento, você fala que o dinheiro não é para \”promoção\”, mas neste caso eu vejo como \”oportunidade\” e não \”promoção\”. Estou muito curioso para saber o que você pensa sobre o caso e aguardo ansioso uma resposta.
Resposta:
Bom dia Felipe,
Ótima pergunta !! 😀
Você tocou em alguns pontos muito importantes nela: colchão de segurança, perder dinheiro por não aproveitar uma oportunidade, necessidade de vender um bem por um preço abaixo do que é praticado pelo mercado. Coisas distintas e que podem ter um elo … a Educação Financeira. 😉
Se eu concordo em usar o dinheiro do colchão de segurança para aproveitar oportunidades imperdíveis ?
Não … não concordo.
Mas por que não concordo ? Por um simples motivo: o dinheiro que está no colchão está lá para ser usado em situações de emergência. Ele está lá “quietinho” aguardando um evento catastrófico que exija o seu uso. Ele está lá “parado” para lhe trazer a tranquilidade necessária para manter sua cabeça em paz durante a sua jornada diária. Ele está lá para lhe tirar aquela preocupação que assola tantas pessoas … “mas e se amanhã eu perder o meu emprego ?“.
Parece ruim … Parece desperdício de dinheiro … Pode se transformar até mesmo em desperdício de oportunidades … Mas ele está lá para lhe trazer a segurança necessária, que somente uma reserva financeira pode proporcionar.
Você pode até pensar que poderia usar o dinheiro dele para aproveitar a oportunidade, comprando algo por um preço muito abaixo do “certo”, e que obterá lucro ao revender. Mas … você sabe quanto tempo levará para revender o que comprado ?
Por exemplo … Você compra algo que custa R$200 mil por R$100 mil. Um ótimo negócio, não é mesmo ? Sabe que vale R$200 mil, portanto é garantia de lucro certo ! Basta comprar por R$100 mil e em seguida revender por R$200 mil. Fantástico !!
Mas … quanto tempo levará para conseguir vender por R$200 mil ? Se fosse algo realmente simples, a pessoa que lhe vendeu por R$100 mil teria conseguido obter um preço melhor na venda, e você não teria tido a oportunidade de comprar. Você poderá dizer que compraria por R$100 mil e aguardaria um comprador interessado em pagar o preço “certo” … Mas e se nesse meio tempo você tiver a necessidade de usar a grana do colchão ? 😯
Lembre que sua tia “vendeu” mais barato porque precisava de dinheiro rápido. Se você tiver a necessidade do dinheiro do colchão, que agora está imobilizado no terreno, precisaria vender o mesmo a qualquer custo. Se bobear, poderia precisar vende-lo por menos de R$100 mil … Já pensou nesta possibilidade ?
O que não existe neste caso é tempo. Já que o dinheiro lá investido é do colchão de segurança, você não se pode dar ao luxo de comprar o terreno e ficar esperando algum interessado que pague o preço “certo”.
Esta semana foi marcada por um fato muito importante: finalmente temos um livro decente que retrata de forma realista, detalhada e de fácil compreensão, o tema Alocação de Ativos. E o melhor de tudo, ele é em português ! 😀
A obra é fruto do trabalho do amigo Henrique Carvalho do site http://hcinvestimentos.com, que por sinal merece todos os elogios pela qualidade do material. Apresentação gráfica impecável, gráficos claros, exemplos diretos, diagramação perfeita ! Só de bater o olho no negócio eu já fiquei boquiaberto, ficou muito bem feito mesmo. Mas o melhor ainda estava reservado … a leitura ! 😉
Como disse no “Pergunte ao Pai Rico” de hoje de manhã, todos já são conhecedores de meu posicionamento sobre o tema diversificação, ou melhor … daquilo que dizem ser diversificação. Muitos insistem em dizer que diversificar é somente espalhar seu capital por um determinado número de ações, dando preferência às que sejam de setores de atuação “diferentes”, para evitar o risco de determinadas empresas e/ou áreas de atuação. O problema (como já dito no artigo citado) é que eles se esquecem de um pequeno detalhe … por mais ações que sua carteira tenha o risco do mercado de ações em si continuará fazendo parte dela. Mas você “diversificou” …
Tenho a mais absoluta certeza que após a leitura do e-book “Alocação de Ativos” o tema ganhará outros ares. Nele o conceito correto de diversificação de seu patrimônio é tratado da forma correta, distribuindo seu capital em ativos diferentes, de “espécies” diferentes, com riscos de mercado diferentes.
