Clube do Pai Rico

Dia do Consumidor

Hoje, 15 de março é “comemorado” o dia internacional do consumidor. Você sabia disso ? (Para fazer você pensar … o que foi comemorado há exatamente uma semana ? 😉 Coincidência ? Ou proposital ? hehehe)

Brincadeiras à parte, comemorar o dia do consumidor tem ligação direta com sua Educação Financeira. Não consegue perceber como … ? Que tal sendo um consumidor consciente ? 🙂

Um consumidor consciente sempre conseguirá fazer com que seu orçamento caiba dentro de sua realidade, será aquele que conseguirá criar seu colchão de segurança, será aquele disposto a investir – e disponível, claro.

O grande problema da maior parte da população endividada é justamente em relação ao consumo. Querem ter o que não podem, o que aparece na tv, querem mostrar “que tem” – muitas vezes não se importando com o custo que isso trará em suas vidas.

O que é um consumidor consciente ?

Antes de mais nada ele será alguém que sempre se perguntará “Eu realmente preciso disso ?”, será um consumidor “vacinado”, que praticamente foge das compras por impulso, um consumidor que poucas vezes cairá na tentação da compra apenas “porque disseram para comprar”. Não será um pão duro, será um consumidor que fará suas pesquisas de preço antes de qualquer compra. Poxa, existem tantas ferramentas disponíveis atualmente … você não precisa mais gastar sua sola de sapato (e especialmente o seu precioso tempo) em busca dos melhores preços. Na internet existem n opções de comparação de preço.

Um consumidor consciente será aquele que consegue diferenciar suas obrigações como cliente de seus direitos. Já percebeu que muita gente se lembra apenas de dizer “Olha !! Eu tenho meus direitos sabia ?”, muito mais do que isso ele honra com suas obrigações. Será aquele que antes de contratar um serviço lerá o contrato para ver se está tudo realmente de acordo, se não está assinando algo que não poderá cumprir (como por exemplo os contratos de fidelização …). O direito do consumidor foi uma bela conquista, na verdade é uma bela conquista, afinal precisamos batalhar diariamente para que seja cumprido à risca, portanto nada mais natural do que respeitarmos os direitos do lojista, do empresário … um dia você estará no outro lado da negociação.

Mas e se todo mundo parar de comprar ?

Existem muitas diferenças entre ser um consumidor consciente e alguém que não compra nada. É incrível a quantidade de pessoas que usam esse argumento como justificativa de comprar sem culpa. Dizem que se todos parassem de comprar a economia ia pro beleléu. Que é por causa do consumo que o país cresceu … E pelo mesmo motivo muitas economias mundo a fora estão indo para o buraco.

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Colunistas ||| Iniciante na Educação Financeira

Uma coisa que me incomoda profundamente é quando algo óbvio se mostra para as pessoas e essas pessoas não conseguem enxergar e aceitar isso, falo isso pois há algumas semanas tenho conversado com amigos e colegas da faculdade sobre minha introdução à educação financeira. Sempre comento sobre o Clube do Pai Rico, os livros do Pai Rico, bolsa, poupança e etc, infelizmente parece que ninguém quer escutar e entender isso, quando toco no assunto com meu pai ele logo se tranca no quarto para ver qualquer jogo de futebol que esteja passando em qualquer país que seja e meus amigos começam a falar de mulher pra poder sair do foco ou argumentam que é impossível guardar dinheiro.

Tento mostrar às pessoas como é simples guardar dinheiro e que é tudo uma questão de disciplina e nada mais do que isso, meu salário serve quase que exclusivamente para pagar a faculdade e o restante para aplicações pequenas, mas logo se tornarão grandes. Tenho amigos que com minha idade ganham cerca de seis vezes mais e mesmo assim nunca têm dinheiro para tomar uma coca na cantina da faculdade, mas tem um carro zero que nunca sai da garagem!

