Vamos fazer um COE do Clube ?
Você certamente já ouviu falar desse tipo de investimento. Não ? Talvez só não esteja ligando o “nome à pessoa” …
Quer ver ?
O COE é um Certificado de Operações Estruturadas. Traduzindo: é um tipo de aplicação que protege o capital investido, normalmente 100% do todo, proporcionando rendimento em determinadas circunstâncias. Você provavelmente já viu o seu gerente do banco oferecendo um de algum tipo …
Eles existem nos mais variados formatos: existem COEs que se valorizam com a alta do dólar, outros com a queda dele. COEs que ganham com a alta da Bolsa, outros com a queda dela. COEs que ganham com a alta da Bolsa americana, outros com a queda dela … Bom, acho que você já entendeu que existem muitos possibilidades. 😉
Basicamente é um investimento que vai te garantir que depois de um determinado período, onde o dinheiro ficará preso na aplicação, você poderá resgatá-lo com um determinado nível de rendimento, ou se a “aposta” der errado, com o capital originalmente investido. É … existe um “teto” para o rendimento, um valor máximo que pode ser ganho nesse tipo de operação.
Por exemplo, há alguns dias vi um COE que tinha 2 anos de duração e que te entregaria das duas uma: ou o dinheiro investido, caso tudo dê errado (a aposta do gestor, a direção do mercado, ou o que quer que seja …) ou um rendimento máximo de 25%. Isso, o máximo do máximo do máximo que essa aplicação poderia te proporcionar seria um retorno de 25% pelo período de 24 meses …
Bom ? Ruim ? Depende do ponto de vista. Afinal de contas você estaria com o capital original garantido e protegido. Olhando os rendimentos passados da renda fixa, onde até pouco tempo tínhamos 14% ao ano, 25% em dois pareceria piada … Hoje, com os 6,5% a coisa é um pouco diferente.
Como disse, o seu gerente provavelmente já deve ter te oferecido algum. Já ?
Um investimento pronto, onde você entrega o seu dinheiro, em troca de uma taxa de administração, e no final do período da aplicação você resgata a grana. Seja a original … Seja a reajustada … Sem preocupação, sem muito trabalho, sem … aprendizado.
Por isso, achei que seria um exercício interessante a ser realizado por nós, em conjunto. 🙂
Que tal criarmos um COE, com as nossas próprias mãos, para ver como a coisa funciona. Fazer um COE “artesanal”, onde escolheremos quem será o “garantidor” do $$$ original. Onde escolheremos quem será o veículo que poderá potencializar o retorno do investimento. É … Se fizermos o nosso próprio COE não teremos um limite máximo de retorno … 😉
O que você acha ? Topa embarcar nessa comigo ?
Não, eu não estou te oferecendo nenhum tipo de investimento. Não, eu não estou te oferecendo nenhum tipo de serviço de administração de patrimônio. Não, eu não vou mexer com o seu dinheiro. Você é que fará isso. 😀
A ideia é aprendermos como funciona essa “mistura” de mercados na prática, botando a mão na massa e com isso passar a entender o que realmente influência as coisas.
O que será preciso ?
Antes de mais nada precisamos escolher qual será o investimento em renda fixa onde deixaremos o dinheiro. A ideia é que seja um que ofereça rendimento diário ou mensal, tanto faz … Mas que seja um que me permita fazer o resgate do rendimento mensal a cada mês que passar e proteja o capital original. Um investimento que me permita resgatar o valor, por menor que seja, do rendimento daqui um mês para poder fazer a operação do mês que vem.
Qual você sugere ? (deixe sua sugestão nos comentários !!)
Depois disso, precisaremos tomar uma decisão em relação ao investimento deste rendimento obtido com a renda fixa. Neste momento você já entendeu/enxergou que é ele quem garantirá o capital original e que irá gerar o dinheiro que será usado em nossas operações. Correto ?
Eu acredito que o ideal é usarmos opções … Afinal de contas ela possuem um baixo valor mínimo de investimento e oferecem uma bela alavancagem para os ganhos. E para aumentarmos as chances, opções de um ativo com bastante volatilidade e liquidez.
É … vamos de Petrobras !! 😉
A minha ideia é comprarmos opções de PETR4, com vencimento no mês seguinte ao da série atual. Exemplo: o próximo vencimento ocorrerá no dia 16 de julho, então usaríamos opções com vencimento em 20 de agosto.
Ok … Além disso, precisaremos decidir se faremos algo no mais puro e completo modo automático, compraríamos CALL e PUT de PETR4 no dia do vencimento da série atual. Seria algo como, segunda-feira venceram as opções F e R, portanto compraríamos opções das séries H e T, equidistantes da cotação atual da ação. Algo como 15%, 20% de distância …
Ou, compraríamos apenas CALL ou apenas PUT, de acordo com a situação gráfica da ação, tentando acertar a próxima direção das cotações. Isso poderia potencializar os ganhos … mas afastaria muitos interessados no exercício.
Concorda ?
Usaríamos uma corretora que ofereça uma corretagem barata, que não cobre pelo serviço de custódia. Afinal o rendimento obtido pelo investimento inicial tenderá a ser pequeno (o valor mensal) e se não fizermos isso, todo o rendimento seria “comido” pelas taxas … Além disso, se o investimento de renda fixa ficar “fora” da corretora, precisaremos que ele esteja em um banco que não nos cobre pelo TED, que ofereça a transferência entre contas (banco – corretora) de graça. 🙂
Um outro ponto: qual deve ser a quantia original a ser investida ? R$1 mil ? R$5 mil ? R$10 mil ?
Se o valor inicial for muito pequeno, o rendimento dele não será suficiente para realizar as operações com Opções …
Se o valor inicial for muito alto, afastará muitos dos interessados no exercício …
Agora é com você !
Preciso que você me diga:
#1 Qual será o investimento em renda fixa a ser usado ?
#2 Modo automático ou “caça reversão” ?
#3 Qual o capital inicial a ser usado ?
#4 Sugere que usemos algum outro ativo que não seja a Petrobras ?
#5 Concorda com a ideia de que devemos atacar movimentos de alta e de queda ? Ou acha que devemos ir somente numa única direção ?