Risco da carteira
O tema é perfeitamente detalhado, mostrando através exemplos gráficos e práticos como seu patrimônio seria afetado pelo risco e qual o retorno obtido em determinados períodos do mercado. Mais, muito mais do que somente apresentar os perfis de investimento “Conservador, Moderado e Agressivo” e sugerir o que cada um deles deve fazer, como fazer a alocação de ativos de sua carteira …
Por que a carteira com 2 ativos se comporta de determinada maneira ? E com 3 ? E 4 ? E mais ? E se colocar um pouco de ouro … ? Ou de imóveis ? Sim, tudo isso é detalhado com cuidado e clareza.
Para que você tenha uma ideia, são “somente” 311 páginas de pura informação e conhecimento, que certamente foi adquirido pelo Henrique à duras custas, depois de muito estudar o assunto. (se não me engano foram mais de 10 livros, que tratam somente do tema Alocação de Ativos, todos em inglês … afinal até o lançamento deste livro o nosso mercado não contava com nenhum outro a altura dele)
Rebalanceamento de carteira
Você está lembrado que logo após a publicação de meu artigo falando sobre a diversificação de ações falei sobre o tema “Rebalanceamento de carteira” ? Sim, dei somente uma pincelada de leve sobre o assunto … Já o e-book Alocação de Ativos dá um show ! Traz detalhes de como proceder e o melhor, apresenta mais de uma forma de fazer esta readequação de seu patrimônio, de forma que você possa aproveitar as euforias e depressões dos mercados, permitindo que você venda caro e compre barato, e com isso traga um aumento (considerável) no rendimento de seu portfólio.
Prefere não mexer (não efetuar vendas) na carteira de ativos em si ? Sem problemas … afinal os aportes estão ai justamente para nos ajudar, e claro que são sugeridos e exemplificados no livro.
Resumindo …
Leitura mais do que recomendada, seja você iniciante ou profissional de mercado; quer tenha sobrevivido à crise de 2008, ou não; queira você já tendo um método de Alocação de Ativos eficiente ou não. Lembre-se: nada é tão bom que não possa ficar ainda melhor ! 😉
Compre, leia, aprenda, mude ! Seu bolso (e sua saúde) só tem a agradecer. 😀
Publiquei este post em julho de 2017, quando vimos a SELIC vir para baixo dos 10% ao ano. Naquela ocasião, viemos para 8,25%. Algo quase que “surreal” comparada à taxa atual.
Oi, você não viu ?
É … 73% de redução de lá pra cá !! Com isso, o “toque” do post abaixo, se torna mais atual do que nunca. Mais necessário do que nunca, por que não ?
Você ainda está focado apenas na renda fixa ? Zero na variável ? Por quê ?
Leia e reflita:
—–
É meu amigo … a mamata acabou.
Fica no passado (e torço para que nunca mais volte a ser realidade) a lembrança dos investimentos que rendiam 1% ao mês sem que oferecessem risco algum ao investidor. Fica no passado – nada glorioso – do país, taxas de juros que fariam os gringos terem orgasmos múltiplos. Fica no passado – tenebroso – taxas de juros que (ainda) impedem que o país cresça no ritmo necessário e de forma sustentável.
O nosso presente é uma taxa de juros de 1 dígito. Ainda considerada uma das mais altas do mundo … Tanto nominal, quanto real … Mas adentramos em um universo que nos oferece um oceano de oportunidades. 🙂
“Ah Zé, nós já vivenciamos um período onde a taxa estava com apenas 1 dígito …” Sim, vivenciamos e pretendo deixar esse passado somente na memória, no local onde os pesadelos estão trancafiados. Naquele momento a taxa de juros caiu, mas foi na base da caneta. 🙁
Ao menos em teoria, agora as coisas têm todas as chances de serem diferentes. Teoricamente o caminho que a queda nas taxas vem tomando é um com a estrada pavimentada, onde as obras de manutenção parecem estar sendo feitas (mesmo aos trancos e barrancos), e que marca um momento ímpar do Brasil: estamos nos aproximando do fundo do poço. A crise que estamos vivendo não encontra “concorrente” em nenhum outro momento de nossa história. Ou se faz isso … ou se faz isso.
