Clube do Pai Rico

Dívidas … Dívidas … e mais Dívidas. Só que não tenho $$$ para pagá-las … O que faço ?

Pergunta:

Bom dia, Zé e colegas!
Ótimas dicas!!
Mas tenho algumas “dúvidas” para “acrescentar”:
Imagine o caso do Wemer acima e acrescente a seguinte situação: considerando, além da grande quantidade e valores dos empréstimos consignados comprometendo a renda, um restante que NÃO é possível cobrir os gastos fixos e variáveis do mês, ou seja, um orçamento doméstico deficitário..
como sair dessa?
como fazer para “sobrar” os “R$ 453,00” ou um valor diferente?
como começar a constituir o colchão de segurança?
como começar a constituir o fundo de recuperação?
É o meu caso, uma situação meio desesperadora.. ;(

Abraços!

Resposta:

Bom dia “JGO”, tudo certo ?

Uma situação parecida com a apresentada no post “A bola de neve das dívidas só aumenta !! Como me livrar dela ?“, só que sem a parte onde há sobra de capital a ser destinada à quitação das dívidas ? Realmente … uma situação BEM complicada. 🙁

Começo a “resposta” repetindo o que já disse em (muitas) outras oportunidades: não existe fórmula mágica !!

Partindo deste princípio, só nos restam duas alternativas … Ou você corta gastos, a ponto de tornar o seu orçamento superavitário, ou aumenta suas fontes de renda, para chegar ao mesmo objetivo. Ou reduz os gastos, ou aumento a receita. Simples e direto assim.

Infelizmente não existe outra forma de encontrar uma solução para o seu problema. Sorry !!

Mas além de cortar gastos propriamente ditos, é preciso também analisar as coisas que se têm, se estão de acordo com a sua situação. Quer um exemplo ? Possui um automóvel ? Ou dois ? Muitos não se dão conta do custo de um segundo carro … Falei sobre isso no post “Pense: você precisa, MESMO, de um 2º carro ?

Não sei se você tem um segundo carro, ou se até mesmo possui um carro … Mas se possuir um segundo carro, você precisa, neste momento, se LIVRAR dele. Com isso reduz as despesas e a grana obtida com a venda servirá para quitar alguns dos consignados citados.

Não possui um segundo, mas possui um carro ? Olha … Se eu fosse você, consideraria com MUITA atenção a possibilidade de vendê-lo. Exatamente pelo mesmo motivo: redução de despesas e o uso da grana obtida para quitação de dívidas.

O momento é delicado, você não tem outra fonte de renda, e precisa diminuir o saldo das dívidas que mina seu orçamento a cada dia.

É uma decisão difícil ? É. Muito. Mas é uma decisão difícil que PRECISA ser tomada. 🙁

As coisas serão mais difíceis por não ter um carro ? Provavelmente sim … Mas será ainda mais difícil por ter um orçamento que vai sendo piorado a cada dia que passa.

Você ainda paga prestação do financiamento do carro ? Melhor ainda ! Você cortará as despesas em “dobro” ! 🙂

Além disso, outros pontos do seu orçamento precisarão ser revistos …

Faz academia ? Saia dela. Faz curso de idiomas ? Adeus. Costuma sair para comer fora ? Deixe para outra hora. Cinema ? Veja os filmes em casa. Festas ? Shows ? Não, agora não é a hora disso …

Como disse, o momento é diferente do “normal”, portanto medidas fora do normal precisão ser adotadas. Já leu o post “Fez errado … ? Então pague o preço !!” ?

Além de diminuir os gastos ao máximo, você também pode/precisa ampliar as entradas do seu orçamento.

Sei que é difícil aumentar o seu salário de uma hora pra outra … Mas e conseguir um segundo trabalho fora de hora ? A reforma trabalhista (aquela que tantos xingam …) permite e ajuda neste sentido. Qualquer valor extra será de grande serventia neste momento.

Sábados … Domingos … Feriados … De noite …

É, não será fácil. Mas quem disse que seria ?

Para se alterar uma situação complicada, é preciso que façamos coisas diferentes das que estamos habituados. Se foi o ritmo atual, o padrão de vida atual, as coisas que são feitas hoje, que te levaram à situação financeira atual, como você imaginaria ser possível sair dela mantendo as mesmas atitudes ?

