Colunistas ||| Consumo x Felicidade
Quanto custa a sua felicidade? Segundo o dito popular: “A felicidade não tem preço”. Bem, em geral a nossa satisfação pessoal, nos dias atuais, pode estar muito relacionada com o que consumimos.
Existe uma teoria, defendida por alguns economistas, que diz: quanto mais consumimos, maior o nosso nível de satisfação. Este conceito é muito amplo e não pode ser considerado como uma verdade absoluta. Na Teoria Econômica, existem diferentes tipos de concepções e ideologias, algumas vezes contraditórias. Ora, essa é uma teoria capitalista, que é válida para a grande maioria das pessoas.
Quando nos encontramos em uma situação financeira delicada, geralmente ficamos abatidos pela situação, perdendo noites de sono com as preocupações. Além disso, concentramos nossas energias para encontrar alguma maneira de conseguirmos sair dessa situação desconfortável.
O que nem sempre percebemos é que parte deste nosso abatimento, após constatarmos o endividamento, deve-se ao fato de sabermos, mesmo que de uma forma inconsciente, que deveremos apertar os cintos nos próximos meses ou anos, significando menor consumo, ou seja, o consumo futuro tenderá a ser menor do que foi no passado recente e possivelmente não ser tão satisfatório. Logo, seremos menos felizes, em relação aos meses anteriores.
O que devemos fazer nessa hora? Ninguém gosta de cortar despesas, isso reduz nosso grau de satisfação. Bom o ideal talvez fosse pensarmos em longo prazo, criar objetivos, estabelecer metas e atingi-las. Entretanto, isto exige além de paciência, muita disciplina.
Devemos lembrar que a dificuldade financeira surge porque consumimos mais do que podíamos ter consumido, seja por descontrole financeiro ou por alguma eventualidade não prevista em nosso orçamento. A vida é um ciclo, o consumo também; se não for controlado surgirão muitos altos e baixos, o que é, até certo ponto, normal. O que devemos evitar é ficarmos sempre no negativo, consumir mais do que ganhamos, pois isto significa que estamos consumindo hoje aquilo que só poderíamos consumir mais adiante. E a conta nos será apresentada.
Outra alternativa, talvez mais interessante, é a de ao invés de nos preocuparmos com redução de despesas, poderíamos procurar alternativas de trabalho que aumente nossa receita. Empreender, trabalhar mais, buscar promoções, aumento de salário, etc. Óbvio que esta alternativa oferece um risco maior, é mais trabalhosa, mas ao contrário que alguns pensam, elas podem ser atingidas por todos. Caso o seu trabalho não ofereça condições de melhoria salarial, dedique parte dos seus esforços em estudo e qualificação profissional. Os concursos públicos, por exemplo, costumam ser uma excelente alternativa para aumento de salário! Esteja atento para as oportunidades e procure aprender sempre.
Realmente o “dinheiro não compra a felicidade”, mas a falta dele pode “comprar” muita tristeza e preocupações para alguns de nós.
Edgar Abreu é mestrando em Economia pela UNISINOS – RS, graduado em Matemática Licenciatura pela PUC-RS, com especialização em Educação a Distância pelo SENAC-RS e especialização em Finanças pela UFRGS. Possui as certificações da Anbid CPA-10 e CPA-20 e também a certificação de Agente Autônomo de Investimento, concedida pela ANCOR. Professor de cursos preparatórios para certificações e concursos públicos no curso Equipe-Exclusiva, em Porto Alegre. Ex. funcionário do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, atualmente trabalha como consultor de finanças pessoais e leciona nos cursos de preparação para certificação da Anbid. (www.certificacaoanbid.com.br)
Nota do Site: | Certificação Anbid CPA-10 Edgar Gomes de Abreu | Marla Fernanda Caumo de Aguiar Ano: 2009 Edição: 1 Número de páginas: 208 Acabamento: Brochura Formato: Médio |