A taxa de juros, a nossa famosa SELIC, veio para apenas 1 dígito. Hoje ela é de 8,25% ao ano, mas tudo aponta para que terminemos 2017 na faixa dos 7,5% … 7% ao ano. Será uma oportunidade e tanto ! 😀
E sim, se a lição de casa estiver sendo feita da maneira correta, ela pode ir ainda mais fundo nos próximos anos. Seria o sonho de 11 em cada 10 empresários brasileiros se tornando realidade. 😉
Mas … (sempre tem um mas)
A queda na taxa de juros traz de arrasto algo que não agrada a todos os investidores do país.
Lembra quando um investimento simples de renda fixa – CDB, fundo, LCI/LCA, Tesouro Direto – oferecia um retorno mensal de 1% ? Pois então … Como já disse, isso ficou no passado. O rendimento, hoje, está mais para 0,65% ao mês e promete ficar perto dos 0,5% no final do ano.
Não é um sonho ? Todos ficando felizes por obterem um resultado equivalente ao que a caderneta de poupança nos oferece hoje. Sim, hoje … Porque até mesmo ela oferecerá um rendimento ainda menor. 😯
Se por um lado a queda na taxa de juros ajuda na economia real, fazendo com que a máquina possa trabalhar, no lado finanças pessoais da coisa o buraco acaba ficando mais embaixo. Você consegue enxergar o impacto que a redução da rentabilidade de 1% ao mês, para 0,5%, terá no seu patrimônio futuro ?
Você consegue ver que se aplicando R$100 ao mês, com uma taxa de juros de 1% ao mês, durante 20 anos, você teria acumulado R$100 mil ? E que ao fazer a mesma operação, mas com rendimento mensal de 0,5% ao mês, você acumularia apenas R$46 mil ?
É … a diferença é brutal ! Já imaginou o impacto que isso teria em seu plano de aposentadoria pessoal, não é mesmo ? 🙁
É meu amigo … a mamata acabou.
Você PRECISARÁ mudar sua forma de investir
Sim, a única certeza que temos com esse tipo de mudança é essa: você precisará mudar sua forma de investir. Se até então você conviveu tranquilamente com a rentabilidade oferecida pelos investimentos de renda fixa, em níveis “fora da realidade”, é bom você entender que isso mudou, que o sonho acabou e que a realidade vem a galope.
Sim, a Ilha da Fantasia, que eram os investimentos em renda fixa no Brasil, está afundando e você PRECISARÁ se mexer para impedir que você afunde junto com eles. Você precisará mudar a forma com que enxerga as coisas. Precisará mudar a forma com que encara outros tipos de investimentos. Precisará mudar e ponto final.
E sim, essa mudança passará, necessariamente, pela sua estreia em Bolsa. Quer você queira, ou não, você PRECISARÁ incluir o investimento em Bolsa na relação de investimentos presentes em sua carteira. Por mais assustadora que possa parecer a ideia … E eu sei que esse é um dos motivos que te impede de se “aventurar” neste vasto oceano.
Lembra que fiz uma pesquisa para levantarmos as principais barreiras que te impedem de investir na Bolsa ? Olhe o resultado abaixo e se surpreenda, ou não, com uma importante constatação:
[poll id=”135″]
Não é o medo de perder, por conta do risco, ou a “falta de dinheiro” para começar a investir, tampouco a correria e a consequente falta de tempo que tanto nos assola … O que realmente impede a muitos que iniciem seus investimentos em Bolsa é a pura e simples falta do conhecimento necessário para investir.
Conhecimento ! 🙁
Mas, se é esse o seu problema …
Eu estou aqui para ajudá-lo. Lembra ? 😀
A partir desta constatação, de que é a falta de conhecimento que impede que a ampla maioria possa usufruir dos benefícios oferecidos pelo investimento em Bolsa, eu tomei uma decisão importante. Uma das mais importantes dos últimos tempos. 🙂
Pensei … Pensei … Pensei … E tomei a decisão: é chegada a hora de compartilhar tudo o que sei sobre o investimento em Bolsa e com isso ajudar quem quer fazer o seu primeiro investimento em ações !
