Que atire a primeira moeda quem nunca precisou contar os trocados num determinado período do mês, ou precisou atacar o “porquinho” para comprar/pagar algo ? Bom … se nunca passou por situação parecida você pode atirar um maço de notas de R$100 mesmo … 😉

Sério pessoal, quem nunca ficou apertado em nenhum momento da vida ? Acredito que todos já tenham enfrentado aquela sensação de “e agora ?” que só a falta de dinheiro nos proporciona. É uma situação “comum”, por mais bem educado financeiramente que a pessoa seja.

Meio contraditório ? Não não … por exemplo, eu já enfrentei esse problema. Me lembro bem, na época ainda estava na universidade e volta e meia precisava recorrer ao cofrinho. Deixava de comer alguma coisa ou de fazer determinada atividade para que o negócio não ficasse pior. (até mesmo hoje em dia ainda acontece … passar por uma mudança/reforma/nascimento da filha tudo ao mesmo tempo é pancada ! hehehe)

Veja bem, não estou falando de ficar no buraco, cheio de dívidas, sem dinheiro algum, estou falando de se apertar mesmo. Ah, agora você vai querer a sua moeda de volta, né ? 🙂

Enquanto passava pelo aperto, você percebeu que o negócio parecia querer atrair um aperto ainda maior ? A situação estava ruim, mas as circunstâncias – caso você permitisse – tentavam tornar o que era ruim, péssimo. É algo “engraçado” de se observar, pois o contrário também é verdadeiro. Ou vai dizer que nunca ouviu o termo “dinheiro atrai mais dinheiro” ?

Não estou falando daquela situação em que você precisa “assaltar” o seu colchão de segurança, mas sim aquela onde você precisa fazer opções sobre o que pode, ou não, fazer. Se bem que como já disse, esta situação parece atrair um problema maior, que se não for encarado da forma correta pode – ai sim – tornar o “assalto” necessário. Mais um motivo para reforçarmos: crie o seu colchão de segurança !

Eu, por exemplo, tenho uma forma bem própria de encarar o meu dinheiro: só aceito fazer o que faço com o que o meu Fluxo de Caixa permite – seja uma viagem, uma reforma ou uma compra mais cara. Dificilmente faço algo que precise atacar o meu bolo principal, e caso precise, fico mal … você não imagina o quanto. Parece que estou afundado em dívidas, que a coisa está mais preta que não sei o que, que o aperto está quase quebrando as minhas costelas. Mas … na verdade é apenas um “golpe” psicológico, pois a grana esta ali, “livre, leve e solta” (quando não está mobilizada em alguma operação na bolsa, hehehe) para ser usada. Mais alguém apresenta sensação semelhante ?

A pressão que o aperto financeiro exerce sobre as pessoas é diferente para cada um. Alguns apresentam sintomas físicos, outros emocionais … Como é difícil para o bicho homem aceitar um não, uma mudança em seu ritmo, não é mesmo ?

O problema maior é justamente a forma com que o problema – temporário e absolutamente normal – é encarado. Muitos cedem e acabam transformando um aperto momentâneo em um poço sem fundo de problemas … É o tipo de pessoa que ou não percebe que a disponibilidade de grana mudou ou então que não aceita abrir mão “daquele” item extra de seu orçamento.

O que fazer então ?

Encare o problema de frente ! Saiba que é normal, que se não passou, provavelmente passará. Saiba abrir mão de algum supérfluo que – naquele momento – possa aliviar a sua pressão, ou então que esteja drenando mensalmente o seu orçamento. Saiba que este não é um problema que precisará ser solucionado através de dívidas, na maioria dos casos é facilmente resolvido, apenas, com um corte no orçamento.

Veja que este é um problema específico: problema no Fluxo de Caixa de um determinado período (este tipo de problema é mais sentido, normalmente, por autônomos – que não têm salário fixo), e que não precisa ser solucionado com um ataque ao colchão. Na verdade este tipo de problema é o que mais gera dúvidas se o colchão deva, ou não, ser atacado … Na maioria das vezes não é o caso e como consequência acaba esvaziando o mesmo … desnecessariamente …

E você, o que costuma fazer quando o aperto bate no seu bolso ? 🙂