Quer conhecer um dos motivos para eu ficar só na venda da Petro ?
Sim, outro post da série. (o último foi esse).
Não importa o que digam, não importa o que indiquem, a única coisa que importa é: as ações da empresa vêm caindo há anos. Quem comprou, e esqueceu, para o longo prazo, está perdendo. Quem comprou, e aumenta a posição com frequência, para o longo prazo, está aproveitando as oportunidades para aumentar a carteira por um preço mais em conta. Quem comprou, e aproveita as oscilações no preço da ação para obter algum retorno, e assim aumentar ainda mais a posição, “está rindo à toa”. 🙂
Eu acredito que chegará um momento em que as coisas se estabilizarão, a empresa voltará a crescer, a produção aumentará, deixará de importar combustível (ao menos diminuirá a necessidade, diminuindo – ou zerando – o deficit), diminuirá o valor de suas dívidas, diminuindo desta forma a alavancagem existente hoje. Em suma, para o futuro eu boto fé na empresa. 😉
Mas hoje … hoje não é bem assim. Hoje a oportunidade de ganho está mais do lado vendedor do que do comprador. A qualquer momento pode mudar este cenário ? Pode … mas hoje é assim que ele é.
E com a notícia que li hoje na Folha a sensação de que é realmente assim que as coisas são foi reforçada:
(em especial com as informações do infográfico)
Petrobras terá ano perdido, dizem analistas
Desacelerar investimentos seria a melhor saída para que a Petrobras evite um desastre ainda maior em 2014, dizem analistas do setor.
Eles temem que o aumento do endividamento da companhia leve ao rebaixamento da empresa por agências de risco, o que aumentaria o custo dos inevitáveis futuros empréstimos.
Mas, em ano eleitoral, dificilmente haverá redução dos 947 projetos em andamento, reconhecem analistas que acompanham a empresa, e que, em maior ou menor grau, já consideram 2014 um ano perdido.
O Plano de Negócios para o período 2013-2017, que está sendo revisado para o período 2014-2018, prevê investimentos de US$ 236,5 bilhões, ou US$ 47,3 bilhões por ano.
A companhia deve fechar 2013 com a produção em queda e lucro menor em relação ao ano passado.
Mesmo que a produção de petróleo aumente 7% em 2014, como é esperado, a queda deste ano, de até 3%, limitará o aumento de produção ao nível de 2010.
Ou seja, a empresa voltará três anos na história, observa Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
“Ficou muito complicada a situação da empresa, não sei como ela vai sobreviver até as eleições. Vai ter que torcer para não ser rebaixada (pelas agências de risco), para o dólar cair, para o petróleo não subir.”
Marcelo Torto, da Ativa Corretora, lembra que no próximo plano a empresa terá que incorporar os investimentos no campo de Libra, que vão consumir, nos próximos 10 anos, até R$ 100 bilhões.
“O futuro é incerto para a empresa; 2014 é mais para negativo”, diz Torto.
Gustavo Gattass, do BTG Pactual, continua com indicação neutra para as ações da empresa e não vê muita disposição para a desaceleração dos investimentos. “Vai aumentar a dívida se continuar gastando. Deveria gastar menos, é o que toda família faz quando não tem caixa.”
Sem nenhuma expectativa de novos aumentos de combustíveis para recompor o caixa da companhia no ano que vem, limitados pelo impacto que poderiam ter na inflação em ano eleitoral, a Petrobras não terá outra saída a não ser aumentar a dívida, diz Pedro Galdi, economista-chefe da SLW Corretora.
“A Petrobras continua nas mãos do governo e até as eleições continuará a ser prejudicada”, afirma.
E então ? Estou … “tão errado” assim ? 😯