O primeiro passo que tomei para a educação financeira foi quando encontrei o Clube em uma pesquisa no Google, isso foi no início de 2010 e após esse dia fui à minha agência bancária procurar saber mais de investimentos, a maior besteira que já fiz, pois logo o gerente tentou me empurrar previdência privada, capitalização e por fim sugeriu a poupança, por sorte eu estava blindado contra esses truques e meu primeiro investimento (por ser iniciante e ter cabeça de conservador) foi uma aplicação mensal em CDB DI, indicado pelo meu tio que tem uma empresa de contabilidade e é conservador, mas logo comecei a me interessar mais por investimentos e pesquisar muito, participar do fórum e me preparar para um dia investir em ações. Meu outro tio que também tem uma empresa de contabilidade tem um perfil arrojado e quando comentei com ele que estava investindo logo me perguntou sobre ações, disse para telefonar no seu escritório que falaríamos disso e foi isso que fiz, liguei durante alguns meses sempre tirando dúvidas (mas nem sempre o encontrando porque ele está sempre em reuniões) e me recomendou iniciar com empresas mais conservadoras como Petrobrás e Vale, indicou algumas corretoras também, mas optei pela corretora do meu banco que apesar de ter uma corretagem cara me permitia tirar dinheiro direto da conta e isso me fazia economizar com transferências.

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Colunistas ||| Criar bons hábitos financeiros leva tempo, mas a recompensa é grande

Se você quer tomar as rédeas de sua vida financeira, saiba que apesar de toda a informação disponível, criar bons hábitos financeiros leva tempo. Para aquele que está engatinhando na área de poupar e investir, os termos estranhos, a quantidade de taxas, os imprevistos e até a decisão entre investir neste ou naquele fundo pode ser o fator decisivo entre ganhar e perder dinheiro.

É importante ressaltar sempre que não há fórmula mágica no mundo financeiro. Se alguém souber como dobrar o capital investido em curtíssimo prazo, essa pessoa, com certeza, guardará a informação para si mesma e, mesmo assim, não será uma receita. A máxima “se você fizer as coisas do mesmo jeito, obterá sempre os mesmos resultados” não funciona no mundo das finanças. Se eu indicar passo a passo, os meus investimentos dos últimos 5 anos e você os seguir a risca, não terá os mesmos resultados, você poderá ganhar bem mais ou até muito menos.

Contudo, mesmo não havendo receitas ou fórmulas mágicas, alguns hábitos ajudam muito e, se você não tiver paciência para segui-los, com certeza não terá para entrar no mundo financeiro, pois os pilares do mundo das finanças são: controle, disciplina e conhecimento.

Se você realmente está disposto a mudar de vida, um importante passo é controlar os gastos. Por mais chato e simples que pareça, não conheço uma fórmula melhor e mais fácil do que anotar gasto a gasto, seja em uma planilha, dessas disponíveis em qualquer site de finanças, ou até uma mais simples feita por você mesmo. Anotar os seus gastos funciona como ir a um psicólogo. Uma das máximas da psicologia diz que se você ouvir a si mesmo em voz alta, você estimula e aprimora a capacidade de se abstrair da situação. Não se vendo na situação você conseguirá tomar decisões imparciais. Da mesma maneira, anotar os gastos fará você visualizá-los, analisá-los e pontuá-los. Isso levará a uma reflexão do que poderá ser reduzido e até excluído, mesmo que temporariamente. Não se iluda com a ideia de que você pode ter o que quiser a todo o momento, muitas vezes quando você escolher uma situação abrirá mão de outra. Anotando todas as dívidas, você saberá exatamente de quanto poderá dispor. Essa parte chama-se controle.

Conseguindo equilibrar os gastos e verificando que eles são menores do que o rendimento mensal haverá um bom fluxo de caixa, ou seja, as suas entradas (salários e/ou rendimentos) serão maiores do que a sua saída (despesas diversas). E se você conseguir que este cenário permaneça estará no caminho da disciplina. Excluir um gasto exagerado pode até parecer fácil, contudo, manter o orçamento equilibrado é o grande desafio, pois você terá que fazer o mais difícil: dizer não; “esse mês não dá”; “esse mês não posso”. Esse será o seu ônus e, ao mesmo tempo, o grande avanço para a disciplina. Não significa que você irá se privar de várias coisas, mas significa que você precisará programar várias delas. Acredite, depois de alguns “não” virão vários “sim”. Essa disciplina te proporcionará uma sobra que poderá ser investida em reserva de emergência que, como já foi mencionado no post anterior, não é um investimento, é apenas uma folga para pensar com calma frente aos imprevistos.

