Clube do Pai Rico

Ao comprar uma ação viramos sócios da empresa. Mas até onde somos responsáveis por ela ?

Pergunta:

Boa tarde Zé.

Tenho vontade de começar a investir em ações, mas não tenho ainda o conhecimento necessário nem o capital. Como muitos outros busco informações aqui com você, e tenho uma duvida que com certeza deve ser de iniciante. A partir do momento que se compra ações de uma empresa, você se torna sócio da mesma, correto? E com a compra dessas ações você espera que essa empresa suba de valor na bolsa e também tenha lucros pra poder receber os dividendos, estou correto? Mas se essa empresa tiver prejuízo, os acionistas também tem que arcar com essa divida? É logico proporcionalmente ao seu número de ações.

Obrigado

Resposta:

Bom dia Leonardo,

Não sei se é uma dúvida tão de iniciante assim … Sabia ? 🙂

Sim, sua descrição está correta: compramos ações na esperança de que as empresas cresçam, obtenham lucro, distribuam entre os acionistas, e por consequência apresentem uma boa valorização no preço das ações.

Alguns compram com o intuito de ficar com as ações para sempre. Gostariam de viver apenas com os dividendos gerados por elas …

Outros compram na expectativa da valorização, preferindo vendê-las assim que o ganho de capital oferecido pela ação for condizente com o imaginado.

Isso é o que Robert Kiyosaki chama de ganho de capital vs fluxo de caixa. Nos livros ele costuma exemplificar com imóveis, mas no fundo é a mesma coisa. Algumas pessoas compram casas para revenda, assim que apresentam valorização. Outras compram para viver com o aluguel gerado pelo imóvel.

Os dois estão certos, pois em ambas as situações o ganho pode ser obtido. São estratégias diferentes, com expectativas e horizontes diferentes. 😉

Como você bem disse, a empresa precisa lucrar para que haja a distribuição de dividendos. Sem lucros … de onde sairá o dinheiro a ser dividido entre os sócios ? Estamos vivenciando um exemplo muito claro dessa situação com a Petrobras. Até pouco tempo, apresenta lucros pomposos … mas por causa da bela administração do governo petista (que priorizou o petrolão, alavancando exageradamente a empresa, para inflar ainda mais os contratos dela) a coisa desandou.

Passou a ter prejuízos seguidos, e com isso houve a interrupção da distribuição de dividendos. Sem lucro, sem dividendo. Simples assim …

Claro … nada impede que o setor contábil das empresas adotem artifícios “criativos” para “gerar” lucro, proporcionando desta forma dividendos que não deveriam existir. E sim, isso aconteceu/acontece …

Sobre a tua preocupação em específico, tenho uma boa notícia. Ao comprar uma ação de uma empresa, através da Bolsa de Valores, você se torna “sócio” da empresa, porém um “sócio especial”. Esta sociedade nos blinda através da chamada responsabilidade limitada, que nada mais é do que proteger o investidor contra eventuais problemas na empresa. O limite de responsabilidade do acionista é o valor de suas ações. Nada de colocar em risco o patrimônio pessoal. 😀

De novo: graças à responsabilidade limitada, um investidor põe em risco apenas o valor apresentado por suas ações. Não há risco algum para o patrimônio dele. Você nunca arriscará mais do que a perda integral do valor da ação.

Por exemplo: a ação custa R$10. Você tem 1.000 ações, consequentemente o seu patrimônio total investido nesta ação é de R$10 mil. Sua perda máxima, haja o que houver, será de R$10 mil e ponto final.

A empresa dá lucro ? Você recebe dividendos. A empresa tem prejuízo, você não recebe nada e provavelmente verá a cotação da ação minguar … minguar … minguar … até virar .

Veja que o prejuízo da empresa não será “debitado” do valor da ação. Ao menos não diretamente … Pode até ser que o mercado a puna através das cotações. Mas simplesmente chegar lá e descontar do valor da ação (da mesma forma que o faz quando há um dividendo), não ocorre …

É um lado do mercado acionário que existe para trazer um pouco de tranquilidade ao investidor, que já sabe de antemão o risco máximo de perdas que tem em seu portfólio. Qual ? Isso: o valor investido na ação. 😉

Se quiser saber mais sobre o investimento em Bolsa, convido a dar uma olhada no meu curso, o Minha 1x na Bolsa !!

