Investimentos PRÉ ou PÓS fixados ?
Venho reparando, nas conversas que tenho com amigos, que uma dúvida frequentemente surge quando o assunto abordado gira em torno dos investimentos em renda fixa: “O que vale mais a pena, pré ou pós fixado?”
Para muitos, algo simples e trivial. Mas para a grande maioria uma dúvida que os impede de obter retornos um pouco mais interessantes e que provavelmente acaba direcionando-os à poupança. Sim, você acha que a poupança “atrai tanta gente” por causa do belo rendimento que apresenta ?
Claro que não ! A poupança continua sendo a queridinha de muita gente, apenas pela facilidade que apresenta na hora da aplicação. Não existem opções diferentes, a poupança é a poupança com seus 0,5% + TR ao mês e ponto final.
Qual seria a diferença entre pré e pós fixados ?
Como o próprio nome já indica, os investimentos diferem apenas pela forma que a aplicação irá render. Nos pré-fixados, o rendimento é conhecido desde o início da aplicação. Nos pós-fixados, o rendimento é atrelado a um índice/indicador (normalmente o CDI), e um percentual (deste índice/indicador) é determinado no momento da aplicação.
Nos pré-fixados você sabe que receberá 1% ao mês, durante o tempo em que o investimento estiver lá. (apenas um exemplo …) Não importa como se comporte a taxa básica de juros, por exemplo, o valor “contratado” será respeitado e seu patrimônio crescerá baseado naquela taxa.
Nos pós-fixados você sabe apenas qual percentual do CDI (por exemplo) o seu capital será rentabilizado. Você sentirá as variações na taxa básica de juros, seja para cima ou par baixo.
Mas qual devo escolher, pré ou pós ?
Isso depende muito da tendência da taxa de juros. Enquanto as taxas estão subindo, o mais interessante é que adotemos um investimento do tipo pós-fixado, pois nossa rentabilidade crescerá a cada novo aumento na SELIC. Quando a tendência passa a ser de queda, o pré-fixado passa a ser a melhor opção. Você garantirá uma rentabilidade “mais alta”, mesmo quando a taxa for menor.
Os momentos de estabilidade é que podem trazer um pouco de dúvida para o investidor. Mas nada impede que mantenhamos a escolha da tendência anterior até que surja um sinal de reversão nela, mudando neste momento o tipo de aplicação.
Por exemplo, hoje estamos com a SELIC nos 14,25%, após sairmos dos 7,25% no início de 2013. Quase 100% de alta de lá pra cá, e o COPOM começa a sinalizar que chegamos no topo, ou perto dele. De 2013 até hoje, o ideal seria você ter aplicado em algum investimento pós-fixado, pois desta forma teria surfado a onda de alta na taxa.
Mas se já existe uma sinalização que chegamos no topo, ou próximo disso, não seria a hora de migrarmos para um investimento pré-fixado, para garantirmos a taxa de 14,25% ao ano e seus quase 1% ao mês ? Sim, a meu ver (e para uma grande parcela do mercado) o momento atual se mostra mais vantajoso para os pré.
A apresentação dos pré e pós fixados é clara ?
Na maioria dos casos, sim. Eles lhe serão oferecidos ou com um percentual do CDI, ou diretamente com a taxa de correção. Nos CDBs vemos isso de forma bem clara, por exemplo. Já nos fundos de renda fixa a coisa é um pouco mais discreta.
Nos fundos temos (normalmente) os do tipo DI e os de Renda Fixa. Os DI seriam o equivalente ao nosso pós-fixado e os de Renda Fixa aos pré-fixados. Perguntar ao seu gerente qual deles é mais “parecido” com o pós-fixado e com o pré-fixado não fará mal algum. 😉
Viu, simples e fácil ! Não tem como errar e seu bolso só lhe agradecerá. 😀