Prezado Pai Rico,
Conheci hoje o site e já estou entusiasmado. Tenho paixão pelo assunto “investimentos” e possuo algumas aplicações (poupança, imóveis, etc). Gostaria de iniciar minha relação com o site já abusando da sua paciência e buscando ajuda em uma nova empreitada. A partir do mês que vem vou começar aplicar por volta de R$ 3.000,00 mensais durante uns 20 meses, pensei em colocar na poupança, mas te pergunto: existe uma outra modalidade de aplicação que possa me dar um retorno superior, descontados IR e taxas de administração, com a segurança que a poupança propicia?
Agradeço pela atenção dispensada.
Espero que essa seja a primeira de muitas mensagens.
Um forte abraço.
Ganância … sempre ela. O ponto “máximo” da ambição – ou uma distorção da mesma -, tão necessária para que a sociedade possa crescer. Junto da curiosidade, que nos fez descer das árvores, sair das cavernas, fixar residência; a ambição transformou alguns animais um pouco diferentes dos outros, no que somos hoje: a raça dominante. Sem a ambição certamente estaríamos vivendo de forma muito semelhante aos nossos primos, os macacos.
Ganância, tão idolatrada por Gordon Gekko no clássico Wall Street … esse foi o combustível para a maior crise de todos os tempos. Não, ela não foi menor que a de 1929, saiba que a crise de 2008 ainda não terminou, e o resultado final ainda está longe de ser atingido …
Armas de Destruição em Massa
Buffett definiu os derivativos, dentre eles os de crédito, como sendo verdadeiras armas de destruição em massa. Acho que ele focou apenas no lado destruidor deles, afinal usado da forma correta servem como uma ótima ferramenta de proteção – e especialmente de gerenciamento de risco. Mas … a ganância falou mais alto.
Foi por “precisarem” atingir resultados mais significativos que as pessoas que começaram a usar os derivativos de crédito iniciaram a contagem regressiva para a explosão do artefato nuclear. Se os olhos não tivessem crescido tanto … a coisa teria sido bem diferente.
Em “O ouro dos tolos” (Campus/Elsevier, 2009) somos apresentados a todos os detalhes que cercaram a criação dessa bomba relógio. Quais os propósitos iniciais, quais suas finalidades, como ativaram a contagem do explosivo. Além disso também vemos a queda dos gigantes financeiros no decorrer da crise, quem comprou quem, quem salvou quem (ou ao menos tentou). Se você gostou do vídeo “A Crise do Crédito – Visualizada” tenho a mais absoluta certeza que gostará dessa leitura.
Sempre refletindo … Sempre fazendo analogias
Mas uma das coisas que mais me tocou com essa leitura foram as analogias que podem ser feitas, as comparações entre o estouro da bolha do crédito – especialmente nos EUA -, com o atual momento que a Europa enfrenta. Muitas semelhanças, às vezes deixadas de lado … (propositalmente ou não …)
Além disso, durante a leitura, refleti muito sobre a forma com que venho operando atualmente. Especialmente no lado alavancagem da coisa. Prometi rever meus conceitos assim que terminei a leitura. (coincidentemente as cotações não pararam de subir desde então, sendo que estou vendido, alavancado)
É o tipo de livro que além de te trazer muito conhecimento, te faz pensar. Muito.
Leitura obrigatória, que abre os nossos olhos para muitas coisas. Especialmente para fatos e momentos onde as coisas parecem ir bem demais …
Nota do Site:
O Ouro dos Tolos
Gillian Tett
Editora: Campus Elsevier
Ano: 2009
Edição: 1
Número de páginas: 304
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
Boa noite. Tenho 32 anos e quero começar a investir para meu futuro. Estou em dúvida entre a previdência privada e uma LCI da Caixa. Os fatos: quero aplicar por 20 anos; atualmente tenho R$ 100.000,00 para investimento inicial; sou EXTREMAMENTE disciplinado com minhas finanças, ou seja, consigo estipular um valor e depositar esse valor todo mês; penso em separar R$ 500,00 mensais para esse fim; não preciso de liquidez no dinheiro. Com esse perfil que passei acima, é mais recomendado uma previdência privada ou um investimento em LCI? Muito obrigado.
Estou numa grande duvida em o que seria melhor investir.
Hoje recebo R$2.200,00 a mais todo o mês de um serviço extra que faço fora da empresa. Isso não faz parte e não desejo que faça parte da minha lista de despesas e nem que seja depositado em renda fixa. Hoje não sei ainda no que investir, ou em ações ou em franquias (isso venho pensando nas ultimas semanas). Tenho grande interesse em aprender investir, e não só investir.
Alguns meses já acompanho o site e gosto muito das publicações “Pergunte ao Pai Rico” e assim gostaria de sua ajudar para um situações que estou passando.
Há 3 anos adquiri um apartamento na planta pelo valor de R$68 mil, hoje este foi avaliado em R$120 mil. Atualmente este imóvel está financiado pela Caixa, com um saldo de R$20 mil. Recebo mensalmente de aluguel o valor de R$500. Penso em vender este imóvel, retirando o valor de comissão da imobiliária e quitando o saldo financiado, terei aproximadamente R$95 mil. Realizando a aplicação deste valor, por exemplo em CDB teria um retorno de R$ 665, sendo maior que o valor de aluguel que recebo mensalmente.
Então, gostaria de saber sua opinião sobre essa operação, pois tenho dúvida sobre a questão da “Bolha Imobiliária”. Se este imóvel poderá valorizar mais ainda ou este é o momento da venda do mesmo.