Espero ter lhe ajudado ! 😀

Abraços !

“Fiz minha primeira venda coberta de CALL !”

Pergunta:

Boa noite!

Primeiramente, parabéns pelos artigos publicados. Tenho algumas dúvidas com relação a opções, no tocante a Venda Coberta. Iniciei com uma venda coberta para o exercício de abril/2020 com a seguinte configuração:

– Tenho 1.000 ações de PETR4 e realizei a venda coberta de 1.000 opções no prêmio de 1,43 (PETRD281) para exercício em 20/04/2020 com strike superior ao valor da ação no momento da transação;
– O valor do prêmio (1.000 x 1,43) foi creditado em minha conta no dia seguinte.

Dúvidas:

1. No homebroker aparece o código do ativo da opção com o valor NEGATIVO. Por que aparece esse valor negativo? Tal valor será descontado da minha conta quando for exercido ou quando chegar a data final do exercício?

2. No caso de ser exercido, o valor referente a diferença do strike e valor atual será creditado em minha conta no dia seguinte ou apenas no final do exercício?

Agradeço desde já a atenção e parabéns pelos artigos.

Abraço.

Claudinei

Resposta:

Opa ! Tudo certo Claudinei ? 🙂

Seja bem-vindo ao mundo das Opções !! 😉

Vamos às tuas dúvidas ?

#1 – Fique tranquilo ! É exatamente assim.

O lançamento de uma Opção é sempre apresentado com um sinal negativo. Motivo: você está vendido em algo que não possui. Então, para que você possa encerrar a operação, é preciso recomprar a posição que foi lançada, e com isso ficar “zerado.

Pense numa operação de compra, não aparece sempre como um número positivo ? O que é preciso fazer para encerrar aquela operação ? Vender … 😉

O saldo (financeiro) negativo, é para mostrar quanto precisará sair da sua conta para que a operação seja encerrada. Digamos que mostra -R$830. Esse é o valor que você precisará desembolsar para encerrar a posição vendida. Como havias vendido, e recebido R$1.430  por ela, ao encerrar por R$830, ainda te restará R$600 de lucro. Correto ?

Agora pense numa operação de compra, onde aparece o saldo (financeiro) positivo na operação. Aparece positivo, pois aquele é o valor que você receberá se vender naquele momento. Digamos que você comprou por R$500 e na carteira a posição aparece como R$900. Se você vender naquele momento, receberá R$900, e como havia gastado R$500, ficará com um lucro de R$400.

🙂

O negativo da posição que foi lançada é justamente porque aquela é uma posição “negativa”, vendida, em sua carteira. 😉

No dia do exercício, se você não tiver encerrado a posição no meio do caminho, você poderá ser exercido ou não. Mas aquele valor, os R$1.430 no seu caso, são seus.

 

#2 – Se exercido, suas ações serão vendidas pelo valor do strike da Opção que você lançou. No caso, R$27,20.

Sim, você receberá R$27,20 por Opção exercida. Não importa se a PETR4 estiver R$27,50 ou R$57,20 no momento do exercício … 🙂

A liquidação financeira da operação, ou seja, a entrega da ação e o recebimento do dinheiro referente à venda dela, ocorrerá em D+2. Por exemplo, se você for exercido no pregão do vencimento (dia 20 de abril), uma segunda-feira, a grana cairá na tua conta na quinta, dia 23. (pois terça, dia 21, é feriado)

Espero ter lhe ajudado ! 🙂

Aos que se interessaram pelo tema, convido para conhecer o Double PUT Double CALL, o meu curso de Opções. Onde, além de apresentar a teoria delas, compartilho a minha estratégia de investimento em Bolsa. 😉

Abraços !

Comprar uma CALL e vender uma PUT é a mesma coisa ?

Pergunta:

Bom dia, Zé.

Meu pensamento está correto?
Comprar uma CALL é a mesma ideia de lançar uma PUT? Claro, que com algumas diferenças do tipo na compra eu pago e na venda eu recebo, e ainda tem a questão dos riscos. Mas a ideia seria a mesma, caso eu não quisesse levar até o exercício? Nos dois casos eu ganharia se o mercado subir.

