Oi para todo o mundo! Vamos a um dilema cabeludo?
Sou funcionária de empresa de capital misto e meu marido é funcionário público. Já há alguns anos, estamos empenhados em construir nossa independência financeira, a despeito da aposentadoria (teoricamente) oferecida pelo governo, porque temos um perfil conservador e, sinceramente, não confiamos em previdência pública. Nesse contexto, estamos deliberando entre MANTER OU NÃO meu Plano de Previdência Complementar e gostaríamos que você desse sua opinião.
O plano que tenho é do tipo patrocinado, ou seja, para cada real que aporto regularmente, meu empregador aporta mais um real. Isso é um boost e tanto no saldo acumulado, certo? Entretanto, noto que os resultados desse plano são ruins, na minha opinião; sou amadora, mas me parece que, se eu mesma estivesse aplicando o dinheiro em renda fixa, a rentabilidade estaria maior… Ou seja, acho que estou pagando caro para administrarem mal o meu dinheiro, o que é bem desconfortável. Por outro lado, é uma saída “acomodada” na medida em que os meus aportes são descontados já em folha (ou seja, eu não preciso “pensar” para fazê-los) e depois eu posso utilizar tudo como dedução no imposto de renda.
Estou tentando verificar junto ao plano se é possível simplesmente sair dele, resgatando o saldo que eu mesma aportei ao longo de sete anos (acredito que com os rendimentos acumulados correspondentes), mas perdendo a parte aportada pelo empregador, que, pelo que entendi até agora, reverteria para o fundo. A primeira dúvida é a seguinte: caso eu optasse pelo resgate desse saldo, há incidência de tributação? Em que termos? Ia sobrar alguma coisa? 🙂
A segunda dúvida é mais geral e, para mim, bem mais importante. Existe motivo para supor que o aporte feito pelo meu empregador ao longo dos anos, combinado às eventuais vantagens tributárias associadas aos planos de previdência, seja mais interessante do que as taxas de rendimento superiores (associadas a outros níveis de risco ou não) que eu pudesse obter para o meu dinheiro em outras aplicações? Principalmente considerando o risco de “quebra” do plano de previdência, como já aconteceu tantas vezes no passado?
Acho que parece um pouco o dilema de acabarmos ou não com o FGTS… só que entra a questão do aporte da patrocinadora. E aí, o que o Pai Rico faria? Espero que o pessoal da área de comentários também possa acrescentar.
Um abraço,
Anna