Sim ! Estou me oferecendo para lhe ajudar a transpor essa barreira que te impede de fazer o seu primeiro investimento em ações. Estou disposto a lhe apresentar a porta que facilita a passagem do “mundo da fantasia” dos investimentos em renda fixa, para o “mundo real” dos investimentos em Bolsa. 😀
Este será um curso que lhe oferecerá todo o conhecimento necessário para que você possa realizar o seu primeiro investimento em Bolsa. Que lhe fará comprar sua primeira ação. Que lhe ajudará a obter um incremento no resultado de sua carteira de investimentos e com isso melhorar o desempenho dela.
Chega de ter medo por conta da falta de conhecimento ! Eu lhe mostrarei o que é a Bolsa, como ela funciona, para o que serve, como se ganha, como se perde, o que fazer, o que evitar, quem é quem “lá dentro”. Resumindo: um curso que te mostrará como investir em Bolsa de uma forma prática e com o mínimo de risco possível. Sempre pensando numa carteira para o futuro, para o longo prazo.
Você gostaria de fazer parte do grupo de pessoas que perderá o medo de investir em Bolsa por saber o que deve ser feito na hora de investir nela ? Se sim, peço que preencha o formulário abaixo para que eu possa entrar em contato com você, apresentando mais detalhes sobre o curso e sobre o conteúdo dele.
Eu vou lhe ajudar a compreender como funciona o mercado de ações para que você possa investir nele sem receios, conhecendo os riscos existentes, mas também as vantagens oferecidas por ele. 😉
Se você quer fazer o seu primeiro investimento em Bolsa, se deseja melhorar o rendimento atual da sua carteira de investimentos, preencha o formulário abaixo e aguarde meu contato. Será um prazer te ajudar a adentrar neste universo fantástico que é o da Bolsa. 😀
Um dos pontos fundamentais para quem deseja iniciar uma batalha contra as dívidas, é conhecer o comportamento do seu orçamento, as características de seus gastos. Somente após conhecê-los é que a pessoa estará habilitada para entrar na luta e sair dela como vencedor. É o primeiro passo de todos que desejam acabar com as dívidas. 🙂
Antes de mais nada deixe-me fazer uma pergunta: você sabe quanto gasta ? Sabe como gasta ? Sabe onde gasta ? Espero que sim … Afinal de contas você já conhece o bom e velho controle de Fluxo de Caixa e sua importância para sua saúde financeira. Não é mesmo ? 😉
Se ainda não conhece esta importante ferramenta, indico a leitura dos seguintes textos:
Saber sobre o comportamento de seus gastos, sobre a forma com que você gasta o seu dinheiro, é o ponto de partida de uma maratona em que não há perdedores. E não estou falando daquelas medalhas de consolação não … 😀
Conhecendo o padrão de seus gastos, você estará apto a determinar quais são os itens que poderão ser cortados, quais deverão ser reduzidos e aqueles que não podem ser alterados. É nesta hora que uma definição muito importante entra em ação: as diferenças entre os custos fixos e os variáveis.
Custos Fixos
Inicialmente são aqueles mais difíceis de serem alterados. Normalmente são os pagamentos feitos aos itens de manutenção de nossa vida diária, e justamente por causa disso acabam tendo papel fundamental em nosso orçamento. Fundamental e muitas vezes inalteráveis …
Alguns exemplos são:
– Aluguel, ou prestação do financiamento imobiliário;
– Plano de saúde;
– Mensalidade escolar;
– Taxa de condomínio (para quem mora em um)
São valores em que você não tem nenhum poder sobre eles. A não ser que você faça mudanças “radicais” em seu padrão de vida atual, eles permanecerão lá, consumindo seu orçamento. Não importa o quanto você queira economizar com eles, a não ser que você mude de imóvel, de escola, ou que abra mão do plano de saúde, eles estarão lá, sendo cobrados em sua conta todos os meses.
A parte boa é que este tipo de gasto também não costuma apresentar grandes variações de um mês para o outro, permitindo, desta forma, um melhor planejamento orçamentário. As mudanças ocorrem “apenas” em momentos chave, onde temos os reajustes (normalmente determinados em contrato) anuais.
Custos Variáveis
São os gastos em supérfluos (na maioria das vezes …). É, normalmente, nesta parte do seu orçamento que costuma-se atuar na hora em que a coisa aperta. São as coisas que nos trazem “prazer”, “alegria”, ou que atuam como se fossem “prêmios” pelo nosso desempenho.