Resposta:

Opa ! Tudo certo Diogo ? 🙂

“É …”

A raiz, a ideia central das duas operações é a mesma: ganhar com a alta do ativo subjacente. (da ação “mãe”, como costumo me referir)

A raiz … mas tem algumas outras diferenças. Algumas tu já listou, mas ainda existem outras que fazem uma grande diferença. 😉

#1 – Ao comprar uma CALL, precisamos desembolsar um determinado valor. Ao vender (lançar a Opção) uma PUT, recebemos por isso.

#2 – Uma compra de CALL apresenta risco limitado ao valor usado na compra delas. Você não pode perder mais do que isso. Uma venda de PUT apresenta risco limitado (sim, limitado) ao valor do strike daquela Opção. Lembra ? Uma ação não pode valer menos do que R$0 ! 🙂

Mas Zé, e o que vimos acontecer com o petróleo em março de 2020, quando ele bateu no -$40 !?

Petróleo não é ação … é commodity. 😉

Uma ação não passa do zero.

#3 – Além disso, uma compra de CALL possui potencial de ganho ilimitado. “Ao infinito, e além !(e é justamente isso que enfeitiça a galera que gosta de trabalhar na compra de Opções …) Já a venda de PUT apresenta potencial de ganho limitado ao valor da Opção que foi vendida. Se você recebeu 23¢ pela venda, o máximo que você poderá ganhar são os próprios 23¢ …

#4 – Na compra da CALL, você desembolsa o valor da compra e acabou. Enquanto isso, na venda da PUT você está sujeito à chamada de margem. E ela variará durante o período em que você mantiver a operação viva.

#5 – E, pra mim, uma das mais importantes:

Para ganhar com a compra de CALL, você precisa que a ação mãe se valorize para lucrar com a operação. E ainda precisa que isso ocorra com uma determinada velocidade e intensidade … Sim, mesmo se subir, dependendo das condições, poderá perder dinheiro. 🙄

Para ganhar com a venda de PUT, você poderá lucrar se a ação mãe subir, ficar “parada” e até mesmo se ela apresentar alguma queda ! 😀

Esse é um dos principais motivos para eu ter escolhido trabalhar apenas com a venda de Opções. 🙂

As minhas chances de lucro são maiores ! 😉

Como disse, a base das duas operações é a mesma. Mas existem diferenças significativas entre as duas. Sabendo que existem, e conhecendo as formas de se tirar vantagem disso, você poderá atuar da forma que mais te agradar.

Espero ter te ajudado ! 🙂

O tema te interessa ? Você tem vontade de investir com Opções ? Te convido a conhecer o Double PUT Double CALL, o meu curso de Opções ! Será um prazer lhe ajudar neste processo de aprendizado !! 😀

Abraços !

Vale a pena pegar uma faca caindo ?

Pergunta:

Olá Zé, tudo bem?
Primeiramente parabéns pelo seu site. Sou iniciante nos investimentos e estou estudando e iniciando na bolsa de valores. Gostaria de sugerir um tema para seus posts. Acredito que seria muito interessante e que iria ajudar muita gente, se você desse dicas \”básicas\” de como operar em meio a essa situação que estamos enfrentando em nosso país.

Por exemplo:

Vi uma oportunidade de comprar a PETR4 a um valor baixo (exemplo 7,60) e assim que ela subir a um valor X (exemplo 8,00) vender. Essa é uma estratégia válida? pode ate ser mais se pegar a faca caindo? ou seja, se eu comprar de 7,60 e ela cair mais, e mais e mais? quando vender? como definir um stop? ou como enxergar uma tendência de alta?

Acho que são dúvidas que muitos iniciantes têm e que a visão de um cara experiente seria muito bom.

Bom, isso é só uma sugestão de Post. Mais uma vez, parabéns!!

Resposta:

Bom dia Rodrigo,

Você praticamente está querendo um curso de como operar, em poucas linhas e de forma prática ? hehehe 😉

O que eu poderia indicar que se enquadrasse neste perfil ? Já conhece a série “Como o Zé ganha na Bolsa ?“, ela apresenta as coisas que olho para tomar a minha decisão sobre um trade, se devo ou não realizá-lo. São ferramentas simples, trabalhando em conjunto e que te dão um pouco mais de segurança na hora de entrar em uma operação. (ou de ficar de fora dela)

Indico que leia os 15 textos da série (e o extra também !), pois são escritos da forma mais simples que consegui, para facilitar ao máximo a compreensão dos indicadores e ferramentas que uso. 😀

Mas gostaria de focar num ponto levantado por você em sua pergunta: mas e se pegar a faca caindo ?