Impossível … Concorda ?

Repetindo: não existe fórmula mágica. Você precisa diminuir os gastos, ou aumentar a renda. Ou o melhor dos mundos: diminuir os gastos EEEEEE aumentar a receita. 😉

Mas me diga, qual será a sua primeira atitude, a ser tomada neste instante, para melhorar esse cenário ?

Conte conosco para o que for preciso. (e possível, hehehe)

Espero ter te ajudado. 😀

Abraços !

A bola de neve das dívidas só aumenta !! Como me livrar dela ?

Pergunta:

Olá, bom quero uma luz a respeito da situação que enfrento, sou funcionário público, renda de 7300,00, emprestimos pessoais descontados em folha, alguns com 96 parcelas, outros com 85, mas todos acima de 80 parcelas, totalizando exatos 3977,52; o que me sobra (3322,48) consigo manter a casa, água e luz, telefone,ainda prestação do carro e renegociação de cartão de crédito, mais os gastos com filhos etc, totalizando 3312,00, o que da pra reduzir seria o valor de 453,00; como faço um colchão de segurança? Pego estes 453,00 e faço o colchão ou injeto em algum destes contratos para quitar mais rápido? Lembrando que o que tem menos parcelas são 82x. Entra ano e sai ano e a situação não muda, nunca tenho um centavo fim de ano; coisas quebram e tenho que recorrer a emprestimos de novo, eterno ciclo vicioso.

Resposta:

Bom dia Wemer,

Situação complicada … O pior é que a cada dia vejo mais e mais histórias parecidas com a sua. 🙁

Pessoas que ganham um bom salário, mas que acabam tendo problemas de orçamento por conta do “consignado”. (não, não é o consignado o culpado, ele é só a parte visível da coisa, o problema é mais profundo e é relacionado ao controle de gastos propriamente dito)

Mas isso não isenta a “indústria” do consignado não. Por quê ? Simples: existe uma “regra” que restringe a liberação de crédito para nós, PF, ao equivalente a 30% dos ganhos. O que no seu caso seria equivalente a R$2.200,00 …

É … o limite da soma das parcelas de empréstimos (e aqui entraria o financiamento imobiliário, o crédito pessoal/consignado, financiamento de carros, etc) era para ser equivalente a 30% do que a pessoa ganha. Não mais do que isso, justamente para evitar o efeito bola de neve. Mas como você mesmo sente na pele, a “regra” é muitas vezes ignorada. Você está quase com o dobro do que era para ser o seu limite ! 😯

Mas vamos nos focar no seu caso, o que fazer para melhorar a sua situação ?

Já adianto que será necessário realizarmos um trabalho de formiguinha … Algo lento e gradual. Ok ?

Você disse que conseguiria reservar R$453 todos os meses para abatimento da dívida/formação do colchão de segurança. Correto ?

Partindo do princípio que este valor não é suficiente para quitar nenhuma das dívidas, apenas abater parcelas que vencerão no futuro, precisaremos adotar uma estratégia específica para ir diminuindo o problema. Precisamos cortar o mal pela raiz. 😉

Primeiro de tudo: o colchão de segurança deverá ser usado somente para EMERGÊNCIAS. Ok ? E emergência, é emergência mesmo …

Você pegará estes R$453 e destinará o valor para um investimento seguro e de boa liquidez. Você poderá usar o Tesouro SELIC ou um CDB que pague perto de 100% do CDI. Se não encontra um CDB nestas condições, destine o valor para o Tesouro SELIC. Este valor será a sua reserva de emergência e servirá para cobrir os gastos imprevistos e que não podem ser adiados. Nada de viagens ou comprar supérfluos neste momento …

Todo e qualquer valor extra que for obtido neste momento deverá ser destinado para esse investimento. É ele que te trará segurança, é ele que te ajudará a impedir que a bola de neve seja realimentada a cada nova necessidade de dinheiro. Mas lembre-se: esse dinheiro deverá ser gasto apenas com o que for essencial !!!

O ideal é que você consiga acumular algo próximo a R$5 mil neste investimento. Acredito que o valor seja mais do que suficiente para cobrir o tipo de “emergências” que você se refere em seu questionamento.

