Clube do Pai Rico

Operar “eventos de calendário” no modo automático é válido ?

Pergunta:

Zé, bom dia.

Fiz alguns estudos com dados históricos em alguns ativos financeiros (moedas e ações) e alguns deles apresentaram um padrão, principalmente as moedas. Exemplo: Existe no intraday do USD/BRL um determinado período em que a probabilidade é maior de queda que de alta.

Pergunto: você acha que é possível criar um sistema de trade que se beneficie desse padrão no médio e longo prazo? Tenho utilizado um padrão desse tipo há alguns meses e vem apresentando um bom resultado. Uso um stop loss curto e uma relação risco/retorno favorável. Porém acho o setup muito simples e penso que talvez o resultado seja circunstancial.

Obrigado.

Resposta:

Bom dia William,

Acredito que você já tenha encontrado a resposta à sua pergunta, mas deseja obter uma confirmação para levar adiante. 😉

Eu acredito que é possível tirarmos proveitos de certos “padrões” que o mercado nos apresenta. Existem diversos tipos de padrões … alguns temporais, outros … gráficos. 😀

Sim, quer você queira, ou não, os padrões gráficos que adotamos em nossas operações (para quem usa a escola de análise gráfica) são exatamente isso: fatos que observamos no passado e que se mostraram eficientes. Mostraram-se eficientes e “repetitivos”. E o que se faz quando um padrão gráfico de reversão dá errado ? Aciona-se o STOP e seguimos em frente. 🙂

Estou mais acostumado a ver padrões temporais, que costumo chamar de “eventos de calendário“, em prazos um pouco mais longos. Mas isso deve-se ao fato de eu priorizar este tipo de estratégia. (costumo realizar poucas operações de cada vez, normalmente apenas 1 única operação mensal) Cito como exemplo de alguns padrões temporais: o sell in may and go away (tá chegando !!), o rally de Natal, o dia do vencimento do índice futuro … São padrões que mostram um bom índice de repetição e que proporcionariam uma automação operacional. Por que não ? 😉

Acredito que você esteja falando de algo parecido, mas em menor escala. Correto ?

A meu ver, a melhor forma de automatizar este processo seja a que você já vem adotando: o uso de um STOP loss (o que te protege contra perdas de maior intensidade) mais curto, do tipo que é acionado logo nos primeiros momentos da operação que “decidiu ir na direção errada”. Aliado a isso, acredito que o uso de um STOP móvel, para a proteção dos ganhos já obtidos no decorrer da operação, se faça necessário. Mas esta é a parte onde cada investidor dá o seu toque pessoal. E não pode ser diferente, pois cada um tem níveis de segurança e satisfação próprios.

Se vem funcionando, se vem apresentando um resultado satisfatório, com os valores ganhos superando os perdidos, não vejo porque não levar adiante a estratégia. Afinal de contas, não é desta forma que escolhemos as que usamos em nosso dia a dia ? Adotamos as coisas que dão certo, que funcionam, tentando refiná-las sempre que possível. 😉

Espero ter lhe ajudado ! 😀

Abraços !

Dúvida no cálculo do IR sobre ações ganhadas de herança

Pergunta:

Minha amiga recebeu de herança , por falecimento do marido em dezembro de 2013, a quantia de R$100 656,00 em ações de uma mesma empresa.

Em abril de 2015 ela teve que vender essas ações, e conseguiu o montante de R$ 109 631, 34. Por não saber, ela não recolheu imposto no mês de maio de 2015. (lucro R$ 8975,34)

Um contador fez os os cálculos para ela e disse que ela tem que recolher quase R$ 19 000,00, incluindo a multa por atraso.

Estou tentando ajudá-la e minha pergunta é esta:

Pelo que vi, o contador a tributou no montante da venda e não só nos lucros que ela obteve. Está isto correto?