Alguns exemplos são:
– Restaurantes;
– Viagens;
– Compras em geral
É a parte do orçamento que temos mais controle, mas que muitas vezes acaba se tornando o vilão da história. Justamente por surgir somente quando queremos, acabam trazendo graves problemas para os mais descontrolados ou os que enfrentam algum problema e que adotam a terapia do cartão de crédito como forma de tratamento.
Como dito, são os supérfluos, que usamos como premiação por nosso esforço diário. E justamente por ter este papel de “merecimento”, acabam atrapalhando milhões e milhões de pessoas na batalha contra as dívidas. Argumentam que não gostariam de cortar estes gastos, pois são suas únicas “extravagâncias”, e que se for para viver sem elas, do que adianta toda sua dedicação à carreira e ao trabalho ?
Sim … justamente a parte em que seria mais fácil de atuarmos na hora do corte, são também os itens que acabam trazendo os maiores problemas e que trazem a má fama ao cartão de crédito.
Acredito que você esteja sentindo falta de uma série de outros gastos, de outros itens de seu orçamento. Não é mesmo ? E espero que esteja mesmo. 🙂
Custos Mistos
Na grande maioria das vezes, eles são incluídos nas lista dos variáveis. E não o deixam de ser. O problema, é que muitos destes gastos têm características importantes e cumprem papel de itens básicos de subsistência. Justamente por isso acredito que eles deveriam ser considerados como itens mistos.
São gastos que não podem ser simplesmente eliminados de nossos orçamentos, mas que nos oferecem a possibilidade de mudanças em prol da economia. 😉
Alguns exemplos:
– Supermercado;
– Energia Elétrica;
– Telecomunicações; (TV, telefone, celular, internet …)
– Academia
É interessante destacarmos que alguns itens desta lista podem ser considerados como supérfluos facilmente. TV, celular, academia … Mas com o passar dos anos vêm assumindo grande importância na vida familiar, e que vão migrando cada vez mais para o lado dos fundamentais. Me diga: você consegue se imaginar, hoje, sem acesso à internet ? Sem a facilidade e a mobilidade proporcionada por um celular ? …
São itens que podem ser facilmente alterados, onde os custos podem ser racionalizados, mas que dificilmente podem ser simplesmente cortados. Você consegue encontrar uma boa economia no supermercado, apenas alterando as marcas dos produtos consumidos. Você consegue enxugar, facilmente, sua conta de energia elétrica, bastando fazer um melhor uso dos equipamentos elétricos. Mas você não pode simplesmente eliminar estes itens do seu orçamento …
Ok … Ok … Ok … Alguns deles até podem ser realmente cortados, a academia é provavelmente o melhor representante deles. Mas você entendeu o que eu falei. 😀
Onde atacar ?
Como dito, os custos fixos são itens mais difíceis de serem alterados. Demandarão grande mudança em seu dia a dia, exigindo uma mudança radical em sua vida. Eles deverão ser os “últimos da lista”, mas não descartados … Uma boa reflexão em relação à real necessidade de suas necessidades, de suas escolhas, faz parte do processo de luta contra as dívidas. E se você chegar à conclusão de que não condizem com a sua realidade … 😉
O ideal é que você crie suas trincheiras nos custos mistos e variáveis. Estes deverão ser os seus principais “inimigos” neste momento, nas primeiras batalhas. Os variáveis são os que oferecem maior chance de corte. Ficar alguns meses sem ir a um restaurante não fará mal algum para você e sua família. E garanto que isso poderá representar uma economia bem interessante em seu orçamento. Gastos com viagens e com as “comprinhas” também. Um intervalo lhe fará muito bem financeiramente falando.
Muita coisa também pode ser feita nos gastos mistos. Um pouco mais de atenção na forma com que você se comporta dentro de casa pode trazer um grande resultado. Luzes acessas sem necessidade, banhos muito longos (e muito quentes), telefonemas que duram uma eternidade (e que poderiam tirar proveito de outros meios) …
As frentes de batalha são muitas. Mas você precisa conhecer o seu inimigo é fundamental ! Entenda seus gastos, conheça-os !
Mantenha os amigos sempre perto de você e os inimigos mais perto ainda.