Depois de ter atingido o montante que servirá de proteção em situações emergenciais (sim, a repetição é proposital), você deverá começar a destinar o valor para o abatimento das dívidas. Comece pelo cartão de crédito, pois a taxa cobrada de juros pelo atraso de seu pagamento é uma das mais altas do mercado. Depois do cartão direcione o capital para o adiantamento das últimas parcelas do empréstimo consignado, se isso for possível … Digo “possível” pois alguns empréstimos não permitem que isso seja feito e só aceitam que a dívida seja encerrada por inteiro.

Se for o caso, acumule os R$453 na mesma aplicação que montou o seu colchão de segurança (mas lembre-se que um “bolo” é do colchão e o outro é para a quitação das dívidas) até que esta nova acumulação atinja o valor necessário para quitar uma das dívidas existentes. Chamemos esta nova acumulação de “fundo de recuperação”. Vá repetindo o processo até que todas sejam encerradas. 🙂

Como disse, é um trabalho de formiguinha e que leva tempo, esforço e dedicação. Nesse meio tempo você provavelmente precisará usar o dinheiro do colchão … Use apenas para as emergências e reponha o dinheiro o mais rápido possível !

Lembre-se: todo e qualquer dinheiro extra deverá ser destinado para esse fundo de recuperação. 13º, férias, toda e qualquer renda extra deverá ser imediatamente direcionado à quitação das dívidas. Nada de se “presentear”, viajar ou dar um “agradinho” para alguém … Este é um momento delicado e somente com a atitude correta é que você poderá se livrar da bola de neve das dívidas.

Outro ponto importante: mostre para a sua família que a situação é complicada e que todos precisam ajudar. Seja através da diminuição dos gastos ou através da obtenção uma renda extra. E claro … aperte o cinto nos novos gastos.

#1 Montar colchão de segurança
#2 Acumular capital para o fundo de recuperação
#3 Quitar as dívidas existentes
#4 Acumular capital para o fundo de recuperação
#5 Quitar as dívidas existentes
#6 Acumular capital para o fundo de recuperação
#7 Quitar as dívidas existentes

 

Infelizmente não existe mágica para resolver esse tipo de problema. Será um período difícil e complicado. Você provavelmente tentará desistir no meio do caminho … Mas lembre-se: você já sabe como as coisas são na vida atolada de dívidas. Acredite que a vida livre delas é infinitamente melhor e siga firme em seu propósito de voltar a ela. 😉

Espero ter te ajudado ! 😀

Abraços !

Vou me separar e não sei onde vou morar !!

Pergunta:

Oiiiii Carlos

Estou quase sem dormir, pq nao sei o q fazerrrrrrrr 🙁

Precisooooooo de uma luzzzz SUA por favor…se vc cobrasse eu pagaria 😀

Estou vendendo minha casa e tenho q dividir metade com meu ex….

Não sei se compro outra, q seria um apartamento, pq é o q o dinheiro dá (mas eu nao gosto de ap 🙁 )
ou alugo, pq queria TESTAR outra região e o apartamento tb,

Enfim

Teria q aplicar o dinheiro pra pagar o aluguel, então teria q ser liguidez diaria e sem imposto certo?

Ai q tá, o q eu faço ????????Compro ou alugo????????

Muitooooo obrigada

Resposta:

Bom dia,

Antes de tudo: calma. 🙂

Sei que esse tipo de decisão é difícil, e que sempre queremos encontrar a resposta o mais rápido possível. O problema é que na maioria das vezes isso só faz com que tomemos uma decisão precipitada e que pode não ser a mais interessante …

Se você gostaria de continuar morando em uma casa, se deseja testar uma outra região, se gostaria de experimentar como é morar em um apartamento … Por que não faz exatamente isso ? 😀

Sim, acredito que neste momento o ideal seja realmente o aluguel. Desta forma você não precisa ficar sem dormir, por medo de tomar a decisão errada, e ao mesmo tempo faz os testes que tanto quer. 😉

Você não é obrigada a tomar uma decisão tão importante quanto a da compra de um imóvel em um momento tumultuado como deve estar sendo o momento atual para você. Já tens outras preocupações em mente … Por que complicar ainda mais as coisas ?

