E chegamos ao fim de mais um ano de acompanhamento de uma das estratégias de calendário mais famosas do mercado financeiro. Acabou o prazo do “sell in may, and go away“. Nesta estratégia, o investidor sairia da renda variável, por conta do comportamento histórico do Mercado neste período.

Ela sugere que se fique de fora da Bolsa nos meses de maio, junho, julho, agosto, setembro, retornando em outubro.

Em 2023, o nosso ponto de partida foi na marca de 104.432 pontos.

Tenho acompanhado o sell in may de 2000 pra cá, e até então o placar era este: 9 quedas, 9 altas e 5 anos de estabilidade.

E adivinha …

“Ponto para Grifinória !“, quer dizer, para os Touros !

Repare que o início do nosso período de acompanhamento foi o mais favorável para a alta. Em seguida, tivemos um momento de lateralização do Mercado, com uma leve deslizada em seguida …

É, não deu para quem fez o sell in may em 2023. Aproximadamente 9 mil pontos, +- 9% de alta.

Mesmo se formos comparar com o retorno da renda fixa no período, o Ibovespa teve um desempenho mais interessante.

Então, atualizando: 9 quedas, 10 altas e 5 anos de estabilidade.

Mas …

Como disse antes, engatamos um movimento de correção após a lateralização.

Repare a força apresentada pela região dos 120 mil pontos.

Neste momento, engatamos o terceiro candle com topos e fundos mais baixos depois de marcarmos o topo recente.

Será que trocaram os papeis ? Será que tivemos uma falha do sell in may, para também termos uma falha no rally de Natal ?

Fiquemos de olho !

No curto prazo estamos flertando com a média de 200 dias … E isso não é um bom sinal.

Sobre a estratégia

“Mas Zé, de onde vem essa ideia de que é para vender em maio e voltar em outubro ?”

Deste gráfico:

Repare como o período maio – outubro é justamente aquele que apresenta o pior desempenho histórico no SP500. (e acredite: é o SP500 quem “manda” no mudo …)

Um convite

Se o que falei neste post te pareceu grego, faça o download do meu e-book. Nele falo sobre as ferramentas e indicadores que uso em minhas análises. Que foi justamente o que usei aqui neste post. 😉