Clube do Pai Rico

Pergunte ao Pai Rico ||| 145

Pergunta:

Zé,
Se você tivesse que fazer um financiamento de um apartamento , e também trocar seu carro e tivesse um certo dinheiro na poupança, vc usaria o dinheiro da poupança todo para abater o financiamento do AP, e então financiaria parte do carro, ou pegaria um pouco da poupança para não ter que financiar o carro, e financiaria um pouco mais no AP?

Abcs
Joao

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Pergunte ao Pai Rico ||| 144

Pergunta:

Comprei uma casa em um leilão do Banco do Brasil, no valor de R$253.000,00, entrada de R$12.500,00, saldo de R$240.500,00 parcelado em 15 anos com juros de 6% a.a. correção pelo IGP-M mensalmente o valor das 12 primeiras parcelas foi de R$ 1.943,00, quando teve o primeiro reajuste, o início do contrato foi em 04-04-1999, e a primeira parcela 04-05-99.

Atualmente o valor da prestação está em R$ 5.360,00 e saldo devedor cerca R$ 320.000,00. O contrato diz que se houver saldo devedor no final, poderei refinanciar em mais 90 meses para quitar e se ainda não quitar tenho 48 horas para fazer a quitação. Estou preocupado, pois já paguei quase R$ 500.000,00 e não vejo perspectiva de quitar o financiamento nos 15 anos, pois o saldo devedor sobe mensalmente. Gostaria de saber se o cálculo que estão fazendo é certo. Minha dúvida é que se o financiamento foi de R$240.000,00, como que a primeira prestação já foi de R$ 1.943,00 que se fosse este valor multiplicado pelo 180 meses, o valor é de R$349.740,00. Aguardo uma orientação.

Airam

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Colunistas ||| Como acompanhar os preços de imóveis ?

Uma das maiores dificuldades de investir no mercado imobiliário diz respeito à inexistência de informações confiáveis a respeito da evolução do mercado. As construtoras de Brasília, por exemplo, anunciam que os investimentos imobiliários deram, nos últimos anos, rentabilidade média de 25% ao ano. Mas como podemos verificar se esta informação é verídica?

Não há como. A Fundação Getúlio Vargas lançou, recentemente, um índice de acompanhamento do setor (o IGMI-C – Índice Geral do Mercado Imobiliário Comercial), mas falta ainda um índice confiável para acompanhar a evolução dos preços residenciais. Há alguns meses, a FIPE lançou, em conjunto com o site ZAP Imóveis, um índice baseado nos anúncios de venda de imóveis do site.

Evidentemente, a base de cálculo do índice FIPE – ZAP Imóveis é viciada desde o início, já que é baseada nos anúncios de um site cujos maiores clientes são aqueles que desejam vender imóveis e, por isso, têm interesse em alardear que os preços estão subindo ininterruptamente. Deixar a responsabilidade pela elaboração de um índice importante como esse nas mãos de quem tem interesses particulares em um determinado resultado é como deixar as raposas tomando conta do galinheiro. Se em algum momento os dados começarem a mostrar uma realidade não desejada, não há nada que garanta que os dados não serão manipulados.

Obviamente, eu não estou dizendo que os elaboradores do índice têm má-fé ou que os dados não são verídicos. Não se trata de uma acusação, mas de uma reflexão a respeito do melhor modo de elaborar um índice como este.

Mas há, também, outras dificuldades. Como os dados são elaborados a partir dos anúncios, é possível que haja outras distorções. Por exemplo, digamos que um imóvel esteja sendo anunciado por R$ 500.000,00, mas o dono não tope diminuir o valor por nada nesse mundo, e esteja recebendo apenas propostas inferiores a este valor. Para o índice, os imóveis com aquele perfil valem R$ 500.000,00, mas a verdade é que o mercado não aceita pagar por aquele valor. Por depender dos anúncios de venda (e não do valor efetivo de compra), o índice não reflete necessariamente a realidade. Se muitos anunciantes resolverem elevar artificialmente os preços, mas os imóveis não alcançarem o valor desejado por falta de oferta, e os vendedores se recusarem a baixar o preço, pode acontecer de o índice indicar uma elevação nos preços, mas os negócios não estarem se concretizando. Em outras palavras, um descolamento entre a realidade e os preços indicados no índice.

Mas existe um modo muito fácil de contornar essas dificuldades. Bastaria que alguma instituição de pesquisa coletasse os dados de negociação a partir dos próprios cartórios de registro de imóveis, que têm os registros de todas as transações imobiliárias lícitas, pelo preço real de aquisição (nos casos em que não há fraude, evidentemente). Essa, a meu ver, é a melhor fonte de informação para quem deseja formular um índice como esse.

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Lá na China é assim … imaginou no Brasil ?

Como todos sabem acredito que estamos enfrentando uma bolha imobiliária. Justificam que isso está acontecendo por causa do aumento da renda da população, ou por causa das “baixas” taxas de juros oferecidas nos planos de financiamento imobiliário …

Calma … eu disse “baixas” ? Tá … para o Minha Casa Minha Vida “até são aceitáveis”, mas e para o restante dos imóveis ? Taxas na casa dos 10%~12% não têm nada de baixas.

De uma olhada no que aconteceu lá na China, que também enfrenta uma bolha …

China eleva taxa de juros do crédito imobiliário

Xangai, 09 – A China elevou as taxas de juro para os empréstimos ao setor de habitação, concedidos pelo fundo público da habitação. A medida surge após o aumento do juro de referência da economia, anunciado ontem pelo banco central. Em nota divulgada hoje, o Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural disse que elevou as taxas hipotecárias para compradores de imóveis que tomam recursos do fundo público da habitação em 0,20 a 0,25 ponto porcentual.

O ministério informou que elevou a taxa para os empréstimos hipotecários tomados por até cinco anos do fundo público de habitação de 3,75% para 4% ao ano. A taxa para os empréstimos hipotecários tomados por mais de cinco anos subiu de 4,30% para 4,50% ao ano.

Além disso, a taxa para os empréstimos do fundo público de habitação utilizados para a construção de habitação de baixo custo será 10% superior à taxa cobrada nos empréstimos hipotecários por período superior a cinco anos. As informações são da Dow Jones.

Sentiram a “leve” diferença ? Tiveram que aumentar para 4,5% ao ano … quase um terço do que pagamos aqui …

Já imaginou onde estariam os preços dos imóveis se a Caixa – ou qualquer outra instituição financeira – oferecesse uma taxa de juros dessa ? E não me venha dizer que não faria muita diferença … porque faria.  Veja qual é o valor total de um imóvel financiado com 12% ao ano e outro do mesmo valor com 4,5% ao ano …