Muito agradecida se puder nos ajudar,

Att
Denise

Resposta:

Bom dia Denise,

Isso, aparentemente, está estranho mesmo … Tudo leva a crer que o contador fez os cálculos do valor a ser pago de Imposto de Renda sobre o montante integral da venda. Mas confesso que acho estranho um contador cometer um erro tão básico assim …

Sobre o Imposto de Renda sobre o lucro obtido na venda de ações que tiveram como origem uma herança, é muito importante levarmos em consideração um ponto fundamental: o que importa não é o valor das ações no momento em que ela recebeu a herança, mas sim o valor que constava no inventário. Da mesma forma que na declaração anual do imposto de renda, o que importa neste caso é o valor de custo das ações. O valor que elas foram compradas.

Por exemplo: se ele as tivesse comprado por R$50.000,00, este é o valor que deve ser levado em consideração no momento de calcular o lucro. Mas no caso acima, o preço médio de compra das ações teria que ser próximo a zero … e isso é algo meio … “difícil” de vermos acontecendo. Não parece ser o problema em questão …

Você sabe dizer se houve o pagamento dos tributos referentes ao recebimento da herança ? Talvez ele tenha incluído este valor nas contas …

Mas é possível que ele tenha cometido o erro mais simples de todos, que seria o cálculo dos 15% sobre os R$109.631,34 … O que daria R$16.444,70. Corrigindo o valor, acrescentando multa e juros, teríamos R$21.710,29. O que é diferente do valor apresentado por ele. (levando-se em conta que o “erro” cometido fosse o uso do valor integral da venda)

Se tudo estivesse certo, e o lucro da operação foi realmente de R$8.975,34, o valor a ser pago hoje seria de R$1.777,38. (R$1.346,30 originais mais a multa e juros)

O que eu sugiro ? Busque um outro contador para ter uma segunda “opinião” sobre o valor a ser pago. Ou até mesmo refaça a solicitação a ele. Existe algum erro por trás destes números, e, infelizmente, não tenho como ajudá-las com as informações que estão disponíveis … 🙁

Este é o tipo de coisa que pode trazer alguma dor de cabeça no futuro. Portanto não custa nada ir em busca de uma outra “opinião”. 😉

O grande x da questão, acredito eu, é a inclusão do fator herança na história …

Espero ter lhe ajudado. 🙂

Abraços !

Qual é o risco de investir no Tesouro Direto neste momento de troca de governo ?

Pergunta:

Bom dia, Zé!!

Com toda esse cenário de instabilidade política, impeachment e futuro governamental incerto, ainda é seguro investir no tesouro direto? Ou existem riscos de perda de investimentos feitos em caso de mudança de governo?

Pergunto isso, porque aqui em casa conseguimos esse mês quitar dívidas e agora esse valor poderá ser investido mensalmente… Nossa ideia inicial era de investir no tesouro direto, por ser um sistema mais simples para entrarmos no mundo de investimentos, mas confesso que agora tenho dúvidas sobre a confiabilidade do tesouro devido ao caos atual…

O tesouro ainda é uma boa opção, mesmo nesse momento, ou você aconselharia aguardar ou fazer investimentos de outro tipo?

Desde já muito obrigada pela ajuda…

Resposta:

Bom dia Suéllen,

Antes de mais nada: parabéns por esta conquista ! Conseguir sair de um cenário de dívidas, para um de investimentos, é (infelizmente) coisa rara em nosso país. A maioria das pessoas acaba conseguindo apenas “empurrar” as dívidas cada vez mais para frente, levando-a com a barriga, no máximo chegando perto de zerá-la. Conseguir mudar dessa pressão, para o universo de oportunidades que o mundo dos investimentos tem a nos oferecer … Parabéns !! 😀

Só uma observação: com a saída das dívidas, o próximo passo para vocês será montar o seu colchão de segurança.  Será ele que poderá proteger vocês de enfrentar situação semelhante em no futuro. Aconselho que leia este artigo, onde falo sobre a formação do seu colchão. Ferramenta fundamental para quem deseja ter uma saúde financeira plena. 😉

Mais uma observação: infelizmente não creio que o Tesouro Direto seja a melhor alternativa para criação do seu colchão. Existem alguns aspectos destes títulos que podem atrapalhar nos momentos mais críticos, justamente na hora em que a grana viesse a ser utilizada. Leia este texto onde falo sobre isso:
Usar títulos do Tesouro Direto para o colchão de segurança é válido ?