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Colunistas ||| A Lei de Murphy e as Finanças

Você deve estar se perguntando: qual a relação entre a Lei de Murphy e as finanças. Primeiramente, Edward Alvar Murphy Jr. (1918 – 1990) merece todo crédito e respeito pela sua lei visto que foi “sua primeira vítima”. Murphy, engenheiro aeroespacial norte-americano, em 1949 participou de um projeto no qual os oficiais conduziram os testes para determinar o quanto um ser humano poderia resistir à força da gravidade. Para isso, Murphy levou um conjunto de sensores capazes de medir a quantidade exata de força, tornando os dados mais confiáveis. Na hora dos testes ocorreu uma “pane” e o aparelho não funcionou. Ao inspecioná-lo, Murphy descobriu que seu assistente havia invertido a conexão de todos os sensores. Foi então que ele exclamou: “se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará”.

Da mesma forma, a Lei de Murphy atua continuamente em nossas finanças. “Se alguma dívida (inesperada) pode aparecer, ela aparecerá da pior forma possível e no pior momento”. Você, com certeza, já passou por uma situação semelhante a esta. Uma multa que apareceu quando a “grana” do mês já tinha acabado; o carro que chegou da revisão e, de uma hora para outra, parou de funcionar; um acidente de trânsito não grave o suficiente para acionar o seguro, e nem leve o suficiente para não precisar de um reparo; um problema na parte elétrica da casa que fez você chamar urgentemente um eletricista; uma enfermidade que você pensava ser passageira deixou um rombo no seu orçamento com a quantidade de remédios que teve de comprar; e tantas outras situações. Enfim, ninguém está livre desses “casos e acasos”, o que remete a importância do meu primeiro post e o tema deste artigo: Reserva de Emergência.

O tema é tão relevante e tão extenso que seria possível escrever um livro. Fazer uma reserva de emergência não só é sinal de inteligência como também de prudência. Como o próprio nome já diz a emergência não manda recados, é algo inesperado, imprevisto ao qual você não se preparou e não conseguiu evitar. Contudo, constituindo uma reserva de emergência, você poderá minimizar o impacto que este incidente, ou acidente, poderá causar.

Quando qualquer imprevisto acontece, a primeira atitude, de uma forma geral, é recorrer ao cheque especial. É fácil, prático e rápido, certo? Errado. Este dinheiro não é seu, e esta falta de planejamento financeiro terá um alto preço. Não há milagres no mundo financeiro, quanto mais fácil o crédito, mais caro será o débito, ou seja, quanto mais fácil e rápido este dinheiro estiver disponível a você, maior será a carga de juros que você pagará. As instituições financeiras torcem para que isso aconteça no pior momento e na pior hora possível. A urgência nos faz aceitar qualquer proposta, desde que o valor das parcelas, independente de suas quantidades, seja condizente com nosso orçamento. A reserva de emergência é o primeiro passo para quem quer tomar as rédeas de sua vida financeira.

Constituir uma reserva de emergência é bem mais fácil do que se parece. Independe da renda mensal, a reserva de emergência sempre deve existir, pois uma verdade é universal: “não importa qual será o acontecido, a emergência sempre será maior do que o valor que você tem na carteira”.

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Uma tentativa de divulgar a Educação Financeira ao grande público

Vocês provavelmente já devem ter visto o novo quadro do Fantástico, o “tintim por tintim” onde o professor Luis Carlos Ewald dá dicas relacionadas ao tema, focando especialmente no orçamento doméstico. Aparentemente vem dando resultado.

Após apenas 2 “episódios” a quantidade de pessoas que acessou o Clube – especialmente na segunda feira – em busca de informações sobre o livro “Sobrou Dinheiro!: Lições de Economia Doméstica” foi bem grande. E olha que nem estamos tão bem posicionados para os termos usados nas buscas … Isso mostrou que as pessoas ao menos deram “um passo inicial” na tentativa de aprender alguma coisa. O que achei muito bom !

Sobre as famílias

Juro, mas juro mesmo, que não consigo entender como uma família que ganha R$ 5.000,00 por mês consegue ter tantos problemas financeiros como os apresentados nos dois casos. Bom … na verdade entendo: Educação Financeira deficiente – para não dizer inexistente …

Quer ver ? Façamos uma pesquisa rápida entre os que estão lendo esse post:

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Tenho certeza que a grande maioria responderá que não. Eu gasto um pouco mais do que isso, e olha que a minha lista de contas é grande e quase fora do padrão … (o que contradiz, mais uma vez, o resultado da pesquisa para definir meu perfil como consumidor …)

As duas famílias apresentadas no quadro ao menos demonstram ser famílias mais simples … Como podem gastar tanto !?!? (sim … reparei no tamanho da TV na sala …)

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