Crescer não é fácil …
Não é fácil mesmo !
Ainda mais, quando parece faltar boa vontade para a coisa acontecer. 🙁
Em “Crescer não é fácil“, de José Roberto Mendonça de Barros, somos apresentados a diversos artigos do autor, que haviam sido publicados no Estadão, entre os anos de 2010 e 2012. É … MUITA coisa aconteceu neste período.
Divididos em 4 temas, os artigos nos trazem informações referentes ao que estava acontecendo naquele momento. Sim, passado … Mas, fazendo a leitura hoje, quase 10 anos depois, me lembrei exatamente como as coisas estavam nervosas.
No primeiro capítulo, o foco foi a crise e a economia mundial. No período dos artigos, vivíamos o auge da crise grega. Quem lembra ? O medo e a preocupação faziam parte do dia a dia de quem participava do mercado. Era uma preocupação real. Mas, para quem olha o que aconteceu, poderia parecer “sem motivos …”
Essa é uma das partes mais interessantes de quem apenas olha o passado. Tudo fica mais fácil de ser julgado e analisado, especialmente para quem não precisava tomar nenhuma decisão naquele momento, com as informações que estavam disponíveis na hora.
Como dizem, a profissão de analista de retrovisor é uma das mais fáceis que existe. 😉
Já no segundo capítulo, o Brasil é o foco. A preparação de tudo aquilo que vimos acontecer … 🙄
Desde a “saída” da crise de 2008, até a eleição da Dilma o começo da bagunça que se seguiu.
O terceiro, fala mais especificamente sobre o crescimento propriamente dito do país. Ou melhor, do que nos impede/atrapalha crescer …
E é impressionante como os problemas são sempre os mesmos e sem solução. (se são conhecidos, por que não são realmente “atacados” ?)
– infraestrutura (transporte)
– carga tributária
– mão de obra
– custo da energia elétrica
– burocracia
– custo de capital
– mais algum ? … 🙁
E no quarto, e último capítulo, somos apresentados aquilo que realmente é o nosso carro chefe: o agronegócio !
Pode ver … Sempre que a coisa aperta, é ele quem nos salva.
Somos um país que tem o setor primário como destaque. É ele onde as coisas realmente andam. Não é à toa que somos considerados o celeiro do mundo. 🙂
Talvez seja o caso de realmente aceitarmos isso, e abraçar com vontade a nossa vocação.
Não adianta lutar contra a realidade …
Focaríamos nisso, tirando proveito do que somos realmente bons, tentando corrigir os problemas que impedem que todo o resto deslanche. Já vimos que “atirar para todos os lados” não tem adiantado. Não é mesmo ?
Quem sabe um dia … Quem sabe …
Nota do Site: | Crescer não é fácil José Roberto Mendonça de Barros Editora: Elsevier |