E agora, vamos à resposta do seu questionamento. Finalmente ! 🙂

Na minha opinião, será justamente a troca de governo a responsável por aliviar um pouco da tensão que pairava sobre o risco atrelado aos títulos. Como você deve ter visto, o descontrole das contas do governo federal é total. E isto poderia atrapalhar o pagamento das dívidas do governo em algum momento futuro. Um risco relativamente pequeno … mas existente.

Com a mudança, a expectativa agora é a de vermos uma “limpa” nas contas. Quem sabe veremos um melhor uso dos recursos governamentais, com a redução do uso da máquina. Ao menos a nossa esperança é a de vermos isso … 🙁

Esse cenário, onde as contas começam a ficar mais redondas, passando por um processo parecido com o que vocês enfrentaram para quitar as dívidas, fazendo melhor uso do dinheiro do orçamento, trará mais tranquilidade ao mercado e isso provavelmente se refletirá no valor dos títulos. Mais especificamente nas taxas de juros aplicada a eles. 😉

Em suma: o maior risco que vejo é o de melhora do nosso risco. E acho que esse é um daqueles tipos bons de risco, hehehe. 😀

Espero ter lhe ajudado !

Abraços !

Preciso ajudar, financeiramente, a minha mãe. Como faço isso ?

Pergunta:

Fala Zé, tudo bem?

Estou com uma situação e pensando em qual seria a melhor solução e queria compartilhar contigo pra talvez você me dar uma luz.

Apenas pra te contextualizar, minha mãe vira e mexe pede ajuda financeira pra minha irmã e eu, e hoje isso voltou a acontecer, só que ela perguntou se a gente não podia ajudar ela todos os meses com 100 reais para quando ela precisasse já ter esse dinheiro disponível. O problema é que a gente sabe que ela não sabe lidar com dinheiro “sobrando”. Sim, acaba gastando de alguma maneira.

Pensando nisso, sugeri pra minha irmã que a gente depositasse esse valor ou qualquer outro valor mensalmente mas numa conta em que somente nós tivéssemos acesso e eventualmente esse dinheiro poderia estar sendo aplicado em títulos do tesouro por exemplo.

Só que seria bacana ter esse valor num local único, uma conta única, e tendo essa conta no nome de qualquer um de nós dois deverá acarretar em problemas com a Receita quando essa pedisse justificativas.

Inicialmente descartei a idéia de procurar um fundo de investimentos pois entendo que eles investem basicamente em títulos do tesouro e cobram uma % na taxa de administração para tal.

Surgiu então a idéia de criarmos uma empresa onde nós dois fôssemos sócios e iniciar esse investimento através dessa empresa que por não gerar rendas significativas durante o ano, provavelmente estaria isenta de pagar/declarar I.R. (pensando no caso de iniciarmos com uns 300 reais de cada) talvez sendo também desnecessária a contratação de um contador para essa empresa.

Enfim, estamos procurando um meio de iniciarmos essa idéia que já tem uma finalidade específica (ajudar a mãe financeiramente quando necessário).

Alguma idéia?

Abraço,
Kleber

Resposta:

Bom dia Kleber,

Antes de mais nada: saiba que este é um problema relativamente comum. Em algumas famílias são os membros mais jovens (filhos) que apresentam este comportamento. Em outras, os mais velhos … Já falei sobre este tema aqui no site, no texto “Você está preparado para a velhice ?(aconselho que você o leia), e muita gente se surpreendeu com os dados ali apresentados.

