Mas não era apenas uma marolinha ?
Mas não estava tudo em ordem, tudo sob controle, tudo às mil maravilhas ?
Se sim … por que temos estas duas notícias:
(leia as duas … por favor)
DILMA COBRA MANTEGA SOBRE CRISE NO TESOURO NACIONAL
Brasília, 06/12/2013 – A revolta do corpo técnico do Tesouro Nacional com a condução da política fiscal comandada pelo secretário Arno Augustin foi tratada na quinta-feira, 5, pela presidente da República, Dilma Rousseff, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reunião de quase duas horas no Palácio da Alvorada. As resistências na equipe do Tesouro desencadearam uma operação para abafar a repercussão negativa do vazamento da crise interna, e assim mostrar que Augustin mantêm o controle sobre os técnicos do Tesouro.
Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo junto a um auxiliar presidencial, Dilma abordou o tema e mostrou grande incômodo com o fato de ter sido informada sobre a revolta no Tesouro por meio da imprensa. A informação foi divulgada na noite de quarta-feira, 4, pelo Broadcast, o serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e depois na edição de ontem do jornal.
De acordo com fonte graduada do Palácio do Planalto, a presidente não gostou de descobrir uma crise numa área sensível e crucial do governo federal, e cobrou que deveria ter sido informada da reunião que ocorreu no dia 22 de novembro no Ministério da Fazenda. Na ocasião, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, ouviu críticas sobre a política fiscal e relatos de questionamentos de investidores que têm prejudicado a atuação do governo no mercado. Todos os subsecretários e todos os 19 coordenadores-gerais estavam presentes.
Na ocasião, os técnicos fizeram uma apresentação ao secretário sobre a condução da política econômica e da política fiscal, em especial, e apontaram dificuldades crescentes para a rolagem de títulos no mercado – por causa do mau humor de investidores, o Tesouro tem sido obrigado a pagar taxas de juros cada vez maiores nos títulos que oferece. Esse movimento encarece o perfil da dívida pública brasileira, e os técnicos temem que isso se retroalimente.
Motim
Internamente, o movimento de revolta dos técnicos do Tesouro tem sido chamado de “motim” por servidores de outras áreas. Uma fonte qualificada da área econômica afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que “o clima está pesado” nos corredores do Ministério da Fazenda. Dilma cobrou de Mantega explicações sobre o fato de subordinados de Augustin estarem incomodados com a gestão dele.
Da reunião em Brasília, Mantega partiu para São Paulo, onde defendeu a gestão de Augustin durante seminário a empresários. “Não há crise no Tesouro”, afirmou Mantega, para quem Augustin “cumpre as missões, principalmente na área de dívida pública”.
Na força-tarefa para abafar a crise, o próprio Augustin concedeu entrevista ao jornal para negar que a reunião para aparar as arestas na cúpula do Tesouro realizada no fim de novembro tenha gerado uma turbulência na instituição. “Não há nenhum descontrole no Tesouro”, disse. Ele citou o “excelente” desempenho dos títulos públicos ofertados ontem pelo Tesouro ao mercado. Mas o Tesouro acabou reduzindo drasticamente o volume de títulos ofertados, principalmente de longo prazo, para evitar maior volatilidade.
Além disso, a assessoria do Ministério da Fazenda enviou uma nota à imprensa na qual os coordenadores-gerais “refutam” a informação de que “haja clima de rebelião, confronto ou insubordinação no relacionamento entre os coordenadores, os subsecretários e secretário do Tesouro Nacional”. A nota não foi assinada. Mas o coordenador de planejamento estratégico, Otávio Ladeira, disse que o texto foi feito por todos os coordenadores, por decisão própria.
Mesmo diante das dificuldades para se cumprir a meta fiscal, Augustin reiterou que a forte entrada de receitas extraordinárias no caixa do governo em novembro vai assegurar a meta de poupar R$ 73 bilhões para o pagamento de juros da dívida pública, o superávit primário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
GOVERNO LIMITA LEILÃO DE TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA
Brasília, 06/12/2013 – Em meio à insatisfação do corpo técnico do Tesouro Nacional com a política fiscal, a oferta de um lote muito mais reduzido de títulos públicos prefixados no leilão de quinta-feira, 5, mostrou preocupação com o risco maior de volatilidade no mercado de renda fixa.
No centro da pressão contra o secretário do Tesouro, Arno Augustin, está o temor de que as dificuldades de rolagem de títulos aumentem. O Tesouro não quer referendar o crescente mau humor do mercado, que vem cobrando prêmios de risco maiores nos papéis brasileiros, por causa da desconfiança em relação à política fiscal.
No leilão de ontem, o Tesouro ofertou 1,9 milhão de papéis prefixados, e vendeu 1,75 milhão. No leilão anterior, na semana passada, a oferta foi de 4,5 milhões de títulos – mas apenas um terço e foi vendido. O Tesouro oficialmente negou ontem que haja dificuldades para a rolagem dos papéis.
Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a diminuição na oferta de títulos do governo, justamente no dia de divulgação da ata da última reunião do Copom do Banco Central, procura evitar que o mercado reaja à informação de que há uma rebelião interna no Tesouro. Em busca de dados positivos para suavizar o ambiente, o governo aposta nos dados fiscais de novembro – que foram impulsionados por uma arrecadação extraordinária, fruto do pagamento do bônus de assinatura do contrato de Libra e da adesão de grandes empresas aos programas de parcelamento de débitos, como o Refis.
Nessa estratégia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que as expectativas são positivas quanto ao ingresso de recursos nos cofres públicos e que “a receita com o Refis em novembro deve ser próxima a R$ 20 bilhões”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O negócio começa a feder … as contas começam a não fechar … o dever de casa começa a ficar atrasado (quase 10 anos sem fazer nada na verdade …).
O mercado não é tolo e tudo isso já vem sendo precifica há algum tempo …
Morar numa casa bem arrumada é tão legal, não é mesmo ? Demora um bom tempo até que a bagunça que fazemos comece a ser percebida pelos outros … 🙁