Clube do Pai Rico

Colchão de Segurança para funcionários públicos ? SIM !!

Pergunta:

Bom dia!

Em primeiro lugar, agradeço pelas inestimáveis orientações disponibilizadas por você.

Sou servidor público no final da carreira, e devo me aposentar com vencimentos integrais. Tendo em vista que eu não vou ser afetado por cessação transitória de remuneração, não é necessário que eu reserve os famosos 6 ou 12 meses de despesas para um eventual período de desemprego. Meu colchão de liquidez, portanto, estaria vinculado exclusivamente a possíveis despesas extraordinárias e relevantes (a necessidade de uma cirurgia não coberta pelo convênio, por exemplo).

Pergunto: há padrões para definição do montante adequado ao colchão de liquidez em situações semelhantes à minha, ou seja, nas quais não há o risco do desemprego (ou, mais precisamente, da não-remuneração)?

Obrigado, grande abraço, e continue com esse excelente trabalho!

Resposta:

Bom dia Reinaldo,

Muito obrigado ! Quanto mais pessoas são “afetadas” pelo conteúdo disponível aqui no Clube, mais reforça a importância do trabalho aqui realizado. 😀

Olha … Mesmo depois do que vimos acontecer no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, onde inúmeros servidores estão com seus salários atrasados, você continua acreditando que não existe risco algum de uma interrupção no seu fluxo de caixa originado do seu trabalho ?

Com a situação que se encontram os caixas estaduais e municipais, as chances de vermos isso crescendo só aumenta. Acredito que será mais fácil vermos a lista dos estados com problemas de pagamento aumentar, do que o problema ser sanado.

Pior … O que provavelmente veremos acontecer é uma piora na situação dos aposentados. 🙁

Acredito que aquela tradicional tranquilidade que os servidores tinham, em relação ao recebimento em dia de seus salários, diminuiu bastante nos últimos anos. Não ?

Então eu digo que SIM, eu indico que você mantenha um colchão de segurança para um possível problema de pagamento de seu salário. Acredito que não importa se existe a chance de ser demitido ou não, o problema é a interrupção dos pagamentos que pode acontecer.

Sugiro que você tenha no mínimo 6 meses de suas despesas no colchão. Seja para ficar tranquilo em relação a um possível “calote” do governo, seja por conta de alguma emergência inesperada.

Pense comigo: não existe nenhum motivo para que você não crie o seu colchão de segurança, mesmo sendo servidor público. Ele poderá ser usado para sua finalidade padrão. Se não for, será uma grana que você terá guardada, investida – SIM !!, e que poderá ser usada no futuro. Seja por você ou seus herdeiros.

O colchão de segurança não é algo em que você coloca dinheiro a fundo perdido. O dinheiro é SEU ! Você poderá usá-lo de uma forma ou de outra. Afinal, as emergências afetam a todos nós, sejamos da iniciativa privada ou do setor público.

Por exemplo … Quer encarar o colchão de uma forma diferente e que talvez venha a fazer sentido para o seu caso ? Encare-o como um seguro de vida. Se você não vier a precisar dele em vida, poderá ser usado por sua família no futuro.

Mas, de novo: eu não enxergo mais a garantia de salário em dia dos funcionários públicos existindo como funcionou até pouco tempo. Especialmente para os aposentados … 🙁

Vai por mim, é o melhor a ser feito. 😉

Espero ter te ajudado !! 😀

Abraços !