A parcela da população que está preparada para as dificuldades financeiras que este momento da vida nos impõe é pequeno, e muitos acabam contando justamente com a ajuda dos filhos. Uns precisarão apenas de um apoio, de um complemento, vindo dos filhos. Outros, infelizmente, têm dependência total. 🙁

Mas o seu caso específico pode ser algo um pouco diferente … Parece ser mais uma questão de descontrole financeiro do que um problema de caixa propriamente dito. Seria isso mesmo ?

Se for, a solução proposta, de dar R$100,00 mensais não teria efeito algum. Seriam apenas R$100,00 extras para se gastar todos os meses, e que possivelmente não acabaria com a solicitação eventual de mais grana. Lembra da corrida dos ratos ? Quem tem mais, gasta mais, precisa de mais. Quando consegue, gasta mais, aumenta o nível de gastos, precisa de mais, gasta mais …

O que precisaria ser feito, de verdade, era tentar ajudá-la em relação à Educação Financeira dela. Mostrar para ela os conceitos básicos, sabe ? A importância do colchão de segurança (querendo, ou não, é o que você está pensando em fazer para ela), como funciona e o que é o controle do fluxo de caixa, e talvez, até mesmo algumas dicas de economia doméstica. 🙂

Já adianto que, provavelmente, não será tarefa fácil. As pessoas insistem em manter seus hábitos, ainda mais conforme os anos vão passando. Tentar mostrar uma forma diferente de agir, para muitos é recebido como um puxão de orelha, uma repreensão, algo muito ruim. Quando isso parte dos filhos então … 🙁

Uma boa conversa inicial pode ajudar bastante, especialmente para descobrir se haverá uma possibilidade de ajuda. Se haverá uma “brecha” nas muralhas de defesa dela, permitindo desta forma uma orientação e, quem sabe, uma mudança mais profunda.

Sobre a ideia de vocês dois, juntos, criarem um colchão de segurança dela, esta poderia ser uma estratégia “final”. Seria aquela alternativa adotada no caso do plano principal, a ajuda educacional, dar errado. E sim, temos que levar essa possibilidade em consideração, por mais otimista que sejamos …

Como criar este colchão ?

Uma conta conjunta, onde somente vocês dois têm acesso. Já pensou nesta possibilidade ?

Não há problema algum em relação à Receita para este caso. Vocês dois fazem os depósitos combinados, incluem esta conta em suas declarações anuais do IR e pronto. 🙂

Isso é uma coisa bem comum e lhe permitirá fazer investimentos no Tesouro Direto, por exemplo. 😉

Não vejo a necessidade de criar uma empresa somente com esta finalidade. Se fosse para gerenciar um patrimônio maior, ai sim poderíamos analisar a possibilidade. Mas para a função desta conta, neste caso, não.

Sobre qual valor ter na conta, acredito que seria interessante que vocês fizessem um levantamento da necessidade média dela. Com este número em mãos, partiriam para a criação do montante, com aportes mensais, conforme suas possibilidades. É importante lembrar que isto não pode interferir (muito) nas suas finanças. Pois a solução do problema de um pode (em alguns casos) complicar a situação de outros …

Outro ponto que considero importante: ao criar este colchão de segurança, não seja completamente “honesto” com ela. Deixe-me explicar um pouco melhor … Tendo criado a reserva financeira que servirá para ajudá-la, não informe-a “claramente” sobre a existência dela. Mantenham a situação sob controle de vocês dois, você e de sua irmã.

A criação do fundo de reserva, neste caso, tem como finalidade ajudar vocês a não ter nenhum tipo de “imprevisto” quando surgir a necessidade de ajudar a sua mãe. (como todo bom e velho colchão de segurança, está lá para evitar surpresas)

Espero ter conseguido te ajudar. 🙂

Abraços !