Alugue um imóvel, do tamanho que considera como sendo o ideal para você. Em uma região que gostaria de morar, que gostaria de conhecer. Seja ele uma casa ou um apartamento. Alugue, experimente, e adie a decisão de compra. Ao menos por enquanto. 🙂

Não, você não estará rasgando dinheiro. Encare o valor gasto como sendo um valor de pesquisa. Até mesmo porque é bem provável que o valor que terás em mãos será capaz de gerar um retorno capaz de pagar o aluguel. (se era o suficiente para comprar um imóvel, teoricamente poderia arcar com o aluguel também)

O ideal ideal ideal seria que você colocasse a grana num Tesouro IPCA da vida, pois desta forma teria a garantia de que o dinheiro estaria sendo corrigido pela inflação, mantendo o poder de compra, e ainda te trazendo um rendimento no período. O problema é que ele tem características de renda variável e que podem te trazer prejuízo caso precise encerrar o investimento antes do vencimento do título. 🙁

Portanto … acaba “sobrando” o Tesouro SELIC. Liquidez diária, 100% da SELIC, segurança, etc etc etc.

Rende “pouco” ? Rende … Mas nesse momento é ele quem possui as características necessárias para você levar o seu plano adiante. 😉

Perguntasses se o investimento precisaria ser sem Imposto de Renda. Não, não precisa. Os investimentos isentos de IR normalmente apresentam um desconto na rentabilidade proporcional à isenção. Então é um “melhor” só para inglês ver … (leia: O mito dos investimentos sem Imposto de Renda)

O Tesouro SELIC irá te render algo perto de 0,44% ao mês, e o aluguel de um imóvel residencial gira em torno de 0,25% … 0,3% do valor do imóvel. (ao menos aqui em Floripa a coisa está assim) Então o rendimento será suficiente para arcar com os custos.

Depois do período de experimento concluído, com a cabeça mais tranquila, e as noites de sono em dia, você poderá tomar a decisão sobre a compra com mais calma. E isso é MUITO importante para não meter os pés pelas mãos. 🙂

Espero ter te ajudado. 😉

Abraços !

Uma alternativa mais barata ao Straddle ?

Pergunta:

Olá, Zé.

Estava pensando na estratégia straddle. Não seria mais barato comprar uma quantidade menor de call ao invés de comprar call e put? No fim a perda maxima seria o preço do call, mas o custo da operação seria menor. Pensando em utilizar uma menor porcentagem do capital. Acho que somente pode testar pq tem os dados do seu straddle.

Abçs,

Resposta:

Bom dia Ralph,

Acredito que esteja ocorrendo alguma confusão em relação ao funcionamento do Straddle e sua finalidade. Mas vamos retomar o assunto e acabar com as possíveis dúvidas de uma vez por todas. 😉

O Straddle tem um comportamento específico, ele é montado em determinadas situações onde não existe a certeza de para onde o papel vai, apenas que ele vai. Ou traduzindo: não sabemos se a ação vai subir ou cair, apenas de que ela vai apresentar uma variação na cotação.

Não é uma operação que visa um alvo específico, tanto em termos de distância a ser percorrida, bem como a direção que será tomada.

Ela é indicada para momentos específicos (ao menos é desta forma que eu faço uso dela, hehehe), como: divulgação de resultados trimestrais, eleições, julgamentos de ex-presidentes que passaram a mão no patrimônio público … Ou seja, momentos onde é 8 ou 80. Que tanto pode ser para cima ou para baixo.

O último você acompanhou, foi o do julgamento do mullalá. O resultado dele foi sensacional: 20,41% ! Se ainda não leu o post onde apresento o ocorrido em detalhes, veja aqui.

Mas por que isso ocorre ?

O motivo para o Straddle poder tirar proveito de ambas as direções é simples: você faz a compra de uma opção do tipo CALL e outra do tipo PUT. A CALL se valoriza com a alta da ação subjacente, enquanto a PUT se valoriza com a queda dela. Graças às características básicas das opções, o movimento traz consequências diferentes para cada uma das opções. Em caso de alta a CALL sobe mais do que a PUT cai. Em caso de queda a PUT sobe mais do que a CALL cai.

