Clube do Pai Rico

Vender a casa onde mora, investir a grana e viver de aluguel com parte do rendimento. É possível ?

Pergunta:

ZÉ!

Tenho uma casa onde moro, mas terei de vender, problemas com vizinhos barulhentos.

Pergunto:

Será que poderia vende-la no valor de R$350,000,00 e pegar esse montante colocar numa renda fixa, e com os juros pagar o aluguel de R$1000,00 por mês e ainda colocar o restante no bolsa, já tenho uma aplicação em tesouro direto com juros semestrais, e em LCI ou precisaria de uma aplicação que rende se juros ao mês.

Senão pago à vista um ano adiantado do meu bolso o aluguel e aguardo vir o montante no semestre.

Ou terei de comprar outra casa com esse valor.

Resposta:

Bom dia Vinícius,

Caramba ! Só fico imaginando quão barulhentos eles são a ponto de você decidir vender a casa e se mudar para uma outra !! 😯

Sobre o teu questionamento: sim ! Você pode vender seu imóvel, aplicar o valor obtido na negociação num investimento de renda fixa e passar a viver de aluguel em um imóvel que tenha um custo mensal de R$1.000,00. Esta é a “beleza” de um momento onde temos valores desequilibrados para os alugueis.

Consegue perceber que R$1.000,00 equivalem a apenas 0,3% do valor do valor da venda ? Pois então … Aqui em Floripa (ao menos aqui …) os alugueis vêm girando em torno de 0,25%~0,3% do valor do imóvel. Então é bem provável que você consiga encontrar um de padrão semelhante ao seu. Até pouco tempo atrás esse valor era mais próximo dos 0,5% do valor do imóvel. 😉

Onde obter os 0,3% ao mês ?

Em praticamente todo e qualquer investimento de renda fixa. 😀

Com a taxa de juros nos 14% ao ano, qualquer investimento que proporcione perto de 100% do CDI (para os que pagam IR) – ou 85% no caso dos isentos (LCI, LCA), te proporcionará o rendimento necessário para atender a essa exigência.

O problema é que você corre o risco de ver o seu capital começar a ser “dilapidado” pela inflação … 🙁

Enquanto a SELIC está na faixa dos 14%, tudo muito bem. Obrigado. O problema é quando ela começar a se aproximar dos 10% … Ou menos.

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Como funciona a portabilidade para previdência privada ?

Pergunta:

Tenho Brasilprev, porém não estou gostando nada da rentabilidade, queria trocar para Icatu e Previdência assert verde, o que faço??

Resposta:

Bom dia,

Solicite a portabilidade do seu plano de previdência privada ! 🙂

Sim, simples e rápido. 😉

Claro … você precisará tomar algumas precauções e respeitar algumas normas que regem esse tipo de mudança. Mas fique tranquilo, não é nada de outro mundo.

A mais importante de todas é: se você tem um PGBL, só poderá migrar para um outro PGBL. Se tem um VGBL, só para outro VGBL. Você pode “transitar” entre instituições, porém o segmento da previdência precisa ser o mesmo.

Ok … você até poderia escolher migrar de PGBL para um VGBL (e vice versa), mas para isso precisaria proceder da forma tradicional: sacar a grana da previdência privada – pagando o IR proporcional ao plano e o período da aplicação – e abrir uma nova previdência em outro lugar. A portabilidade só serve para “mudanças entre iguais” justamente para permitir que o usuário possa mudar de prestador de serviço quando não se sentir satisfeito. Seja por causa das taxas cobradas pelo atual prestador, ou por conta da rentabilidade gerada.

Um dos pontos mais interessantes é que você pode mudar quantas vezes quiser, desde que respeitado o prazo mínimo de 60 dias de permanência. Após esse prazo você está livre para uma nova mudança.

O mais comum é mudar por causa das taxas cobradas. Uma das que mais incomoda os usuários é a amada taxa de carregamento, cobrada por algumas instituições e por outras não. Se o que não vem lhe agradando é somente a rentabilidade em si, você pode solicitar uma portabilidade interna, que nada mais é do que a mudança entre planos da própria instituição que já lhe fornece o serviço.

A grande vantagem da portabilidade externa, a que você muda para uma nova instituição e que parece ser a que mais lhe interessa, é que você está totalmente isento da incidência do Imposto de Renda e da cobrança da taxa de carregamento no plano de destino. 🙂

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É um bom negócio abrir uma factoring ?

Pergunta:

Abrir uma empresa Factoring, é um bom negócio?

 

Resposta:

Bom dia Cesar,

Se eu acho que abrir uma empresa de factoring é um bom negócio ? Olha … vamos pensar juntos e olhar pelo lado da necessidade do serviço e da oportunidade de negócio ? 😉

Como é bem sabido por todos, o Brasil enfrenta uma grave deficiência na área do crédito praticamente desde sempre. Seja por conta das altas taxas de juros aplicadas por quem oferece as linhas de crédito, ou por causa da “mão fechada” na hora de escolher quem pode ou não pode obter crédito.

É um item de extrema necessidade para qualquer país que deseja (e precisa !) crescer. E como sabemos … não é algo que tenhamos no Brasil. Não ao menos do jeito que gostaríamos que fosse. Não do jeito que precisamos que seja. 🙁

Em muitas situações, conseguir uma linha de crédito é tão difícil quanto ganhar na loteria.