Uma criança de 4 anos recebeu uma herança. Onde investir o dinheiro ?

Pergunta:

Bom dia Zé,

Antes de mais nada deixe-me contextualizar o que aconteceu.

Minha tia faleceu recentemente e deixou minha mãe como única herdeira. Todo o valor em dinheiro que minha mãe recebeu, foi aplicado de forma conservadora (cdbs, di e Titulos do tesouro), não insisto por conta da idade dela (e por que ela tem um certo trauma, que ela e o irmão perderam dinheiro na bolsa quando eram mais novos).

No entanto, minha tia possuía uma afilhada de 4 anos de idade, e minha mãe quer usar parte desse dinheiro para criar um investimento pra pirralha. Aqui entra o problema, que tipo de investimento é possível de fazer para ela com essa idade?

Meu pensamento inicial foi criar uma carteira de ações e comprar títulos do tesouro, mas acredito que ambos não são possíveis para uma criança tão pequena.

Não queremos deixar esse dinheiro numa poupança ou previdência privada e a garota só sair perdendo quando puder finalmente usar o dinheiro.

Tem alguma sugestão?

Muito obrigado

Resposta:

Bom dia Thiago,

Uma boa notícia: sim, é possível que uma criança, de qualquer idade, possua uma conta em corretora para investir em ações e no tesouro direto. 🙂

Para abrir a conta, basta levar alguns documentos da criança (certidão de nascimento e CPF), e do pai, ou responsável. Até atingir a maioridade, será o adulto que fará as negociações e que será o responsável pelas movimentações financeiras. Infelizmente são poucas as crianças que têm esse cadastro, aproximadamente 2.000 …

Então não será esse o problema para investir este capital destinado à menina. 😉

Já o lado “receio”, por causa das experiências passadas, pode atrapalhar um pouco (para não dizer bastante). Mas nem por isso o destino final do dinheiro deverá ser a poupança. Como visaremos o longo prazo, a perda real (levando-se em conta a inflação) pode ser grande … O ideal, neste caso, é fugir dela.

O que eu faria ?

Escolheria como destino da grana um título do Tesouro Direto. De preferência, escolheria um Tesouro IPCA, para garantir uma rentabilidade superior à inflação do período, e miraria, como data de vencimento, um ano próximo ao que ela completasse a maioridade. Temos dois títulos interessantes vencendo em 2035 (daqui 19 anos, quando ela terá 23 anos): um tradicional, com retirada no vencimento do título, e outro com juros semestrais. Ambos apresentam (hoje) a rentabilidade de IPCA + 6,37% ao ano. Algo bem interessante. 😀

Qual dos dois escolher ?

Se a ideia é de proporcionar a garantia de acesso ($$$) a um bom curso universitário, o com resgate apenas no vencimento poderia “complicar” um pouco as coisas, pois seria preciso vender alguns títulos antes do vencimento, precisando se adequar às ofertas disponíveis no mercado. Isso traz o lado variável do Tesouro Direto (como falei neste post). Do outro lado, o com juros semestrais, exigiria um maior envolvimento, pois seria preciso um reinvestimento de tudo o que fosse gerado pela aplicação, para não haver perdas na rentabilidade, até o vencimento. É um título que precisaria mais participação dos envolvidos.

Portanto, mesmo com o “problema” de precisarmos da venda antecipada de alguns títulos da NTNB Principal, esta seria a escolha que traria mais conforto e tranquilidade para ela. 😉

Veja que se adotássemos o título com juros semestrais, além do “trabalho” necessário para reinvestirmos semestralmente o dinheiro, teríamos também o lado “controle” financeiro (e emocional) com o dinheiro liberado constantemente. Seria preciso ter um maior controle sobre este dinheiro, para não cair na vontade de gastá-lo. 🙂

Espero ter lhe ajudado. 😀

Abraços !