Neste post eu explico o Straddle de forma mais detalhada. 😉

Portanto a ideia com esse tipo de operação é poder tirar proveito da direção que vier, e não mirar em uma específica.

Voltado à sua dúvida …

Se fizermos o que você sugeriu, comprando apenas uma menor quantidade de CALL, ao invés de CALL e PUT, estaríamos direcionando a operação única e exclusivamente para uma direção. Estaríamos mirando e objetivando somente a alta do papel.

Sim, o valor gasto seria menor. Seria menor pois não precisaríamos comprar a PUT e ainda teríamos comprado uma menor quantidade de CALL. Mas dessa forma o lucro com a operação surgiria apenas no caso de vermos a ação mãe subindo. E subindo com força …

Se ao invés da alta tivéssemos visto uma queda da ação, a operação que você sugeriu se tornaria um prejuízo. Como você bem lembro, um prejuízo limitado ao valor gasto com a aquisição das CALL. 🙂

Já o Straddle padrão, caso tivéssemos tido uma queda, ao invés da alta galopante que vimos, também teria apresentado lucro ! Na mesma intensidade ? Não sei … Pode ser que sim … Pode ser que não … Mas também teria sido lucrativa. 😉

A única forma da operação não sair lucrativa é no caso de vermos um movimento muito fraco para qualquer uma das direções. Se fosse uma pequena alta, uma pequena queda, ou a estabilidade propriamente dita, o Straddle apresentaria um prejuízo com o “emagrecimento” das opções adquiridas.

Seguindo a tua sugestão, de que forma poderíamos montar uma operação com estas características – tirando proveito de ambas as possíveis direções – sem gastar “muito” ?

Existem duas possibilidades:

#1 – Você compraria uma menor quantidade de opções CALL e PUT

Se não quer arriscar muito, compre 500 opções ao invés de 1.000 de cada. Diminuindo a quantidade de opções adquiridas você diminuiria o capital investido e consequentemente o tamanho do possível rombo.

Claro que dessa forma diminuiria também o possível retorno a ser obtido com a operação … 😉

#2 – Ao invés de um Straddle monte um Strangle

A diferença entre as duas é uma só: straddle usa opções ATM, enquanto o strangle usa OTM. Simples assim. 😀

Desta forma o seu custo para montar a operação é menor do que o da operação padrão, mas em contrapartida precisa que o movimento visto seja de maior intensidade para que o “mesmo” resultado seja obtido.

No caso do dia 24 eu dei preferência para o strangle. 🙂

Motivo ? As opções ATM estavam obesas e isso, além de encarecer a operação, tornaria o resultado duvidoso … No post onde apresento o resultado da operação detalho isso direitinho. 😉

Portanto … a tua sugestão de operação não apresentaria as características necessárias para que pudéssemos tirar proveito da ocasião em sua plenitude. Ela objetivaria uma direção específica e tiraria a principal função do straddle que é a de se aproveitar de ambas possíveis direções.

Aproveito para te fazer um convite: conheça o Double PUT Double CALL, o curso onde apresento a minha estratégia operacional (straddle incluído !) e te ensino a usar as Opções de forma segura e que venha a te possibilitar um retorno recorrente.

Espero ter te ajudado ! 😀

Abraços !

Sai do Tesouro IPCA e agora não sei para onde ir !!

Pergunta:

Zé, boa tarde.
Parabéns pelo seu trabalho no clube. Já acesso o site há bastante tempo, mas é a primeira vez que lhe escrevo, apesar de já ter participado de vários sorteios de livro, mas sem sucesso kkkkk.

Vamos lá.
Há exatos 2 anos comprei tesouro 2035 variando entre IPCA+7,75% até IPCA+7,00%. Hoje eu estava com rendimento por volta de 70% e resolvi liquidar minha posição uma vez que as quedas nas taxas chegaram ao fim (ou estão próximas disso).

A questão é que quero voltar para o tesouro (não por agora, claro…) quando a taxa voltar a ser atrativa novamente, pensando novamente nos ganhos com ágio futuramente.
O problema é que não encontro um investimento em renda fixa agora para \”engordar\” um pouco o valor que resgatei do tesouro que me de uma liquidez para uma eventual saída e não sofra de ágio ou deságio.