Ok … existem linhas oferecidas por órgãos estatais (leia este livro que pode lhe ajudar com isso) e que deveriam ser de fácil acesso para todos. Mas, que nas mãos do povo lá de cima, acaba sendo usado como ferramenta política. Somente os amigos do rei conseguem acesso. Ou então, através de formas não tão corretas …

Mas voltemos à factoring. A área de atuação deste tipo de negócio não é justamente esse ? Oferecer crédito para empresas que precisam dele ? Se existe uma deficiência no mercado, não seria uma boa oportunidade de negócio ? BINGO ! 😉

Sim, eu acredito que seja uma boa oportunidade. Claro, como toda oportunidade, tem seus riscos. Cabe ao interessado analisar o mercado onde pretende atuar (a região), os potenciais clientes, as formas conhecidas de se proteger contra os golpes que costumam ser aplicados, etc etc etc.

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Consegui me livrar de todas as dívidas, mereço um prêmio ?

Pergunta:

Bom dia,
Estou fazendo contato estou nervoso e ansioso.

Mas… preciso de ajuda.

Sou um jovem que montou família cedo. Aos 23 anos já tenho esposa e duas lindas filhas.
Como toda história clichê, fechava todo mês no cheque especial, não sabia quanto ganhava muito menos quanto gastava, sempre tinha que pedir dinheiro emprestado para os pais por não ter mais limite no cheque especial.

O destino e a sorte colocou um artigo do site na minha frente, foi onde comecei a ler sobre o assunto de finanças e afins.
E a mágica aconteceu.

E em 8 meses consegui ficar no azul todo mês, não devo mais cartão de credito nem cheque especial e melhor, já juntei metade do meu colchão financeiro.

Agora a pergunta, a duvida que me está deixando em crise existencial…

Gastar o dinheiro do colchão financeiro em uma viagem para praia?

Não é o objetivo desse dinheiro. Mas deixar de viajar?

E agora? O que me diz?

Obrigado pela atenção.

Resposta:

Bom dia,

Obrigado por compartilhar a sua história ! 🙂

Ver que tem jeito, que tem como mudar a situação, é muito importante para que outros deem o primeiro passo na direção de uma solução para os seus próprios problemas. Ver que deu certo para outros, os incentiva a ir atrás do que for preciso para fazer acontecer.

E claro, não poderia deixar de agradecer por ter me permitido (mesmo que indiretamente) te ajudar nesta mudança. 😉

Saber que o Clube tem parcela de culpa nessa história bem-sucedida é muito, mas muito bom mesmo ! 😀

Torço para que o que aconteceu fique enraizado em tua memória. “O que é isso Zé ! Tá pedindo para que o cara fique sofrendo e relembrando uma coisa ruim dessas ?!?” Não é bem isso … O que torço é para que as memórias ruins sirvam como lembrete nos momentos em que a coisa apertar, ou então na hora que possam vir a perder o controle. Lembrando de como era, a pessoa pode se rearranjar e colocar tudo nos eixos, rapidamente.

Parabéns por ter se livrado das dívidas. Podes compartilhar com a gente qual foi o post que te deu o pontapé inicial ?

Agora … sobre o teu questionamento …

Você quer usar o seu colchão de segurança para garantir o seu lazer ? É isso mesmo ?

Você quer fazer uso da sua reserva para emergências, para ir passear na praia, curtir as férias ? … 🙁

Infelizmente não poderei lhe incentivar neste momento. Como sempre digo aqui no Clube: o colchão deve ser usado somente para emergências. Usá-lo para “aproveitar uma oportunidade” é errado. Tira do rumo … Sai do propósito …

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Pago minhas dívidas ou uso o dinheiro para investir ?

Pergunta:

Olá,
tenho 26 anos e depois de 5 anos morando sozinha e ganhando bem voltei a morar com meus pais pois fiquei desempregada e as dívidas só foram se acumulando, já que não investi em nada nesse período.

Hoje trabalho no comercio, ganho 1000,00 reais por mês, e separei 200,00 reais esse mês, mas não sei onde investir. Tenho uma divida no banco de +ou- 8000,00, uso esse dinheiro para pagar a divida ou invisto? E qual a melhor forma de aplicar esse valor? (ou um pouco mais, visto que ainda não fiz grandes cortes no meu orçamento).

Desde já obrigada pelo excelente blog e por todo conhecimento que podemos tirar dele.

Resposta:

Bom dia Loirys,

Situação complicada, e que vejo se tornando muito frequente nos últimos tempos. 🙁

A situação está bem apertada para muita gente, e o caminho de volta para a casa dos pais acaba sendo uma das alternativas mais “tranquilas” e seguras a se escolher. O motivo do “tranquila” nem precisa de muita explicação, não é mesmo ? 😉

Uma dúvida MUITO importante a sua. Quitar parte da dívida ou investir … Para muitos a resposta é imediata. Para outros é preciso um pouco de reflexão. A resposta instantânea é: abata a dívida !

Por que abater a dívida ? Simples: a taxa de juros atrelada a ela (ou elas) é, na grande maioria das vezes, muito superior a de qualquer tipo de investimento que esteja disponível para nós investidores comuns. Portanto, se você não usar esse dinheiro que sobrou para quitar parte dela, verá o valor da dívida aumentar e aumentar.

– “Ah, mas pelo menos estarei investindo … e meu dinheiro também crescerá !“. Sim, crescerá. O problema é que crescerá num ritmo MUITO mais lento que o da dívida. Não existe muita lógica nisso …

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