Este é o maior risco de quem opera se baseando apenas no fator “a cotação vem caindo, acho que já caiu demais …”. A ideia de pegar a faca caindo nos lembra do risco de entrar numa operação do tipo “está caindo, deixa que eu pego” e com isso perder alguns dedos da mão … Que seria +- como se você entrar na operação, arriscando a compra, mas correndo o risco de perder uma parte do patrimônio, na forma de STOP.

Sim, muitos já entram nesse tipo de operação pensando no STOP. “Se der errado, é só acionar o STOP e pronto !”. É o pensamento certo de todo e qualquer operador. Porém ao pegar a faca caindo, você tem chances mais elevadas de precisar do STOP. Então me diga, por qual motivo você acharia válido entrar em uma operação, sabendo que as chances de precisar do STOP são grandes ? Não seria muito mais interessante adotar uma série de indicadores e sinais gráficos que pudessem limitar a necessidade dele ?

Você limita as perdas ao usar o STOP, e se mantém no “jogo”. Não seria a mesma coisa de quem pega a faca e perder um ou dois dedos ? A mão contínua lá … Vale a pena pensar desta forma ?

Estou longe de dizer para que você não entre em uma operação já pensando em acionar o STOP, o que estou dizendo é que você precisa encontrar algo que te ajude a diminuir as chances de precisar dele. E este é o papel da análise dos gráficos. Eles te ajudam a encontrar padrões que apresentam uma chance maior de que a operação dê certo. Muito melhor, não ? 😉

Sim, o risco de precisarmos do STOP ainda existe, porém ele será acionado em um menor número de vezes do que o seria esperado na simples tentativa e erro do “já caiu demais”. Além disso, muitas vezes, a análise do gráfico te proporciona um melhor posicionamento para o seu STOP. Seja em relação ao tamanho dele, seja em relação ao “falso rompimento” (o famoso violino), que causa a sua perda, para em seguida retomar o movimento em que você acreditava.

Acredite: não vale a pena pegar a faca caindo ! Espere ao menos ela repicar antes de tentar uma aproximação !! 😉

Sobre como trabalhar com o STOP, indico – fortemente ! – a leitura do excelente:
Aprenda a Operar Vendido e Vencer na Bolsa em Queda“, de Alexander Elder.

Espero ter lhe ajudado ! 🙂

Abraços !

Contratar um corretor para me auxiliar, ou para dizer o que fazer ?

Pergunta:

Boa Tarde,

Gostaria de indicação de corretores(as) bons que eu possa contratar para iniciar meus investimentos.

Moro em Belo Horizonte e depois de ler o livro pai rico e pai pobre e ler seus artigos, estou vem interessada em iniciar meus investimentos em ações e/ou tesouro direto, porém ainda tenho bastante dificuldade em entender em qual é melhor investir, então gostaria de um auxilio, e para isto peço sua indicação.

Obrigada!

Resposta:

Bom dia Thatiany

Infelizmente eu não sei se terei uma resposta que vai lhe agradar … 🙁

Muitas pessoas, ao iniciarem os seus investimentos, partem do princípio que precisarão contratar os serviços de alguém mais experiente, profissional do ramo, para lhes auxiliar em suas tomadas de decisão. Especialmente nas primeiras …

Alegam não ter conhecimento sobre o assunto, que estão em busca de alguém que os oriente, indicando as possibilidades de investimento mais adequadas a cada situação. Dizem não querer alguém que literalmente os diga o que fazer, para evitar conflitos de interesse nas indicações.

Mas … lhe pergunto: se ao começar, sem entender o que de fato está acontecendo, como a pessoa poderá diferenciar o certo do errado, o seguro do arriscado, a boa indicação daquela venda disfarçada … ?

Vamos tomar como o exemplo a situação mais simples e básica possível para esta situação. Vamos nos dirigir ao banco e solicitar ao nosso gerente a indicação de um bom investimento. É muito provável que ao pedir por esta “ajuda” o gerente pense: “oba, encontrei alguém para me ajudar a atingir a meta do mês”. Neste momento ele já lhe empurra um título de capitalização ou uma previdência privada … Ótimos “investimentos”, diz ele.

Se você ainda não sabe nada sobre investimentos, é bem provável que aceite a oferta de bom grado. Achando que acabou de fazer um ótimo negócio … O que já sabemos não ser uma verdade completa.

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