Pesquisei vários debentures, CRIs… e todos eles sofrem com ágio e deságio devido à venda no mercado secundário, exatamente como ocorre nas vendas antecipadas no tesouro.
Na corretora estão me oferecendo fundos vinculados ao CDI, mas estou querendo evitar qualquer coisa atrelado à SELIC/CDI pois esta vai se manter fixa e a subida do IPCA vai reduzindo gradualmente o rendimento real do montante, até que a SELIC engate uma nova subida.

Você tem alguma sugestão? ou fui muito confuso kkkk

Abraço

Resposta:

Bom dia,

Muito obrigado !! Quanto mais vocês participam do que acontece aqui, melhor é para entregar o conteúdo que vocês precisam. Por isso … reforço o convite que sempre faço: envie suas dúvidas e questionamentos !! Desta forma nos conhecemos melhor e eu fico sabendo como ajudá-los da melhor forma. 😉

Esse é um tipo de dúvida bem comum para quem investe em renda variável (como o investimento em Bolsa, por exemplo), mas confesso que ainda não me habituei a ver o questionamento surgindo de quem investe em renda fixa. 😀

Eu sei … Eu sei … O Tesouro Direto permite que as pessoas possam “operar” na renda fixa, na busca de oportunidades de curto/médio prazo que venham a apresentar resultados muito superiores ao da Bolsa, por exemplo. Já falei sobre isso em outro momento, lembra ? Se não, foi no post “Tesouro Direto rendeu mais de 50% em 2016 ! Ações ? Tô fora !!“.

Longe de mim julgar quem faz isso, mas é algo que eu ainda não estou acostumado. 🙂

Um dos motivos é que os eventos que geram distorções tão graves quanto as que vimos nos últimos anos normalmente levam anos para acontecer. Então seria algo tão … “raro”, que seria difícil (ao menos pra mim) ficar aguardando por elas.

Neste momento cabe um PARABÉNS !, reforçado e com letras maiúsculas. Afinal de contas, 70% em dois anos é um retorno sensacional !! 😀

Mas vamos à tua dúvida ? Onde colocar o dinheiro obtido nesta operação enquanto se aguarda por uma nova operação …

Voltando a fazer analogia com a Bolsa, eu costumo deixar meu dinheiro em CDBs que apresentem rendimento próximo a 100% do CDI. Eu gosto mais deles porque posso usá-los em minha estratégia de investimento. O CDB me dá mais liberdade (se for com liquidez diária !) do que um título do Tesouro.

No teu caso, eu não consigo pensar em uma alternativa muito diferente dessa. CDB ou Tesouro SELIC, essas seriam as minhas alternativas de escolha. Eu sei que você falou que não gostaria de nada atrelado ao CDI/SELIC, mas na situação exposta, me parece ser a única alternativa.

Por quê ? Pois é a “única” alternativa oras … 😉

Você não gostaria de colocar a grana em um título atrelado ao IPCA ou um Prefixado, pois quer esperar uma “engorda” deles. Correto ? Então ambos estão descartados …

Eles (CDB e Tesouro SELIC) seriam os únicos tipos de investimento que te ofereceriam um retorno garantido, por mais que exista o risco de não serem “reais”. Sim, o que você falou é verdade … A inflação pode vir antes do que um reajuste na SELIC (um “pode” com cara de que “vai”) e isso diminuirá o teu rendimento. Mas se você for para qualquer investimento que te proteja dela, vai obter um rendimento negativo quando ela vier a subir …

É aquele tipo de escolha onde não existe como nos protegermos de todas as adversidades, não existe como aproveitarmos todas as oportunidades. Você abre mão de uma coisa para obter outra, ou se protege de uma coisa para obter algo. Tudo junto, com a expectativa de alta do índice … não existe.

Portanto, o que eu faria na tua situação seria isso: colocaria a grana em um CDB que entregue algo próximo a 100% do CDI, ou em um Tesouro SELIC. 🙂

Ao menos para a grana não ficar parada enquanto você aguarda a engorda dos outros títulos … (que torço venha a ser algo muito, mas muito distante, hehehe) 😉

Espero que tenha te ajudado ! 😀

Abraços !